Total de visualizações de página

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Jogadores do passado - Schneider


Em 15 de maio de 1948, nascia em Montenegro o menino Luís Carlos Schneider, que ficaria conhecido no meio futebolístico como o goleiro Schneider.

Schneider começou a jogar em equipes amadoras de Montenegro. Em 1965 chegou ao Internacional. Sua estreia ocorreu em 20.03.1966, em um amistoso contra o Juventude, nos Eucaliptos. O Colorado perdeu por 2x1, em partida que estreava também o centroavante Claudiomiro.

Nas temporadas de 1966 e 1967, Schneider jogou pouco, na reserva de Gainete. Em julho de 1968, porém, em uma excursão ao interior de São Paulo, Schneider ganhou a titularidade, ao substituir Gainete em um amistoso contra o Andradina. Antes disso, já havia defendido o gol colorado no Torneio Imprensa, em janeiro de 1968, quando o clube foi campeão, enfrentando Flamengo de Caxias do Sul e Juventude. Em novembro, porém, Gainete recuperou a posição.

Na temporada de 1969, embora na reserva, Schneider jogou várias partidas. Na temporada de 1970, perdeu espaço para Valdir, que tornou-se a primeira opção ao titular Gainete. Em 1971, Valdir jogou os três primeiros meses como titular. A seguir, Gainete voltou ao gol. Schneider pouco jogou, tendo a concorrência de Rafael. Mesmo assim, ganhou a posição na reta final do campeonato brasileiro de 1971, na estreia de Figueroa, em 01.12.1971, na vitória de 3x0 sobre o Vasco da Gama, no Beira-Rio.

Schneider foi o titular por toda a temporada de 1972 e boa parte de 1973. Em 22.01.19972, ppela Copa Cidade de Bogotá, o Internacional enfrentava o Millonarios, perdendo por 1x0. Mas Schneider defendeu um pênalti cobrado por Villano. Em 26.03.1972, ocorreu um Gre-Nal comemorativo do bicentenário da capital gaúcha. Após o empate em 0x0 no tempo normal e na prorrogação, os dois clubes foram decidir a Taça Bicentenário da Fundação de Porto Alegre nos pênaltis. O Colorado venceu por 5x4, graças a Schneider, que defendeu a cobrança de Gaspar. Em novembro de 1973, Rafael ganhou a posição, mantendo-a até o final do campeonato brasileiro, em fevereiro do ano seguinte.

Schneider retomou a vaga no Brasileiro de 1974, que começou em março. Em 13.03.1974, o Internacional enfrentava o Avaí, em Florianópolis. Um minuto após o Colorado virar a partida para 2x1, o juiz marcou pênalti para os catarinenses. Zenon cobrou e Schneider defendeu, garantindo a vitória colorada. Foi o titular até 21.07.1974, no empate em 1x1 com o Cruzeiro, pelo Quadrangular Final do campeonato brasileiro, no Beira-Rio. Na partida seguinte estreava Manga.

Com Manga no gol, Schneider passou a ter cada vez menos oportunidades. Com a saída de Manga, em 1977, o paraguaio Benítez tomou conta do gol. Schneider não jogou nenhuma partida.

Em 1978, Benítez foi emprestado ao Palmeiras, mas Gasperin e Bagatini passaram a brigar pela posição. Mas Schneider ainda teria uma oportunidade de defender o gol colorado. Em 14.02.1978, o Internacional decidia o Torneio Triangular Cidade de Viña del Mar contra o Everton, do Chile. O Colorado abriu o marcador no início da partida e suportava uma pressão fortíssima. O governo chileno queria o título do torneio para o Chile, e o juiz Juan Silvagno se esforçava para auxiliar os donos da casa. Luisinho, centroavante colorado, foi expulso no início do 2º tempo. Aos 38', o juiz inventou um pênalti para os chilenos, mas Gasperin defendeu. Pouco depois, o juiz expulsou o goleiro Gasperin e o zagueiro Beliato, enquanto a torcida jogava objetos nos colorados e os "carabineros" tentavam intimidar os jogadores brasileiros. Nesse clima, Schneider ingressou no time, e fechou o gol colorado, em uma partida que foi até os 56' do 2º tempo. Foi a última partida de Schneider no gol colorado, e com mais uma taça. Curiosamente, o técnico colorado nessa partida era Carlos Gainete, o mesmo que durante anos disputou a posição com Schneider.

Ainda no ano de 1978, sem espaço no time e sofrendo com seguidas fraturas nos dedos, Schneider abandonou a carreira, aos 30 anos, tornando-se treinado de goleiros do clube. Entre os goleiros que formou, destacaram-se Gilmar e Taffarel.

Em 01.12.1999, em Porto Alegre, Schneider faleceu de câncer, aos 51 anos de idade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário