Paulo Santos nasceu em Porto Alegre, em 14 de abril de 1960.
Paulo Santos começou a jogar no Ouro Verde, time de várzea do Passo das Pedras. Em 1979 ele fez um único treino nos juniores do Internacional e foi contratado para as categorias de base. O ponteiro-direito Paulo Santos fez sua estreia no time principal em 31 de agosto de 1980, contra o Pelotas, pelo campeonato gaúcho. O Colorado excursionava na Europa e deixou uma equipe de reservas e juniores disputando o estadual. O time comandado pelo técnico Pedro Ário Figueró disputou cinco partidas e Paulo Santos jogou a última, quando no Beira-Rio o Colorado foi derrotado pelo Pelotas por 1x0.
Em dezembro de 1980, novamente comandado por Pedro Figueiró, Paulo Santos disputou a Copa São Paulo de Juniores. Nas quartas de final o Internacional bateu o Matsubara por 2x1 e Paulo Santos fez um dos gols. Na semifinal o Colorado perdeu para a Ponte Preta por 3x1, mas Paulo Santos mais uma vez marcou. E na decisão do 3º lugar o Internacional bateu o Santos por 2x0, com dois gols dele. Mesmo tendo jogado apenas metade do torneio, foi o artilheiro colorado com 4 gols.
Seu bom desempenho na Copa São Paulo chamou a atenção de Mário Juliato, técnico que estava assumindo o Internacional em 1981. A direção colorada estava trocando Toninho e Bagatini pelo ponteiro-direito Capitão, do Guarani, mas Mário Juliato desaconselhou o negócio, pois atrapalharia a ascensão de Paulo Santos. No primeiro jogo do ano, em 18 de janeiro, contra a Ponte Preta, no Beira-Rio, Paulo Santos foi titular. O Colorado venceu por 4x2, em partida válida pelo campeonato brasileiro, e Mário Juliato anunciou que o ponteiro-direito, destaque do time de juniores, seria escalado por 20 partidas consecutivas. No jogo seguinte, contra o Vila Nova, no Serra Dourada, o Internacional venceu por 2x0 e Paulo Santos fez seu primeiro gol. Até a revista Placar passou a ver o jogador como grande promessa, e na capa da edição de 30 de janeiro de 1981 Paulo Santos aparecia com a legenda: "nasceu o ponta da Copa de 1982". Mas os resultados seguintes não foram bons e a promessa de Mário Juliato não se cumpriu. Na 8ª partida ele substituiu Paulo Santos pela primeira vez e não o escalou na 9ª partida. O técnico não chegou ao 10º jogo, demitido e substituído por Cláudio Duarte.
Com Cláudio Duarte, Paulo Santos não teria muitas chances. Disputou apenas quatro partidas no campeonato gaúcho, mas foi campeão. Também disputou o amistoso com a Roma, na comemoração de um ano de Falcão no clube italiano. No início de 1982 foi emprestado ao Coritiba. A temporada de 1982 não foi boa para o Coxa. O clube não havia conseguido se classificar nem para a Taça de Prata, e no estadual ficaria em 10º lugar.
Em 1983, de volta ao Internacional, foi titular em quatro partidas do campeonato brasileiro, com o técnico Ernesto Guedes e depois Dino Sani. Com Dino, Paulo Santos voltaria ao banco de reservas, atuando poucas vezes. Disputou mais uma vez quatro partidas no estadual e também o Troféu Naranja, na Espanha.
Em 1984, ainda com Dino Sani no comando do Internacional, Paulo Santos começou o campeonato brasileiro como titular, e logo em seguida como um reserva que entrava com frequência no time. No Torneio Heleno Nunes, foi titular de Otacílio Gonçalves. Na 2ª partida no torneio garantiu a vitória colorada por 1x0 sobre o Atlético MG de Rubens Minelli, em pleno Mineirão. Contra o Cruzeiro, no Beira-Rio, nova vitória de 1x0 com gol de Paulo Santos. Na goleada de 4x0 sobre o Sport, na Ilha do Retiro, mais uma vez ele deixou sua marca. No dia 17 de maio, no Beira-Rio, o Internacional enfrentava o Santa Cruz, em seu último jogo pelo torneio. O Colorado tinha a mesma pontuação do Bahia, que ainda jogaria com o Santa Cruz. Precisava vencer para sonhar com o título. Aos 41' do 2º tempo a partida estava 1x1, quando Paulo Santos marcou o gol da vitória. No dia 20 o Bahia empatou com o Santa Cruz e o Colorado foi campeão do Torneio Heleno Nunes.
Foi titular também na excursão à Ásia, conquistando a Copa Kirin. Em seguida, fez parte dos atletas colorados convocados para disputar as Olimpíadas de 1984. Jogou apenas uma partida, em 6 de agosto de 1984, quando o Brasil empatou em 1x1 com o Canadá e venceu nos pênaltis. No final da competição conquistou a medalha de prata, a primeira que o Brasil conquistou no futebol. No campeonato gaúcho também foi titular em várias partidas, conquistando seu terceiro título estadual. Paulo Santos marcou duas vezes, contra Esportivo e Pelotas. Em 25 de novembro de 1984, o Internacional bateu o Grêmio por 2x0, no Beira-Rio. Com essa vitória o Internacional estabeleceu a maior vantagem no clássico: 31 vitórias a mais (112 vitórias contra 81 derrotas e 78 empates). No primeiro gol colorado, Paulo Santos avançou pela direita, ganhou da marcação e cruzou para Mauro Galvão, de voleio, marcar.
Em 1985 Paulo Santos começou como titular, mas logo passou a ter a concorrência de Tita. Mesmo assim, entrava em várias partidas. Mas nessa temporada os títulos não vieram Mesmo assim, em 20 de outubro de 1985, no Beira-Rio, o Internacional bateu o Grêmio por 2x0 e Paulo Santos fez o primeiro gol, seu único gol em Gre-Nal. Em 8 de dezembro de 1985, no Olímpico, o Internacional foi derrotado pelo Grêmio por 2x1, na decisão do campeonato gaúcho. Essa foi a última partida de Paulo Santos pelo Internacional.
A partir de 1986 ele começaria uma peregrinação por vários clubes. Atuou na Ferroviária (1986), América RJ (1987), Glória (1989), Marcílio Dias (1990), Passo Fundo (1991), Caxias (1992) e Palmeirense (1993/1994). A seguir, Paulo Santos ainda jogaria no Cruzeiro de Porto Alegre em 1998 e 1999, onde encerrou a carreira.
O Cruzeiro na Segundona de 1998 no Estrelão: em pé massagista
Mario Cigano, diretor de futebol Celso Vivian, Jairo, Tile, Leão, Diego, João
Alberto e Moisés; agachados Paulo Santos, Everton, Cachorrão, Marreta e Paulo Renato. Contribuição de Ernani Campelo.
Seus números no Internacional:
114 partidas
55 vitórias
38 empates
21 derrotas
11 gols marcados
Campeão gaúcho em 1981, 1983 e 1984
Campeão do Torneio Heleno Nunes em 1984
Campeão da Copa Kirin em 1984
Suas vítimas:
Vila Nova, Atlético MG, Cruzeiro, Sport, Santa Cruz, Grêmio, Esportivo, Pelotas, Brasil de Pelotas, Internacional SM e São Borja - 1 gol
Pela seleção brasileira foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1984.
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