Em 14 de maio de 1903, nascia em Itapecerica (MG), o menino Floriano Peixoto Corrêa.
Floriano jogava na linha média, pela direita. Começou a jogar futebol na escola. Em 1916, matriculou-se no Colégio Militar de Barbacena. Nessa cidade jogou no Infantil Futebol Clube, no Mayrinck Futebol Clube e no Paisandú.
Em 1919 Floriano transferiu-se para o Colégio Militar de Porto Alegre, ingressando no Internacional, onde jogaria na equipe principal em 1920 e 1921. Na temporada de 1920 participou apenas de amistosos. No Colorado, Floriano também era conhecido pelo apelido de Carioca.
Com a morte de seus pais, em 1920, Floriano não teve condições de prosseguir seus estudos e em 1921 desligou-se do Colégio Militar, mudando-se para Caxias do Sul onde passou a atuar pelo Juvenil. Apesar do futebol ainda ser considerado amador, pagava-se certa remuneração aos atletas. Em 1922 jogou no Porto Alegre e em 1923 no Grêmio, sendo convocado para a Seleção Gaúcha. Em seguida, assentou praça na 8ª Companhia de Metralhadoras Pesadas e foi convocado pela Liga de Esportes do Exército para a Seleção do Exército que enfrentou a Marinha, no Estádio da Gávea (Exército 2x1 Marinha).
Em 1924, transferido para o 3º Regimento de Infantaria, sediado na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, passou a jogar pelo Fluminense. Campeão carioca em 1924, os dirigentes do Fluminense o convenceram a dar baixa do Exército. Em 1925 foi campeão brasileiro de seleções pelo Rio de Janeiro. Recebeu o apelido de "Doutor da Bola" e foi convocado para disputar o Campeonato Sul-Americano de Futebol, em Buenos Aires. Em 1927 voltou a ser campeão brasileiro de seleções, pelo Rio de Janeiro. Mas no mesmo ano foi acusado de "vender-se" para o adversário, em um jogo com o América. Dispensado, ingressou no América, onde sagrou-se campeão carioca em 1928. No mesmo ano voltou a sagrar-se campeão brasileiro de seleções. Com esses títulos recebeu o apelido de "Marechal da Vitória".
Na final do campeonato carioca de 1929, o América foi derrotado pelo Vasco da Gama e Floriano foi acusado de suborno. Em 1930 começou o campeonato carioca pelo São Cristóvão, mas desistiu do futebol e mudou-se para Barretos, no interior de São Paulo. No mesmo ano atuou três meses pelo Barretos, até aceitar um convite do Santos, para onde transferiu-se em agosto de 1930. Em 1931 foi vice-campeão paulista pelo Santos. No final do campeonato, foi acusado de tentar subornar jogadores do Juventus, junto com o atacante Feitiço, mas os atletas santistas foram absolvidos.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, serviu como soldado no 7º BCR, dos rebeldes paulistas, participando efetivamente dos combates. Em 1933 publicou o livro "Grandezas e Misérias do nosso Futebol (Flores & Mano Editores, Rio de Janeiro), no qual contou sua atribulada vida de atleta, citando nominalmente os dirigentes que atrapalharam sua carreira. No mesmo ano transferiu-se para o Atlético MG, onde jogaria até 1935.
Em 1936, como técnico, levou o Atlético ao título do Torneio dos Campeões. Pouco depois retornou ao Rio de Janeiro, onde contraiu tuberculose. Buscando tratamento, foi para Nice, na França. Depois seguiu para uma colônia francesa, na África. Floriano faleceu no continente africano, em 19 de setembro de 1938. O local de sua morte é controverso. Fontes apontam Argel (Argélia), Dacar (Senegal) e Oran (Argélia).
Seus jogos pelo Internacional:
23.09.1920 2x0 União (Pelotas) - Amistoso - F
28.09.1920 0x2 Ideal (Pelotas) - Amistoso - F
09.06.1921 4x0 Seleção Acadêmica de Porto Alegre - Amistoso - N (Chácara das Camélias)
19.06.1921 2x1 Juvenil (Caxias do Sul) - Amistoso - F
21.06.1921 4x2 Garibaldi - Amistoso - F
29.06.1921 6x1 Ypiranga - Amistoso - C (1)
03.07.1921 2x3 Cruzeiro - Campeonato Municipal - C
31.07.1921 4x1 Americano - Campeonato Municipal - F
21.08.1921 3x4 Porto Alegre - Campeonato Municipal - C
28.08.1921 4x1 Contra-Torpedeiro Alagoas - Amistoso - C
04.09.1921 1x2 Taquarense - Amistoso - F
Resumo
11 partidas
7 vitórias
4 derrotas
1 gol marcado
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