Luís Carlos Scala Loureiro nasceu em Rio Grande, em 31 de julho de 1940.
O zagueiro Luís Carlos começou sua carreira no Rio Grande, em 1958, transferindo-se para o Riograndense, também de Rio Grande, em 1960. Chegou a enfrentar o Internacional no campeonato gaúcho de 1961.
Apesar do fraco desempenho do Riograndense nas competições, Scala chamava a atenção pelo bom futebol. E assim foi contratado pelo Internacional em 23 de maio de 1964, por NCr$ 5.000,00. No Colorado já havia um jogador chamado Luís Carlos, e o zagueiro riograndino tornou-se Scala.
Scala estreou no Internacional em 21 de junho de 1964. Nos Eucaliptos o Colorado bateu o Aimoré por 5x0, pelo campeonato gaúcho. Scala formou a zaga ao lado de Osmar Gauchão. O título não veio em 1964, mas Scala foi escolhido o melhor jogador do campeonato gaúcho.
A temporada de 1965 seria uma das piores da história do Internacional. Mas no início do ano o clube conquistou a Copa Festa da Uva (título dividido com o Grêmio). Na estreia na competição o Internacional venceu o Juventude por 4x2 e Scala fez seu primeiro gol pelo clube.
A temporada de 1966 novamente passou em branco. Mas em 1967 e 1968 Scala foi um dos jogadores de destaque do bi-vice do Robertão. E suas boas atuações renderam uma convocação para a Seleção Brasileira, dirigida por Aymoré Moreira. Em 17 de dezembro de 1968 Scala atuou no empate em 3x3 com a Iugoslávia. no Maracanã.
A temporada de 1969 seria marcante para Scala. Em 6 de abril estava em campo na inauguração do Beira-Rio. Seu futebol também agradou João Saldanha, que o convocou para a Seleção Brasileira. O técnico o considerava inclusive um possível titular. Mas viajou para a Colômbia, em julho, onde o Brasil jogaria pelas eliminatórias e disputaria um amistoso, fortemente gripado. Assim, disputou apenas uma partida, em 1º de agosto, vitória de 2x0 sobre o Millonarios, da Colômbia. Perdeu a titularidade, mas tinha sua convocação para a Copa do Mundo no México como certa.
De volta ao Internacional, sagrou-se campeão gaúcho, quebrando a hegemonia gremista. Mas, lesionado, não jogou o Gre-Nal do título, em 17 de dezembro. Scala sofreu uma séria lesão nos ligamentos do joelho no dia 14 de dezembro, contra o Brasil de Pelotas.
Em janeiro de 1970 Scala apresentou-se à Seleção Brasileira, mas foi reprovado no exame médico. Mesmo assim, João Saldanha continuava apostando nele. Em matéria da revista Placar de 13 de março de 1970, Saldanha declarava: "Se ele ficar bom até a data de inscrição dos 22, eu o chamarei. Como titular." Mas menos de uma semana depois João Saldanha foi dispensado do comando da Seleção. O novo técnico, Zagallo, não demonstrava a mesma admiração pelo futebol do zagueiro colorado.
A lesão manteria Scala fora dos gramados até abril. Ele voltou ao Internacional durante o campeonato gaúcho, pelo qual disputou duas partidas. Mas em maio fraturou o tornozelo durante um treino. Após duas cirurgias, Scala só voltaria a jogar em abril de 1971. A essa altura o Internacional já tinha Pontes como dono da zaga e Valmir e Hermínio brigando pela outra vaga. Scala não conseguiu recuperar a titularidade, disputando apenas cinco partidas na temporada. Seu último jogo pelo Colorado ocorreu em 28 de novembro de 1971, na derrota de 4x1 para o Atlético Mineiro, pelo campeonato brasileiro. No jogo seguinte estrearia na zaga colorada Don Elias Figueroa, o maior zagueiro da história do clube.
Percebendo que não teria espaço no time, Scala pediu a rescisão do seu contrato, no início de janeiro de 1972. O Internacional decidiu então colocar seu passe a venda por 50 mil cruzeiros. O Botafogo estava interessado no jogador, e o próprio Scala estava negociando a transferência. No final de janeiro Scala foi emprestado ao Botafogo por seis meses. Em abril acabou negociado em definitivo.
Em no segundo semestre de 1973, Scala foi negociado pelo Botafogo com América de Natal. Pelo campeonato brasileiro de 1974, em 5 de junho, ele retornou ao Beira-Rio, para enfrentar o Colorado. O Internacional venceu por 3x0. Em janeiro de 1975, Scala encerrou a carreira de jogador. Ainda seria técnico do América, ABC e Alecrim, todos de Natal, e comentarista esportivo.
Scala decidiu continuar morando em Natal, onde foi proprietário de uma lancheria e uma imobiliária. Em 2005, Scala passou a sofre de Mal de Alzheimer. No dia 10 de outubro de 2007, Scala faleceu, devido a problemas pulmonares.
Seus números pelo Internacional:
276 partidas
162 vitórias
71 empates
43 derrotas
11 gols
Campeão gaúcho em 1969, 1970 e 1971
Campeão da Copa Festa da Uva em 1965
Suas vítimas
1 gol
Juventude, Brasil de Pelotas, Floriano, Navegantes, Santa Cruz RS, São José, Cruzeiro RS, Farroupilha, Palmeiras, Santos e Fluminense
Zagueiro alto (1,85m) e de boa impulsão, pelo menos 8 de seus gol foram de cabeça (dos outros três, um foi com o pé, um a descrição do gol não é clara e outro desconheço a descrição)
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