Volmir começou a carreira nas categorias de base do Flamengo de Caxias do Sul. Nessa época, surgiu uma possibilidade de transferência para o Bangu, mas o negócio não se concretizou. Em 1963, Volmir foi contratado pelo Lajeadense, onde se profissionalizou. Suas boas atuações o levaram para o Grêmio, durante a temporada de 1964, onde ficou atuando na equipe de aspirantes.
O primeiro contato de Volmir com o Internacional foi no Gre-Nal de 10.12.1964. pelo Torneio Quadrangular de Porto Alegre, também conhecido como Torneio Jornal do Brasil. O Colorado venceu por 2x1, conquistando o torneio, e Volmir entrou na partida no lugar de Vieira.
Volmir, pelo Tricolor, foi campeão gaúcho em 1965, 1966, 1967 e 1968. Mas mesmo tendo atuado em uma época vitoriosa do clube, não teve o mesmo sucesso nos clássicos. Volmir disputou 18 Gre-Nais pelo Grêmio, vencendo apenas 4, empatando 7 e perdendo outros 7. Marcou apenas um gol.
Volmir era um jogador imprevisível, que alternava dribles sensacionais com jogadas bisonhas, e era fisicamente muito forte. Por se enrolar com a bola em alguns lances, recebeu de Lauro Quadros o apelido de "Massaroca". Disputou a Copa O'Higgins de 1966 e a Copa Rio Branco de 1967 pela Seleção Brasileira. Mas quando os títulos gremistas cessaram, começou a ser questionado. Em 1970, ele teve uma grave lesão, que o deixou muito tempo fora dos gramados. Quando voltou, o novo técnico gremista, Oto Glória, não gostava muito de seu futebol. Volmir passou a ter poucas oportunidades, e mesmo nos treinamentos era escalado fora de posição, atuando até de lateral-direito. Seu comportamento irreverente fora de campo, antes tratado com paternalismo, começou a ser encarado como insubordinação e rebeldia. Em 17.10.1971, pelo campeonato brasileiro, o Internacional venceu o Grêmio por 1x0. Volmir entrou no time no lugar de Loivo. Foi sua última partida pelo Grêmio. Segundo o site Gremiopedia, ele jogou 277 partidas pelo clube e marcou 64 gols.
No início de 1972, uma notícia surpreende o mundo esportivo gaúcho. O Internacional contratou Volmir, pagando apenas Cr$ 100 mil e a renda de dois amistosos. Em 02.03.1972, Volmir estreava no Internacional, em um Gre-Nal amistoso. A partida terminou 1x1, e como não tem amistoso em Gre-Nal, os gremistas Espinosa e Loivo, e o colorado Edson Madureira foram expulsos. No dia 05.03.1972, o segundo clássico em pagamento de Volmir também terminou 1x1. A indignação da torcida gremista com a negociação estava representada em uma música feita pelo tricolor Santos Dumont, que dizia "Volmir Massaroca Coreia/Tua jogada é a alegria da plateia".
Pelo Colorado, Volmir conquistaria mais dois títulos gaúchos, em 1972 e 1973. Também venceu o Torneio Cidade de Porto Alegre, em 1972. Sua irreverência continuava. Em 19.03.1972, o Internacional venceu o Peñarol por 1x0, em Montevidéu. Os uruguaios abusavam da violência, com a complacência do juiz Rafael Pinto. Para piorar, aos 25' do 2º tempo, o juiz marcou um pênalti inexistente para o Peñarol. Volmir, indignado, escondeu-se atrás do lateral Sadi e xingou o juiz de vagabundo e sem-vergonha. O juiz expulsou Sadi e começou uma confusão que acabaria com todo o time do Internacional expulso. Também incomodava os gremistas, pois sendo sócio do clube, frequentava as piscinas do Tricolor, para desespero de dirigentes e torcedores.
Em fevereiro de 1974, após o fim do campeonato brasileiro de 1973 (que avançou pelo início do ano seguinte), Volmir despediu-se do Internacional. Sua última partida ocorreu em 13.02.1974, quando o Internacional perdeu por 4x1 para o São Paulo, pelo Quadrangular Final do Brasileirão. Volmir entrou no time no lugar de Dorinho.
Pelo Internacional, Volmir disputou 77 partidas e marcou 15 gols. Suas vítimas:
Santa Cruz RS - 3 gols
Bagé - 2 gols
Grêmio, Corinthians, São Paulo, Flamengo, Sergipe, Cruzeiro RS, São José, AESA, Internacional SM e Esportivo - 1 gol
Seu desempenho em clássicos foi melhor do lado vermelho. Disputou 8 clássicos, vencendo 2 e empatando 6. Não perdeu Gre-Nal com o manto alvi-rubro, e marcou um gol.
Após sair do Internacional, Volmir foi para o América carioca. No mesmo ano de 1974, ingressou na Chapecoense. No 2º semestre de 1975, foi negociado com o Figueirense, para disputar o campeonato brasileiro. E sua estreia no Figueira ocorreu em 20.08.1975, no Beira-Rio. Os catarinenses perderam por 3x1. Volmir apareceria novamente no caminho do Colorado em 1976. De volta à Chapecoense, enfrentou o Internacional em 25.01.1976, no amistoso de inauguração do estádio Índio Condá. O Colorado venceu por 4x1. Embora Borjão tenha feito o primeiro gol do estádio, Volmir marcou o primeiro gol da Chapecoense em sua casa.
Em 1977, Vomir ainda jogou no Paranavaí e no Sergipe, encerrando a carreira.
Depois de encerrar a carreira de jogador, Volmir assumiu o cargo de assistente penitenciário em um presídio de Canela, função da qual já se aposentou.
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