(Foto: Ricardo Duarte - site oficial do Sport Club Internacional)
Preocupados com a situação do Internacional, reuniram-se no
Plano Espiritual várias personalidades, entre eles Frederico Arnaldo Ballvé,
Arthur Dallegrave, Carlo Kluwe, Abelard Jacques Noronha e o próprio Henrique
Poppe Leão.
Após muito discutirem, ganharam do Plano Astral a
autorização de influenciar em uma única partida, a que ocorreria ontem.
Imediatamente mobilizou-se uma legião rubra para assistir aos atletas
colorados.
O Internacional, em campo, parecia atrapalhado, né? Pois
seria muito pior! Oreco consertava as bobagens do Geferson (e foram muitas, bem
mais que as que conseguimos ver). Aquele gol que o Ramon Ábila perdeu. Vocês
acham que ele errou o gol, mesmo? Que nada! Mílton, o goleiro do Rolinho, deu
uma ponte perfeita e espalmou para escanteio. Como o juiz não viu ele, foi só
tiro de meta. E o chute do Robinho, por cima? Por cima, nada! Alfeu, repetindo
a final de 1944, jogou-se, perna estendida, na frente da bola, desviando-a.
E o gol colorado? Ah, o gol! Quem pensava ver Valdívia, via
Tesourinha, no seu típico lance de ir avançando e perto da área mandar uma
bomba! A zaga do Cruzeiro parecia atrapalhada, não? Carlitos, o “Sujeira”,
ficou o tempo todo passando a mão na bunda dos zagueiros. Lisca mexeu muito bem
no time. E não podia ser diferente, Ênio Andrade e Teté estavam ao seu lado,
assoprando sugestões.
O time colorado jogou com muita disposição, apesar de um
tanto desorganizado. É que no ouvido de todos os jogadores ecoava o brado de
Ávila, “Luta, castelhano covarde!” Fernandão teve um papel fundamental, em
alguns momentos dando energia extra ao seu camarada Alex, outras vezes
exortando seu amigo Rafael Sobis a não se empenhar muito.
Torcedores com mediunidade, presentes ao estádio, juram ter
visto Gerson e Escurinho ajudando no ataque e Nena e Scala fechando a defesa. E
nos minutos finais, em que a pressão azul ficou maior, Caçapava, Felix Magno,
Lampinha, Elton, Salvador, Odorico e Odorico formavam uma verdadeira parede de
escudos colorada em frente à área.
E mais de um torcedor reconheceu, em meio à torcida, Vicente
Rao e Charuto comandando a festa e incentivando o time. Só assim mesmo, para
vencermos. Espero que essa semana essa turma consiga nova autorização para
estarem presentes no Rio de Janeiro.
Parabéns Raul... belo texto.
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