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Marcelo Gonçalves Vita nasceu em Mococa (SP), em 19 de fevereiro de 1963.
Marcelo Vita começou a carreira como centroavante nas categorias de base do Radium, clube de sua cidade natal, em 1979. No ano seguinte profissionalizou-se.
Em 1981 Marcelo foi para o Guarani. No mesmo ano foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-20 que disputou a Copa do Mundo na Austrália, ao dos colorados Pedro Verdum e Mauro Galvão. O Brasil, após empatar com a Romênia (1x1) e vencer Itália (1x0) e Coreia do Sul (3x0), foi eliminado nas quartas de final pelo Catar (2x3). No mesmo ano Marcelo Vita foi campeão da Taça de Prata (a Série B da época), marcando um gol na final contra o Anapolina.
Em 1983 o Vasco da Gama contratou Marcelo. Em 1984 ele foi negociado com a Udinese. No início de 1985 Marcelo foi emprestado ao Internacional. Sua estreia ocorreu em 3 de fevereiro de 1985. No Beira-Rio o Internacional venceu o Botafogo por 2x0, pelo campeonato brasileiro, e Marcelo entrou no time no lugar de Jussiê. Contra o Fluminense e Atlético Mineiro ele entrou no time substituindo Kita. Contra o Coritiba, em 23 de fevereiro, Marcelo Vita assumiu a titularidade, devido a uma lesão de Kita. Seu primeiro gol ocorreu contra o Santa Cruz, em 3 de março, na derrota colorada por 3x1. No dia 10 de março garantiu a vitória colorada sobre o América carioca, por 1x0. Marcelo Vita manteve a titularidade até 27 de março. Nos jogos seguintes Kita retomou o posto de centroavante. Mesmo assim, Marcelo Vita só ficou de fora de duas partidas do campeonato brasileiro, ingressando no time nas demais.
Após o encerramento da 1ª Fase do campeonato brasileiro, em abril, o torneio parou para que a Seleção Brasileira disputasse amistosos e as Eliminatórias da Copa. Logo depois do último jogo da 1ª Fase, em 14 de abril, Marcelo Vita e Fernando chegaram atrasados a um treino e foram punidos. Inicialmente seriam afastados do clube, mas acabaram apnas multados. Mesmo assim, após um amistoso contra o Brasil de Pelotas, em 27 de abril, Marcelo Vita só voltaria a jogar em 22 de junho de 1985. Nesse dia o Internacional enfrentou o São Borja, no Beira-Rio, pela Copa Bento Gonçalves. O Colorado venceu por 6x0 e Marcelo Vita marcou três gols.
Quando o campeonato brasileiro voltou, em julho, Marcelo Vita disputou cinco das seis partidas restantes, sendo três delas como titular. Na estreia contra o Bangu, no Maracanã, Marcelo Vita foi escolhido pela revista Placar como o melhor jogador em campo. Contra o Mixto, em Cuiabá, ele marcou dois gols na vitória colorada por 3x1.
Após o campeonato brasileiro o técnico Otacílio Gonçalves foi demitido e Paulo César Carpegiani passou a treinar o Internacional. Em sua estreia em 16 de agosto, um amistoso contra o Ypiranga, o novo técnico escalou Marcelo Vita como titular. E o jogador correspondeu, marcando dois gols na vitória por 3x1. Nos quatro amistosos seguintes, Marcelo Vita marcaria gols em três, contra o Municipal (3), União de Rondonópolis e Douradense. No campeonato gaúcho, nos cinco primeiros jogos marcou gols em quatro: Aimoré, Riograndense RG, Internacional SM (3) e Brasil. Mas contra o Xavante, além de ter marcado o único gol do jogo, Marcelo Vita fraturou a perna. Mesmo assim terminaria a temporada como o principal artilheiro colorado, com 22 gols em 34 partidas.
A recuperação foi lenta e Marcelo Vita só voltaria a jogar em 16 de abril de 1986. O Internacional enfrentou o Caxias, pelo campeonato gaúcho, no Beira-Rio, e venceu por 5x3. Marcelo Vita entrou no time durante a partida, substituindo Sabará, e marcou o último gol do jogo. Disputando a posição com Sabará, Marcelo Vita conquistou a posição em 4 de maio de 1986, na vitória por 1x0 sobre o Brasil de Pelotas.
Titular no restante do campeonato gaúcho, Marcelo Vita começou o campeonato brasileiro também como titular. O primero gol colorado na competição nacional foi dele, na vitória por 1x0 sobre o Sobradinho, em Brasília. Marcelo Vita voltaria a marcar na vitória contra o Remo (3x1) e na vitória sobre o Operário MS, também por 3x1, ambos jogos no Beira-Rio. Neste último jogo, em 5 de outubro de 1986, Marcelo Vita fechou o placar ao marcar o terceiro gol colorado, aos 17' do 2º tempo. Mas pouco depois sofreu uma lesão no joelho direito e teve que ser substituído. Começaria um período longo de recuperação.
De início a lesão não parecia grave e Marcelo Vita era considerado apenas dúvida para o jogo seguinte. Mas no dia 8 de outubro o jogador se submeteu a uma artroscopia no joelho direito, com perspectiva de volta em 15 ou 30 dias. Porém, no início de novembro foi descoberto um foco infeccioso no local da cirurgia e o jogador teve que se submeter a nova operação.
Marcelo Vita foi fazer sua recuperação em Campinas. Seu contrato encerrava no final do ano e sua contratação junto à Udinese era polêmica. O clube italiano alegava que para o jogador ficar em Porto Alegre era preciso o Internacional pagar um valor, enquanto a direção colorada entendia que o atleta já era do clube.
A renovação se arrastou até 11 de fevereiro de 1987, quando Marcelo Vita assinou novo contrato. Mas o jogador continuava em uma recuperação sem previsão de volta. Em abril de 1987 a Udinese voltou à carga, tentando tomar algum valor do Internacional, sem êxito.
Marcelo Vita ficou recuperando-se em Campinas. Mas o problema tornou-se bem mais sério do que parecia no início. Apenas em maio de 1988 o jogador voltou aos treinos, em Porto Alegre. Sua volta aos campos ocorreu na última rodada do campeonato gaúcho, em 26 de junho de 1988. No Beira-Rio, o Internacional ficou no 0x0 com o Juventude.
Enquanto Marcelo Vita estava fora do clube o Internacional contratou Amarildo, que conquistou a torcida. Em julho de 1988, porém, Amarildo foi negociado com o Celta e Marcelo Vita voltou a ganhar espaço no clube. Mas seu contrato encerrou-se em 31 de julho e só foi renovado em 8 de agosto. Enquanto isso o Internacional contratou Dadinho, centroavante que havia sido artilheiro do campeonato paranaense pelo Pinheiros. Em setembro chegaria Nílson e em novembro Diego Aguirre. E Marcelo Vita outra vez se lesionou, não jogando mais na temporada de 1988.
Em 1989, com a saída de Dadinho e o Colorado usando um time misto em várias partidas do campeonato estadual, Marcelo Vita, recuperado, voltou a jogar. Chegou a disputar duas partidas pela Taça Libertadores da América, contra os venezuelanos Marítimo (3x0) e Unión Táchira (3x1). Sua melhor partida ocorreu em 11 de março de 1989, na vitória por 2x0 sobre o Juventude. No Beira-Rio, em jogo válido pelo campeonato gaúcho, Marcelo Vita marcou os dois gols colorados.
Marcelo Vita disputou o campeonato gaúcho até a final e também participou da campanha da Copa do Brasil. Seu último jogo pelo Internacional ocorreu em 29 de julho de 1989, quando o Colorado perdeu por 4x0 para o Goiás no Serra Dourada e foi eliminado da Copa do Brasil.
Pouco depois Marcelo Vita foi negociado com o Joinville, depois de não se concretizar uma transferência para o Sport. Em seguida Marcelo Vita rodou por Blumenau (1990), Vitória (1991), Botafogo SP (1991), Araçatuba (1991), Joinville (1992), Araçatuba (1992), Internacional SP (1992), Guarany CA (1993), Botafogo SP (1993), Joinville (1993), Bandeirante (1993), Pelotas (1994), Barretos (1994), União Bandeirante (1995) e Pelotas (1995), onde encerrou a carreira.
Seus números no Internacional:
94 partidas
54 vitórias
24 empates
16 derrotas
45 gols marcados
Suas vítimas:
3 gols
Juventude, São Borja, Aimoré, Bagé, Internacional SM e Municipal SC
2 gols
Grêmio, Novo Hamburgo, Brasil de Pelotas, Ypiranga e Mixto
1 gol
Santoangelense, Riograndense RG, Estância Velha, Glória, Brasil de Farroupilha, São Luiz, Caxias, Combinado Operário/Comercial MS, Santa Cruz PE, Sobradinho, Remo, Operário MS, América RJ, Palmeiras, União MT e Douradense
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