Jerônimo Teixeira dos Santos nasceu em 28 de julho de 1930, no Rio de Janeiro.
Titular no Rolinho, Jerônimo hoje é um nome pouco lembrado pela torcida colorada, mas foi ídolo em sua época.
Jerônimo começou a carreira nas categorias de base do Manufatora em 1946. No ano seguinte um diretor do Colégio Silva Freire o apresentou ao técnico Gentil Cardoso, do Fluminense, que aprovou o jogador. Assim Jerônimo ingressou na base do Fluminense, onde foi campeão carioca juvenil em 1947, 1948 e 1949, e de aspirantes em 1951. Também foi campeão sul-americano juvenil pela Seleção Brasileira em 1949. Nos títulos carioca e sul-americano de 1949 teve como companheiro Emílson, que mais tarde o reencontraria no Internacional. Jerônimo era o capitão da equipe juvenil.
No time principal do Fluminense, o meia esquerda atuou em 23 partidas, nos anos de 1950 e 1951, marcando 7 gols. Seu último jogo pelo Tricolor carioca ocorreu em 24 de junho de 1951, empate em 2x2 com o América Mineiro. Em agosto de 1951 Jerônimo foi contratado pelo Internacional.
Sua estreia no Internacional estava marcada para o Gre-Nal do campeonato municipal, mas Jerônimo não foi escalado. Ela ocorreria na partida seguinte, contra o Cruzeiro, pela Taça Cidade de Porto Alegre. O Colorado venceu por 2x1 e Jerônimo marcou os dois gols. Na partida seguinte, despedida de Carlitos, vitória por 2x1, com mais um gol de Jerônimo. O novato tomou o lugar de Ênio Andrade, que acabaria negociado com o Renner. Em 25 de novembro o Internacional bateu o Renner por 4x1, conquistando o bicampeonato da cidade, com dois gols de Jerônimo. Também foi campeão gaúcho.
Na temporada de 1952, mais um título com gols de Jerônimo. Em 24 de agosto o Colorado bateu o Nacional por 3x1, conquistando o título do Torneio Extra, e Jerônimo fez dois gols. Em 7 de dezembro, o Internacional conquistou o tricampeonato municipal ao bater o Grêmio por 5x1. Jerônimo fez os dois primeiros gols do jogo. A seguir veio o tri gaúcho.
Em 1953 Jerônimo teve participação importante no primeiro título colorado fora das fronteiras do Rio Grande. Em março o Internacional disputou o Torneio Régis Pacheco, em Salvador. Na estreia o Colorado fez 7x1 no Bahia e Jerônimo marcou dois gols. No jogo seguinte, 4x1 no Vitória e mais um gol de Jerônimo. O jogador só não marcaria na última partida, empate em 2x2 com o Flamengo. No campeonato metropolitano o título veio em 1º de novembro, com a vitória de 2x0 sobre o Grêmio. Jerônimo marcou o primeiro gol. O clube também seria tetracampeão gaúcho.
No início de 1954 Jerônimo viu-se envolvido em uma polêmica na renovação de de contrato. O Grêmio tentou contratá-lo e utilizou até a esposa do jogador para pressioná-lo. Tudo documentado pela imprensa.
A temporada de 1954 começou com o título do Torneio Extra. A outra conquista do ano foi o Torneio de Inaguração do Olímpico. Na decisão o Internacional bateu o Grêmio por 6x2. O Tricolor saiu na frente, vencendo por 1x0, mas Jerônimo, cobrando falta, empatou e abriu caminho para a vitória colorada.
Em 19 de junho de 1955 o Colorado venceu o Internacional de Lajes, em um amistoso, por 8x2. Jerônimo fez um dos gols. Esta partida também marcou o reencontro com seu companheiro de juvenis do Fluminense, Emílson, que estreava no Colorado. O Colorado conquistaria o tetra municipal e estadual, nessa temporada.
No início de 1956, Jerônimo foi convocado para a Seleção Brasileira que disputaria o Campeonato Pan-Americano, no México. Mas o meia não atuou em nenhuma partida. Ênio Andrade, do Renner, que havia perdido a posição no Colorado para Jerônimo, em 1951, agora reinava absoluto na meia esquerda.
A temporada de 1956 também marcou o início do declínio de Jerônimo. Ele só atuaria pelo time titular do Internacional no 2º semestre. Em 1957 e 1958 também atuou poucas vezes pelo clube. Em 27 de julho de 1958, um dia antes de completar 28 anos, Jerônimo fez sua última partida pelo Internacional, na vitória de 3x1 sobre o São José, pelo campeonato metropolitano, no Passo da Areia. Seu último gol ocorrera bem antes, em 08 de novembro de 1957, na vitória de 4x2 sobre o São Paulo de Rio Grande, em amistoso.
Depois de ser liberado pelo Internacional, retornou ao Rio de Janeiro. Em seguida, mudou-se para Curitiba, onde defendeu o Athlético Paranaense até 1961.
Seus números pelo Internacional:
204 partidas
141 vitórias
34 empates
29 derrotas
57 gols
Seus títulos:
campeão gaúcho em 1951, 1952, 1953 e 1955
campeão metropolitano em 1951, 1952, 1953 e 1955
campeão do Torneio Extra em 1952 e 1954
campeão do Torneio Régis Pacheco em 1953
Suas vítimas:
9 gols
Cruzeiro
7 gols
Força e Luz
6 gols
Nacional, Aimoré
5 gols
Grêmio
3 gols
Floriano
2 gols
Renner, Juventude, Flamengo de Caxias do Sul, Bahia e São Paulo
1 gol
Combinado União Serrano/Esportivo, Glória de Carazinho, Guarany CS, Cachoeira, Riograndense SM, São Paulo RG, Internacional SC, Vitória, Paysandu, Chacarita Juniors ARG e Peñarol URU
A última informação localizada sobre Jerônimo é de 2006, quando ele vivia no Rio de Janeiro. Nos últimos 15 anos não localizei nenhuma informação sobre o ex-atleta, que possivelmente ainda vive.
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