Em 13 de setembro de 1965 nascia em Montevidéu o menino Diego Vicente Aguirre Camblor.
Em 1985, Diego Aguirre tornou-se profissional no Liverpool de Montevidéu, como centroavante. Suas boas atuações o levaram para o Peñarol, no ano seguinte. Seu grande momento no Peñarol foi na Taça Libertadores de 1987. Na decisão do torneio, Peñarol e América de Cali haviam vencido uma partida cada. No jogo-desempate, nada de gols. A prorrogação entrava em seu último minuto, indicando que a decisão iria para os pênaltis, quando Diego Aguirre fez o gol do título.
Em 1988 Diego Aguirre foi contratado pela Fiorentina, mas jogou apenas na Copa da Itália. No mesmo ano foi negociado com o Olympiakos. E em novembro era contratado pelo Internacional.
Sua estreia no Internacional ocorreu em 20 de novembro de 1988, na vitória de 2x1 sobre a Portuguesa de Desportos, no Beira-Rio. Ele entrou durante a partida, substituindo Maurício. Em 1988 ainda atuou em mais cinco partidas, quatro delas saindo do banco para entrar no time. Em 11 de dezembro de 1988 em São Januário, fez o gol do empate colorado contra o Fluminense, fechando o placar de 2x2.
No início de 1989, no mata-mata do Campeonato Brasileiro, Diego Aguirre jogou o Gre-Nal do Século e nas duas partidas finais contra o Bahia. Nas três partidas saiu do banco para o time.
Na estreia da Taça Libertadores de 1989, Diego Aguirre foi titular contra o Bahia e abriu o placar no Beira-Rio, mas o time sofreu a virada. Contra o Unión Tachira, entrou no time durante o jogo. Contra o Marítimo, foi titular e marcou o gol de empate colorado, aos 40' do 2º tempo. Os dois jogos na Venezuela ocorreram em meio ao "Caracazo", um levante popular espontâneo contra as medidas econômicas recessivas do governo de Carlos Andrés Pérez, violentamente reprimido pelo exército. Durante as noites que passaram na Venezuela, os jogadores quase não dormiram, ouvindo os disparos dos militares, massacrando a população. A última partida foi disputada sem torcida e com forte aparato de segurança.
Aguirre não jogou contra o Bahia, na Fonte Nova, mas foi titular contra os venezuelanos, em Porto Alegre, marcando o primeiro gol na vitória de 3x1 sobre o Unión Táchira. No mata-mata, entrou no time durante o jogo nos 6x2 contra seu ex-clube, o Peñarol. Em Montevidéu, foi titular e marcou o 2º gol colorado, na vitória de 2x1. Contra o Bahia, foi titular e marcou o gol da vitória, no Beira-Rio, mas não jogou na partida de volta. Na semifinal, contra o Olimpia, não jogou no Paraguai, mas entrou no time no jogo de volta, na eliminação colorada. Com cinco gols, foi o artilheiro colorado na competição.
Se era reserva na Taça Libertadores, ganhava oportunidades no Campeonato Gaúcho. Durante o torneio sul-americano, Diego Aguirre jogou dez partidas pelo estadual, marcando um gol, contra o São Paulo de Rio Grande.
Após a eliminação na Taça Libertadores, Diego Aguirre ainda disputou mais sete partidas pelo Campeonato Gaúcho, marcando mais um gol contra o Pelotas. Sua despedida do Internacional ocorreu em 18 de junho de 1989, em um Gre-Nal no estádio Olímpico. Ele começou a partida como titular e foi substituído por Marcelo Vita. O empate em 0x0 levou o jogo para os pênaltis. O Grêmio venceu a disputa por pênaltis e conquistou o título gaúcho. A partida também marcou a despedida do técnico Abel Braga, já acertado com o Famalicão, de Portugal.
Em 1990, Aguirre foi jogar no São Paulo, treinado por Pablo Forlán. Após a demissão do técnico uruguaio, Aguirre perdeu espaço no Tricolor paulista, e em 1991 foi jogar na Portuguesa de Desportos. Pelos dois clubes, enfrentou o Internacional no Campeonato Brasileiro. Embora tenha saído vitorioso nas duas ocasiões, não marcou contra o Colorado.
Em 1992 Diego Aguirre voltou rapidamente ao Peñarol, para depois começar uma vida cigana que o levou à Argentina, Espanha, Uruguai, novamente Espanha, El Salvador, Chile e finalmente Uruguai, onde jogou pelo River Plate em 1997 e 1998, encerrando a carreira no Rentistas, em 1999.
Em 2002 Aguirre começou a carreira de técnico, no Plaza Colonia. Perambulou por clubes uruguaios, equatorianos e peruanos, até ser vice-campeão da Taça Libertadores em 2011, com o Peñarol, ano em que eliminou o Internacional da competição. A seguir, passou três temporadas no futebol do Catar.
Em 2015, foi contratado para treinar o Internacional. Estreou em 19 de janeiro de 2015, vencendo o Juventude por 3x1, no Alfredo Jaconi, pelo campeonato gaúcho. Em 3 de maio de 2015, com a vitória de 2x1 sobre o Grêmio, Diego Aguirre sagrou-se campeão gaúcho. Na semifinal da Taça Libertadores, suspenso, foi substituído no banco de reservas pelo auxiliar Enrique Carrera. O Internacional venceu o Tigres por 2x1 em casa, e perdeu por 3x1 no México, sendo eliminado do torneio.
Após a eliminação na Libertadores, o time de Aguirre empatou duas partidas seguidas em 0x0, com a Ponte Preta e a Chapecoense, pelo Campeonato Brasileiro. No dia 5 de agosto de 2015, Aguirre foi demitido do cargo de técnico do Internacional.
A Taça Libertadores, nos dois anos seguintes, foi um obstáculo para Diego Aguirre. Em dezembro de 2015, o técnico foi contratado pelo Atlético MG, sendo demitido após ser eliminado nas quartas de final da competição sul-americana. Em junho de 2016 passou a comandar o San Lorenzo, clube do qual saiu após ser eliminado nas quartas de final da Taça Libertadores de 2017.
Em 2018 Aguirre voltou ao Brasil, para treinar o São Paulo. Sem conquistar títulos, foi demitido na reta final do campeonato brasileiro. Em 2019, Diego Aguirre voltou ao futebol do Catar, onde trabalha atualmente.
Seus jogos pelo Internacional (entre parênteses, os gols marcados):
20.11.1988 2x1 Portuguesa de Desportos - Campeonato Brasileiro - C
27.11.1988 2x2 Atlético MG - Campeonato Brasileiro - C
04.12.1988 1x1 Bangu - Campeonato Brasileiro - C
11.12.1988 2x2 Fluminense - Campeonato Brasileiro - F (1)
15.12.1988 3x3 Sport - Campeonato Brasileiro - C
18.12.1988 1x0 Atlético PR - Campeonato Brasileiro - F
12.02.1989 2x1 Grêmio - Campeonato Brasileiro de 1988 - C
15.02.1988 1x2 Bahia - Campeonato Brasileiro de 1988 - F
19.02.1989 0x0 Bahia - Campeonato Brasileiro de 1988 - C
21.02.1989 1x2 Bahia - Taça Libertadores da América - C (1)
24.02.1989 0x1 Táchira VEN - Taça Libertadores da América - F
02.03.1989 1x1 Marítimo VEN - Taça Libertadores da América - F (1)
05.03.1989 1x0 Passo Fundo - Campeonato Gaúcho - F
07.03.1989 1x1 Esportivo - Campeonato Gaúcho - F
16.03.1989 0x1 Pelotas - Campeonato Gaúcho - F
17.03.1989 3x0 Novo Hamburgo - Campeonato Gaúcho - C
21.03.1989 3x0 Marítimo VEN - Taça Libertadores da América - C
23.03.1989 3x1 Passo Fundo - Campeonato Gaúcho - C
28.03.1989 3x1 Táchira VEN - Taça Libertadores da América - C (1)
30.03.1989 0x0 Glória - Campeonato Gaúcho - C
05.04.1989 6x2 Peñarol URU - Taça Libertadores da América - C
09.04.1989 3x0 Aimoré - Campeonato Gaúcho - F
11.04.1989 2x1 Peñarol URU - Taça Libertadores da América - F (1)
13.04.1989 3x0 São Paulo RG - Campeonato Gaúcho - C (1)
19.04.1989 1x0 Bahia - Taça Libertadores da América - C (1)
29.04.1989 4x0 Lajeadense - Campeonato Gaúcho - C
01.05.1989 4x1 Operário MS - Amistoso - F
14.05.1989 3x1 Glória - Campeonato Gaúcho - C
17.05.1989 2x3 Olimpia PAR - Taça Libertadores da América - C
19.05.1989 0x0 Passo Fundo - Campeonato Gaúcho - F
21.05.1989 2x1 Caxias - Campeonato Gaúcho - C
25.05.1989 1x1 Pelotas - Campeonato Gaúcho - F (1)
28.05.1989 1x3 Grêmio - Campeonato Gaúcho - C
11.06.1989 2x0 Caxias - Campeonato Gaúcho - F
14.06.1989 1x0 Pelotas - Campeonato Gaúcho - C
18.06.1989 0x0 Grêmio - Campeonato Gaúcho - F
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