Jogadores do passado: Adílson

Em 3 de fevereiro de 1950 nascia em São Paulo o menino Adílson Miranda.

Adílson começou a jogar futebol na várzea paulistana, defendendo o Centro da Coroa. Profissionalmente, começou a carreira no São Bento, em 1970. Em 1973 jogou no Náutico, em 1974 no Paysandu e em 1975 e 1976 no Corinthians. Em 1977 e 1978 atuou no Coritiba. Enfrentou o Colorado em 1975, no Brasileiro, e em 1976, na Taça Cidade de São Paulo, pelo Corinthians, e no Brasileiro de 1977, pelo Coritiba.

Após o campeonato brasileiro de 1978, Adílson foi contratado pelo Internacional. Estreou no clube em 17 de setembro de 1978, contra o Esportivo, no Beira-Rio, na 1ª partida da final do 1º turno do campeonato gaúcho. Ele começou no banco de reservas, entrou no time no lugar de Batista e marcou o 1º gol da vitória colorada por 2x0. Originalmente meia-direita, quando jogava como centroavante, costumava buscar o jogo. De boa estatura e físico imponente, Adílson tinha excelente impulsão, habilidade que lhe rendeu muitos gols de cabeça. Campeão gaúcho em 1978 e brasileiro em 1979, Participou da Copa Libertadores da América de 1980, com destaque para o melhor jogo de sua carreira, na vitória colorada sobre o Vélez Sarsfield por 3x1, na qual ele fez os três gols. Apesar dos problemas que viveu com o técnico Ênio Andrade, que não escondia sua preferência por Bira, sentia-se bem no Internacional. Segundo Falcão, seu melhor amigo no clube, "em Gre-Nal o Adílson enlouquecia". Adílson disputou 7 clássicos, vencendo 4, empatando 2 e perdendo apenas um, marcando dois gols. No final de julho de 1980, Adílson participou de um jantar com Falcão e dirigentes da Roma que quase o levaram para a equipe da capital italiana. A Roma procurava um centroavante e Falcão o indicou, mas com 30 anos de idade o jogador não tinha o perfil buscado pela equipe italiana. Na volta da excursão colorada à Europa, foi negociado com o Criciúma. Seu último jogo pelo clube ocorreu em 1º de setembro de 1980, um empate em 2x2 com o Barcelona, mo Nou Camp.

Adílson confidenciava aos amigos a maneira digna e profissional como o trataram no Rio Grande do Sul e o orgulho de ter viajado para a Europa em excursão com o Colorado. No Internacional, Adílson foi campeão gaúcho em 1978 e brasileiro em 1979. Pelo Criciúma foram 10 jogos, entre outubro e novembro de 1980. Acertado com o Pinheiros para a temporada de 1981, em 7 de dexembro de 1980 viajou para Caraguatatuba, onde pretendia passar as festas de fim de ano com a família. Porém, em uma das curvas da BR-116, seu Puma vermelho capotou e explodiu. Morreu no acidente, além do jogador, sua noiva Rosângela Zanella (ex-candidata a miss Rio Grande do Sul), com quem pretendia se casar em janeiro de 1981.

Seus números no Internacional:

113 partidas

66 vitórias

30 empates

17 derrotas

30 gols marcados

campeão brasileiro em 1979

campeão gaúcho em 1978

Suas vítimas pelo Internacional:

3 gols

Vélez Sarsfield ARG, Bahia, Juventude e Avenida

2 gols

Grêmio e 14 de Julho PF

1 gol

Deportivo Táchira VEN, Racing ARG, Newell's Old Boys ARG, Palmeiras, Sport, Coritiba, Farroupilha, Esportivo, Novo Hamburgo, São Borja, Riograndense SM, Guarany de Bagé, Estrela e Brasil de Pelotas