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sábado, 11 de janeiro de 2014

Campeonato Pan-Americano de 1956 - O Rio Grande do Sul conquista as Américas

em pé, da esquerda para a direita: Valdir Joaquim de Moraes, Oreco, Florindo, Odorico, Ênio Rodrigues e Duarte. Agachados: Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Chinesinho. Foto: arquivo de Valdir Joaquim de Moraes


Em 1946, buscando aproximar as federações de futebol das três Américas, foi criada a Confederação Pan-Americana de Futebol. Na década de 1950, esta entidade criou o Campeonato Pan-Americano de Futebol. Sua primeira edição ocorreu em 1952, no Chile, e o Brasil sagrou-se campeão, tendo os donos da casa como vices.

Em 1955 o México foi escolhido para sediar o segundo campeonato, a ser realizado em fevereiro e março de 1956. Mas logo surgem alguns problemas. Em 18 de agosto de 1955 o Uruguai anuncia que não irá participar da competição, pois o México se recusou a aceitar as exigências econômicas da "Celeste Olímpica". No dia 22 de agosto de 1955 o Brasil anuncia que irá disputar o torneio, com força máxima, e no dia 25 comenta-se que o país pode sediar a terceira edição da competição, prevista para 1960.

No início de novembro de 1955, porém, surgem problemas para a participação do Brasil com sua seleção principal. Os cariocas não queriam ceder atletas, pois estariam envolvidos no 3º turno do campeonato estadual de 1955. Os paulistas, por sua vez, iriam representar o Brasil no Campeonato Sul-Americano extra, a ser disputado no Uruguai, em janeiro e fevereiro de 1956.

Em 2 de dezembro de 1955 a imprensa noticia que o Brasil será representado por uma seleção formada por atletas do Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco. O México, que havia se comprometido em pagar 35 mil dólares para o Brasil e a Argentina participarem do torneio, ameaça cancelar a competição, diante da possibilidade dos dois países enviarem seleções secundárias. Em 3 de dezembro de 1955, Aneron Correa de Oliveira, presidente da Federação Riograndense de Futebol (FRGF, atual FGF) propôs à CBD que o Brasil fosse representado por uma seleção gaúcha. Outra proposta apresentada por Aneron era a de que cada estado selecionado indicasse 5 jogadores para formar a seleção nacional.

Em 13 de dezembro, a CBD responde às pressões mexicanas dizendo que não abre mão de enviar a seleção que considerar mais adequada, e ameaça abandonar a competição, se o México continuar pressionando pela presença de cariocas e paulistas. No mesmo dia, a federação pernambucana indicou 5 jogadores para a seleção: o goleiro Barbosa (Santa Cruz), o zagueiro Caiçara (Náutico), o volante Aldemar (Santa Cruz), o meia-esquerda Soca (Sport) e o ponteiro-esquerdo Dario (América). No dia 15 de dezembro, a Argentina anuncia que enviará ao México uma seleção formada por jogadores que estavam começando a despontar, reforçada por 11 atletas que disputariam o Sul-Americano Extra. Em 17 de dezembro a imprensa brasileira anuncia que era grande a possibilidade da CBD anunciar o Rio Grande do Sul como o representante brasileiro no Campeonato Pan-Americano, em reunião que ocorreria em 20 de dezembro.

Em 20 de dezembro, o Conselho Técnico de Futebol da CBD reuniu-se e decidiu entregar ao Rio Grande do Sul a organização da seleção brasileira que disputaria o Campeonato Pan-Americano. Curiosamente, na mesma reunião foi praticamente abandonada a ideia de se organizar a Taça Brasil, uma competição nacional interclubes, que só surgiria em 1959.

Em 26 de dezembro a CBD voltou a ameaçar abandonar a competição, diante da pressão mexicana. Em 28 de dezembro, em nova reunião do Conselho Técnico, foi confirmada a participação brasileira e o direito do Rio Grande do Sul representar o país.

Em 5 de janeiro foi formada a comissão técnica da seleção brasileira, tendo como técnico Teté (Internacional), como supervisor Saturnino Vanzelotti (Grêmio) e como médico o doutor Derly Monteiro. No mesmo dia, Teté apresentou a primeira convocação, com 46 jogadores, de onde seriam selecionados os 22 que iriam ao México. Os convocados foram:
Renner – Valdir, Bonzo, Paulistinha, Léo, Odi, Pedrinho II, Breno, Juarez, Ênio Andrade e Joeci (10)
Grêmio – Sérgio, Aírton, Figueiró, Calvet, Ênio Rodrigues, Giovani, Juarez, Milton e Hercílio (9)
Internacional – Florindo, Oreco, Odorico, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinesinho (8)
Floriano – Paulinho, Bino, Hélio, Heitor, Chagas e Raul (6)
Cruzeiro – Amauri, Bruno e Tesourinha II (3)
Nacional – Ortunho e Milton (2)
Força e Luz – Zacarias e Odilon (2)
Aimoré – Amaro e Kim (2)
Pelotas – Joãozinho e Brener (2)
Brasil - Duarte (1) *
Juventude – Lori (1)
*Duarte seria contratado pelo Pelotas antes do torneio.

Em 6 de janeiro a Federação Mexicana pede desculpas ao Brasil, considerando que ocorrera um mal-entendido nas comunicações entre os dois países, e que tinha certeza que o Brasil enviaria uma seleção "capaz de honrar suas tradições". Os mexicanos nem sonhavam em quão certos estavam...

Mas a imprensa do centro do país não concorda com uma seleção gaúcha representando o Brasil. Em 12 de janeiro publica-se notícia de que jogadores cariocas e paulistas reforçariam a seleção gaúcha. Logo, porém, surgiu uma excursão à Europa para a seleção principal, que começaria em 15 de março, antes do fim do Campeonato Pan-Americano.

Em Porto Alegre, continuam os treinos. Em 10 de janeiro de 1956 foram dispensados Paulistinha, por estar cumprindo serviço militar em São Borja, Calvet, por estar doente, e Heitor, que comunicou ter encerrado a carreira. Em 11 de janeiro de 1956 foi convocado Sarará, do Grêmio. No dia 12 de janeiro de 1956 foram dispensados Juarez (Renner) e Milton (Nacional) por falta de condições físicas. Em 18 de janeiro de 1956 pediram dispensa da seleção, por motivos diversos, e foram atendidos, Bino, Hélio, Sinval, Amaro e Kim.

Na preparação, a Seleção disputou alguns amistosos, considerados como jogos-treino nas estatísticas da seleção principal:
26.01.1956 4x0 Aimoré
Gols: Larry (2), Bodinho e Raul
06.02.1956 4x2 Sud América URU
Gols: Bodinho (3) e Larry
10.02.1956 2x2 Coritiba
Gols: Larry e Luizinho

Finalmente, saiu a lista com os 22 convocados para o torneio:
Internacional – Florindo, Oreco, Odorico, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinesinho (8)
Grêmio – Sérgio, Aírton, Figueiró, Sarará, Ênio Rodrigues (capitão), Juarez, Milton e Hercílio (8)
Renner - Valdir e Ênio Andrade (2)
Floriano - Paulinho e Raul (2)
Nacional - Ortunho (1)
Pelotas - Duarte (1)

Mas em 17 de fevereiro de 1956, com a seleção já em São Paulo, pronta para viajar para o México, os setores descontentes com a representação gaúcha tentam um golpe. Alegaram que a seleção não poderia ter treinador e médico representando-a no exterior, sem diploma superior de educação física. O Ministério da Educação anuncia que não vai autorizar que Teté e Derly Monteiro façam parte da seleção, e especula-se a troca por um técnico do centro do país. No dia seguinte, porém, a delegação brasileira seguiu viagem sem problema.

Ao chegar ao México, os representantes brasileiros não gostaram da tabela elaborada, que colocava o país estreando contra o Chile e encerrando a participação contra a Argentina. Os dirigentes propuseram uma mudança na tabela, estreando contra o Peru e encerrando contra o México, mas não tiveram êxito. A imprensa mexicana, em 24 de fevereiro, critica os brasileiros, dizendo que a batucada que realizavam prejudicava o sossego dos demais hóspedes do hotel onde estava o selecionado. Porém, logo a própria direção do hotel tratou de desmentir as críticas.

Em 29 de fevereiro de 1956 a Costa Rica candidatou-se a sediar o III Campeonato Pan-Americano, em 1960, e o Brasil mudou sua candidatura para o IV Campeonato, em 1964, que acabou não ocorrendo.

No começo do torneio a seleção brasileira não era apontada como favorita ao título.

O Brasil estreou no torneio em 1º de março de 1956, contra o Chile. Havia muita expectativa em relação a essa partida, pois os chilenos estavam com sua seleção principal, que um mês antes havia goleado por 4x1 a seleção brasileira formada por paulistas, no campeonato sul-americano. E logo aos 13' de jogo, Larry faz um excelente passe para Luizinho abrir o placar: 1x0. Aos 22', Juarez e Bodinho tabelam, e Raul conclui para as redes: 2x0. Dois minutos depois o Chile diminui, com Robledo. A seguir, o Brasil limitou-se a gastar o tempo e confirmar a vitória. Afinal, um dia antes sua maior rival, a Argentina, havia empatado com o Peru.
BRA: Sérgio; Florindo e Duarte; Oreco, Odorico e Ênio Rodrigues; Luizinho, Bodinho, Larry (Juarez), Ênio Andrade e Raul.

Na 2ª partida, em 6 de março de 1956, o Brasil enfrentou o Peru, que também estava com sua seleção principal, e havia empatado com a poderosa Argentina na estreia. Mas com um gol de Larry, aos 41' do 1º tempo, o Brasil venceu por 1x0. O peruano Tito Drago foi expulso, após reclamar de um pênalti inexistente. Mais tarde, um jornalista mexicano criou uma intriga entre o técnico brasileiro e o juiz argentino, Alfredo Rossi. Teté declarou em entrevista que o juiz cometeu erros na partida, porém o jornalista publicou que o brasileiro o havia chamado de ladrão. Mas a intriga foi desmascarada, e o técnico brasileiro não sofreu punições.
BRA: Sérgio; Florindo e Duarte; Oreco, Odorico e Ênio Rodrigues (Figueiró); Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Raul.

O 3º jogo do Brasil era contra os donos da casa, no dia 8 de março. E a seleção tinha um desfalque, Ênio Rodrigues, que se lesionara na partida anterior. Teté decidiu improvisar Duarte na lateral-esquerda, passando Oreco para a zaga e colocando Figueiró na lateral-direita. Em campo, o Brasil pressiona. Aos 17' do 1º tempo, confusão na área mexicana. Bodinho chuta, mas o goleiro Gómez defende com os pés. O próprio Bodinho aproveita o rebote e marca: 1x0. No 2º tempo, aos 11', o goleiro Sérgio rebate mal uma bola, com um soco, e ela cai para Del Aquila empatar: 1x1. Mas quando todos esperavam uma pressão mexicana, a Seleção Brasileira mostra calma. Aos 28', Bodinho sofre falta próximo à área. Ênio Andrade cobra e acerta a barreira. A bola sobra para Bodinho, que invade a área, dribla o goleiro Gómez e chuta para o gol vazio. O zagueiro Bravo tenta cortar, mas acaba chutando para as próprias redes. Apesar da bela jogada de Bodinho, o gol foi anotado como contra, de Bravo. A partida teve lances ríspidos. Os mexicanos apelaram para a violência, mas os brasileiros responderam à altura. Após o jogo, o Tribunal Especial do torneio advertiu o mexicano Portugal e o brasileiro Florindo pelo "jogo bruto".
BRA: Sérgio; Florindo e Oreco; Figueiró, Odorico e Duarte; Luizinho, Bodinho, Larry (Juarez), Ênio Andrade e Raul (Chinesinho).


No 4º confronto, o adversário era a Costa Rica, no dia 13 de março. A seleção, que inicialmente era considerada a mais fraca, tinha empatado com o México, vencido o Chile, e assustado a Argentina, pois chegou a estar vencendo por 3x1 (acabou derrotada por 4x3). A seleção brasileira tinha duas alterações: no gol, Valdir substituía Sérgio, lesionado; na ponta-esquerda, Chinesinho entrava no time no lugar de Raul, por opção do técnico. Desde o início o Brasil mostra grande superioridade. Aos 5', Luizinho cobra escanteio, e Larry marca, de cabeça: 1x0. Aos 13', Chinesinho dribla três adversários e marca mais um: 2x0. Aos 39', todo o ataque brasileiro tabela, e Larry amplia: 3x0. O Brasil dava show, comandado por Larry. Aos 7' do 2º tempo, o centroavante colorado voltou a marcar: 4x0. Aos 9', M. Rodríguez descontou para a Costa Rica. Os brasileiros passam a se poupar, pensando na decisão com a Argentina. Mesmo assim, aos 20' Chinesinho tabela com Luizinho e fulmina: 5x1. Aos 30', Bodinho ampliou para 6x1, e aos 33' Chinesinho fechou o placar: 7x1. Uma curiosidade nesta partida: o goleiro costarriquenho Torres foi substituído por Alvarado. Quando a partida já estava 7x1 para o Brasil, Alvarado lesionou-se, e o juiz permitiu que Torres voltasse ao gol da Costa Rica.
BRA: Valdir; Florindo e Oreco; Ênio Rodrigues (Figueiró), Odorico e Duarte; Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Chinesinho.

Após o jogo do Brasil, México e Argentina se enfrentaram. A partida terminou 0x0, ou melhor, nem terminou. A partir dos 25' do 2º tempo, confusões começam a ocorrer a todo momento entre os atletas, e aos 30' o juiz encerra o jogo, com 4 argentinos e 2 mexicanos expulsos. Com este resultado, bastava um empate contra a Argentina para o Brasil ser campeão. Em caso de derrota, seria disputado um jogo-extra entre as duas seleções. Por outro lado, a campanha brasileira começou a chamar a atenção da imprensa brasileira. Flávio Costa, técnico da seleção principal, que havia declarado, antes de começar o torneio, não existir nenhum jogador gaúcho em condições de ser convocado para a seleção principal, anuncia a convocação da seleção que iria excursionar à Europa com 3 colorados: Oreco, Odorico e Larry. Mesmo assim, o despeito continua. O Conselho Nacional de Desportos (CND) multou a CBD em 10 mil cruzeiros, por ter mantido Teté no comando da seleção, sem diploma de educação física.

E veio a grande decisão, em 18 de março. No estádio Olímpico, a maioria dos mexicanos torcem para a Argentina, apesar da batalha campal da rodada anterior. Os brasileiros começam a partida nervosos, errando passes simples. Os argentinos, mais experientes, tocam a bola tranquilamente. O ponteiro Yudica ignora a marcação de Figueiró, mas os argentinos erram nas conclusões. Aos poucos, o Brasil começa a acalmar-se, e jogar nos contra-ataques. Em um desses lances, Luizinho cruzou, Larry fez um "corta-luz" e Chinesinho aproveitou para abrir o placar: gol colorado e Brasil 1x0! Mas a situação não mudou muito. Os argentinos pareciam mais calmos que os brasileiros. Aos 36', Yudica passeia mais uma vez pela "avenida" Figueiró, e marca o gol de empate: 1x1. No intervalo, Teté mexe no time: coloca Duarte na zaga, e desloca Oreco para a lateral-direita. As mudanças funcionam. Duarte dá conta do recado na zaga, e Oreco anula Yudica. Aos 13', Ênio Andrade cobra falta. Luizinho corre para a bola, mas nem precisa tocá-la para ela chegar às redes: Brasil 2x1! A partir daí, os argentinos perdem a serenidade e partem para a violência e a catimba, com a complacência do juiz chileno Cláudio Vicuña. O juiz ainda deixou de marcar um pênalti claro em Bodinho, derrubado dentro da área quando preparava-se para marcar o 3º gol brasileiro. Aos 40', em flagrante impedimento, Sívori, junto à trave, recebe a bola e empata o jogo: 2x2. A partir daí a partida tornou-se dramática. Os argentinos lançarem-se ao ataque. No Brasil, Larry, Luizinho e Chinesinho recuaram para a intermediária, enquanto Bodinho e Ênio Andrade marcavam na entrada da área brasileira. A garra dos brasileiros liquidou a tentativa de reação argentina. Contra os adversários, o juiz e a torcida, o Brasil, representado pelos gaúchos, foi campeão!
BRA: Valdir; Florindo e Oreco; Figueiró (Duarte), Odorico e Ênio Rodrigues; Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Chinesinho.


5 comentários:

  1. ERRATA:
    O zagueiro Duarte era jogador do Pelotas quando foi convocado para o Pan de 56. Foi contratado junto ao rival no final da temporada de 1955.

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  2. Sempre é bom lembrar
    .grandes conquistas..

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  3. Foi uma façanha a conquista gaúcha que tinha no time titular base do Internacional,porém na época e até hoje a impressa do centro do país RJ/SP não destacou e nem valorizou.

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  4. Nem dá para se incomodar com isso, porque para a imprensa do centro do país, os melhores jogadores sempre foram do Rio de Janeiro e São Paulo. A CBF sempre foi comandada por cariocas e para a imprensa os outros estados não existiam.
    São duas provas incontestáveis: em 1978 o Internacional era o bi-campeão brasileiro e o Cruzeiro, o campeão da Copa Libertadores.
    Os dois clubes dominaram o futebol brasileiro naquela década.
    Quando o técnico Cláudio Coutinho foi convocar os jogadores para a copa de 1978, levou apenas o Nelinho do Cruzeiro e o Batista do Internacional.
    Faziam parte do time: Rodrigues Neto do Flamengo, Chicão do São Paulo, Gil do Fluminense, Dirceu do Vasco da Gama, Jorge Mendonça do Palmeiras, Amaral do Guarani de Campinas.
    Enquanto isso, sobravam craques nos dois times:
    O Cruzeiro tinha Raul, Wilson Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes, Palhinha e Joãozinho.
    No Internacional: Manga, Marinho Peres, Caçapava, Jair, Falcão, Carpeggiani, Valdomiro e Lula.
    Na copa de 1982 o melhor jogador do Brasil foi o Falcão, mas a imprensa do Rio e São Paulo só teve críticas para o Toninho Cerezo e aliviou para os queridinhos Zico, Sócrates e Júnior.
    Ou seja, não tiveram auto-crítica para reconhecer a falta de competitividade dos líderes do time que se esconderam no jogo contra a Itália.
    Até hoje continua assim.
    Infelizmente.

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