Em 23/11/1929 nascia em Corumbá o menino Aírton Diogo.
Quando começou a jogar futebol, Aírton atuava de centroavante. É provável que tenha começado a jogar em sua cidade natal, mas no final dos anos 1940 chegou às categorias de base do Fluminense. Pelo time principal do Tricolor carioca, Aírton disputaria apenas um amistoso em fevereiro de 1949, marcando um gol.
Em 1951 Aírton chegou ao Pelotas, onde destacaria-se em duas temporadas. Artilheiro, chamou a atenção do Internaciona, que o contratou no início de 1953, utilizando o ponteiro-esquerdo Camargo como parte do pagamento.
Aírton estreou no Internacional em 06/02/1953, um empate em 1x1 com o Chacarita Juniors, nos Eucaliptos. Pouco tempo depois de sua chegada o Internacional conquistava o Torneio Régis Pacheco, na Bahia. Mas o primeiro gol demorou um pouco para sair. Apenas na 7ª parte, durante a excursão colorada pelo Norte e Nordeste, Aírton marcou seu primeiro gol, na goleada de 8x0 sobre o Paysandu. Aírton foi um dos colorados aplaudidos pela torcida uruguaia em 24/05/1953, quando o Internacional empatou com a Seleção do Uruguai em 1x1, em pleno estádio Centenário. Aírton não jogou o clássico Gre-Nal que deu o título metropolitano de 1953 ao Colorado, mas jogou as duas partidas da decisão do campeonato gaúcho, com o Brasil de Pelotas.
A temporada de 1954 começou muito bem para Aírton. Na abertura da temporada, o Internacional bateu o Grêmio por 3x2, em um Gre-Nal amistoso na Montanha, e Aírton fez os três gols. Em 19/06, pelo Torneio Extra, no estádio Tiradentes, o Internacional bateu o Flamengo de Caxias do Sul pot 7x2, e Aírton marcou quatro gols. Em 25/07, com uma goleada de 4x0 sobre o Grêmio, outra vez no estádio da Montanha, o Internacional conquistava o Torneio Extra. Mas no Campeonato Metropolitano o título ficou com o Renner. Com a chegada de Larry ao Internacional, em julho, Aírton começou a perder espaço, e no início de setembro perdeu a vaga no time titular, cujo ataque passou a ser formado por Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Canhotinho. Sua última partida pelo Internacional ocorreu em 14/11/1954, em uma vitória por 2x1 sobre o Nacional, em amistoso disputado no estádio Tiradentes. Aírton começou no banco e substituiu Jerônimo.
Em 1955 Aírton foi negociado com a Portuguesa de Desportos onde, ao lado do também ex-colorado Nena, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo. Em 1956, Aírton foi para a Ponte Preta. Em 1958 Aírton jogou no Náutico. Em 1959 teve uma rápida passagem pelo São Paulo e chegou ao Santos, onde ficaria até 1960. Foi campeão paulista em 1960, embora só tenha disputado o 1º turno. Destacou-se no clássico contra o Palmeiras, em 21/08/1960, no Palestra Itália. O Santos venceu por 3x1, com dois gols de Aírton e um de Pelé, com Ênio Andrade descontando para o Palmeiras.
Aírton ainda atuaria na Ponte Preta (1960), Pelotas (1962) e novamente Ponte Preta (1962/1963), onde encerrou a carreira.
Depois de tentar a carreira de técnico, radicou-se em Campinas. Os seus últimos tempos de vida passou no Lar dos Velhinhos de Campinas, onde faleceu em 28/06/2005.
Aírton também era conhecido como Paraguaio, por ter nascido na fronteira com esse país. Seus números pelo Internacional:
54 partidas
35 vitórias
11 empates
8 derrotas
33 gols
Suas vítimas:
Flamengo (Caxias do Sul) - 6 gols
Floriano - 5 gols
Grêmio, Nacional, Renner e Força e Luz - 3 gols
Aimoré - 2 gols
Peñarol URU, Paysandu, Remo, Pelotas, Guarany (Bagé), Rio Grande, Internacional SM e Cruzeiro - 1 gol
Seus título:
campeão estadual em 1953
campeão metropolitano em 1953
campeão do Torneio Extra em 1954
campeão do Torneio Régis Pacheco em 1953
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