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sábado, 6 de março de 2021

Jogadores do passado: Clóvis


Clóvis Alberto Pires Duarte nasceu em 6 de março de 1953, em São Jerônimo.

Irmão de Cláudio Duarte, o lateral colorado, Clóvis ingressou nas categorias de base do Internacional em 1970.

Clóvis era meia, e foi vice-campeão da Taça São Paulo em 1972, ao lado de Falcão, e campeão em 1974, junto com Batista e Falcão.

Ainda em 1974 Clóvis subiu para o grupo principal. Mas em um grupo recheado de grandes jogadores no meio campo, Clóvis só teve uma oportunidade. Em 30 de março de 1974 o Internacional bateu o Tiradentes do Piauí por 2x0, no Beira-Rio, e Clóvis entrou no time durante o jogo, substituindo Djair.

No mesmo ano ele seria negociado com o Encantado, seguindo depois por Colorado (1975), Ypiranga (1975), Caxias (1975/1980), Joinville (1980), Juventude (1980/1981), Novo Hamburgo (1982/1984) e Caxias (1984).

Em 1987, três anos após ter encerrado a carreira profissional, voltou a jogar pelo amador Riachuelo, de São Sebastião do Caí.

Clóvis continuou vinculado à cidade de São Sebastião do Caí, onde atualmente é prefeito.


Os estrangeiros e os títulos colorados


Em um momento que técnicos estrangeiros no Internacional são recebidos com um discurso preconceituoso por parte da comunidade gaúcha, vale relembrar o quanto estrangeiros colaboraram para a grandeza do clube, seja na condição deatletas, técnicos ou presidentes.

Preconceitos contra estrangeiros não são justificáveis em nenhuma situação, mas menos ainda em um clube chamado INTERNACIONAL. Por outro lado, é claro que a condição de ser estrangeiro não é garantia de qualidade. Se tivemos estrangeiros vencedores, tivemos outros que não deixaram saudade, alguns sem "adrenalina", outros sem qualidade mesmo. Mas o motivo do fracasso (e do sucesso também) não passou pelo seu local de nascimento.

Mas vamos aos estrangeiros campeões pelo Internacional, considerando todas as competições oficiais que o clube disputou ao longo dos seus quase 112 anos de história.

ATLETAS

Campeonato Municipal 1913
Scabillon URU

Campeonato Municipal 1914
Beheregaray URU
Benito URU

Campeonato Municipal 1915 - nenhum

Campeonato Municipal 1916
Raul URU
Paixão URU

Campeonato Municipal 1917 - nenhum
Campeonato Municipal 1920 - nenhum
Campeonato Municipal 1922 - nenhum

Campeonato Municipal 1927
Tito URU
Ross URU

Campeonato Gaúcho 1927
Ross URU

Campeonato Municipal 1934
Mário Mancuso ITA

Campeonato Gaúcho 1934
Mário Mancuso ITA

Campeonato Municipal 1936
Mário Mancuso ITA
Artigas URU
Castillo URU

Torneio Relâmpago 1939
Castillo URU
Félix Magno URU

Campeonato Municipal 1940
Castillo URU
Félix Magno URU

Campeonato Gaúcho 1940
Castillo URU
Félix Magno URU

Campeonato Municipal 1941
Castillo URU
Villalba ARG

Campeonato Gaúcho 1941
Castillo URU
Villalba ARG

Campeonato Municipal 1942
Castillo URU
Villalba ARG

Campeonato Gaúcho 1942
Castillo URU
Villalba ARG

Campeonato Municipal 1943
Villalba ARG

Campeonato Gaúcho 1943
Villalba ARG

Campeonato Municipal 1944
Cacho Perez ARG
Volpi URU

Campeonato Gaúcho 1944
Volpi URU

Campeonato Municipal 1945 - nenhum
Campeonato Gaúcho 1945 - nenhum
Torneio Extra 1946 - nenhum

Campeonato Municipal 1947
Villalba ARG
Fandiño URU
Ghizzoni URU

Campeonato Gaúcho 1947
Villalba ARG
Fandiño URU

Campeonato Municipal 1948
Villalba ARG
Beresi ARG
Ghizzoni URU

Campeonato Gaúcho 1948
Villalba ARG
Ghizzoni URU

Torneio ACEPA 1948
Villalba ARG
Beresi ARG
Ghizzoni URU

Taça Cidade de Porto Alegre 1949
Villalba ARG
Ghizzoni URU
Raul Díaz URU

Torneio Extra 1950
Ghizzoni URU

Campeonato Municipal 1950 - nenhum
Campeonato Gaúcho 1950 - nenhum
Campeonato Municipal 1951 - nenhum
Taça Cidade de Porto Alegre 1951 - nenhum
Campeonato Gaúcho 1951 - nenhum
Torneio Extra 1952 - nenhum
Campeonato Municipal 1952 - nenhum
Campeonato Gaúcho 1952 - nenhum
Campeonato Metropolitano 1953 - nenhum
Campeonato Gaúcho 1953 - nenhum

Torneio Extra 1954
La Paz URU

Campeonato Metropolitano 1955
La Paz URU

Campeonato Gaúcho 1955
La Paz URU

Campeonato Gaúcho 1961 - nenhum

Campeonato Gaúcho 1969
Lamas URU
Urruzmendi URU

Campeonato Gaúcho 1970 - nenhum
Campeonato Gaúcho 1971 - nenhum

Campeonato Gaúcho 1972
Figueroa CHI

Torneio Cidade de Porto Alegre 1972
Figueroa CHI

Campeonato Gaúcho 1973
Figueroa CHI

Campeonato Gaúcho 1974
Figueroa CHI

Campeonato Gaúcho 1975
Figueroa CHI

Campeonato Brasileiro 1975
Figueroa CHI

Campeonato Gaúcho 1976
Figueroa CHI

Campeonato Brasileiro 1976
Figueroa CHI

Campeonato Gaúcho 1978
Salomón URU

Campeonato Brasileiro 1979
Benítez PAR

Campeonato Gaúcho 1981
Benítez PAR

Campeonato Gaúcho 1982
Benítez PAR
Ruben Paz URU

Campeonato Gaúcho 1983
Benítez PAR
Ruben Paz URU

Torneio Heleno Nunes 1984
Ruben Paz URU

Campeonato Gaúcho 1984
Ruben Paz URU

Campeonato Gaúcho 1991
Fernandez PAR

Copa do Brasil 1992
Fernandez PAR

Campeonato Gaúcho 1992
Fernandez PAR

Campeonato Gaúcho 1994
Ruben Dario ARG

Campeonato Gaúcho 1997
Gamarra PAR
Enciso PAR

Campeonato Gaúcho 2002
Ameli ARG

Campeonato Gaúcho 2003
Gavilán PAR

Campeonato Gaúcho 2004 - nenhum

Campeonato Gaúcho 2005
Gavilán PAR

Taça Libertadores da América 2006
Rentería COL

Campeonato Mundial 2006
Hidalgo PER
Vargas COL

Recopa Sul-Americana 2007 - nenhum

Campeonato Gaúcho 2008
Orozco COL
Bustos COL
Guiñazú ARG

Copa Sul-Americana 2008
Guiñazú ARG
D'Alessandro ARG
Sorondo URU

Campeonato Gaúcho 2009
Guiñazú ARG
D'Alessandro ARG

Copa Suruga Bank 2009
Guiñazú ARG
Sorondo URU
Bolaños EQU

Taça Libertadores da América 2010
Guiñazú ARG
D'Alessandro ARG
Sorondo URU
Abbondanzieri ARG
Bruno Silva URU

Campeonato Gaúcho 2011
Guiñazú ARG
D'Alessandro ARG
Sorondo URU
Cavenaghi ARG
Bolatti ARG

Recopa Sul-Americana 2011
Guiñazú ARG
D'Alessandro ARG

Campeonato Gaúcho 2012
Guiñazú ARG
D'Alessandro ARG
Bolatti ARG
Dátolo ARG

Campeonato Gaúcho 2013
D'Alessandro ARG
Dátolo ARG
Forlán URU

Campeonato Gaúcho 2014
D'Alessandro ARG
Aránguiz CHI

Campeonato Gaúcho 2015
D'Alessandro ARG
Aránguiz CHI
Lisandro López ARG
Luque ARG
Nico Freitas URU

Recopa Gaúcha 2016
D'Alessandro ARG

Campeonato Gaúcho 2016
D'Alessandro ARG
Paulo Magalhães CHI *

Recopa Gaúcha 2017
D'Alessandro ARG
Victor Cuesta ARG
Nico López URU

*Nascido no Brasil, mas filho de mãe chilena, mudou-se ainda criança para o Chile.

TÉCNICOS

Campeonato Municipal 1947
Carlos Volante ARG

Campeonato Gaúcho 1947
Carlos Volante ARG

Campeonato Municipal 1948
Carlos Volante ARG

Campeonato Gaúcho 1948
Carlos Volante ARG

Torneio Extra 1950
Alfredo Gonzalez ARG

Campeonato Municipal 1950
Alfredo Gonzalez ARG

Campeonato Gaúcho 1950
Alfredo Gonzalez ARG

Campeonato Gaúcho 2015
Diego Aguirre URU

PRESIDENTES

Campeonato Municipal 1942
Miguel Genta ARG

Campeonato Gaúcho 1942
Miguel Genta ARG

Resumindo: em 91 títulos oficiais, o Internacional teve a participação de estrangeiros em 70 conquistas. O clube contou com estrangeiros em todas suas principais conquistas (o campeonato mundial, as duas Libertadores, os três brasileiros, a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil).

Os estrangeiros mais vencedores no Internacional foram D'Alessandro e Villalba (12 títulos) e Figueroa, Castillo e Guiñazú (8 títulos).

Origem dos atletas campeões:
Uruguai - 24 jogadores
Argentina - 14 jogadores
Paraguai - 5 jogadores
Colômbia - 4 jogadores
Chile - 3 jogadores
Peru, Equador e Itália - 1 jogador

sexta-feira, 5 de março de 2021

Jogadores do passado: Borjão


Celso Tadeu Carpegiani nasceu em Erechim, no dia 5 de março de 1947.

Irmão de Paulo César Carpegiani, herdou o apelido do pai, ex-jogador do Atlântico de Erechim. Começou a carreira no mesmo Atlântico, em 1967. Em 1970 foi jogar no Ypiranga. Em 11 de outubro de 1970 o Colorado enfrentou o Ypiranga em um amistoso no Colosso da Lagoa. O Internacional vencia por 2x0 quando Borjão, aos 31' do 1º tempo, descontou para o Ypiranga. No minuto seguinte, porém, seu irmão Paulo César Carpegiani fez o terceiro gol colorado. Em maio de 1972 Borjão foi contratado pela Associação Caxias, fruto da fusão de Flamengo e Juventude. Seu bom futebol chamou a atenção da capital, e em fevereiro de 1973 o Grêmio tentou contratá-lo, mas não houve acerto de valores entre os clubes.

Depois do campeonato gaúcho de 1973 o Internacional decidiu contratar Borjão, para fortalecer o grupo que disputaria o campeonato brasileiro. Funcionário do Banco do Brasil, Borjão largou o emprego para se dedicar apenas ao futebol. Claudiomiro enfrentava problemas de peso e lesões, e Garcia e Manoel disputavam a posição de centroavante. Borjão recebeu a camisa 9 logo que chegou. Sua estreia ocorreu em 2 de setembro de 1973, em partida que o Colorado perdeu para o Cruzeiro por 1x0, no Beira-Rio. Em seu terceiro jogo pelo clube, contra o Bahia, na Fonte Nova, Borjão marcou o segundo gol da vitória colorada por 2x1. No jogo seguinte, em Maceió, marcou o único gol da vitória colorada sobre o CRB. Titular na maioria das partidas do campeonato brasileiro de 1973, com Dino Sani, atuando as vezes de 9, as vezes de 10, marcou ainda contra o Moto Clube.

Com Rubens Minelli, Borjão foi para a reserva. Mas recebeu algumas chances quando seu irmão foi para a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 1974. No campeonato gaúcho de 1974, Borjão jogou cinco partidas (apenas uma como titular), marcando três gols.

Em 1975, com a lesão de seu irmão Paulo César, foi titular do Internacional na excursão à Europa, formando o meio-campo com Tovar e Falcão. Mas com a recuperação do irmão voltou ao banco de reservas. Em 27 de abril de 1975, na estreia colorada no campeonato gaúcho, o Internacional fez 6x0 no Ypiranga. Paulo César Carpegiani marcou o 4º gol colorado e Borjão fez o 5º gol. Pela primeira vez os dois irmãos marcavam na mesma partida, a favor do Internacional. No estadual, Borjão jogou 18 partidas (titular em 8) e marcou 2 gols. No campeonato brasileiro, disputou 12 partidas (titular em 7) marcando também dois gols. No título brasileiro, com a lesão de Falcão, Borjão foi titular em várias partidas, formando o meio campo com seu irmão Paulo César e Caçapava, ou Escurinho, em jogos com formação mais ofensiva.

Em 25 de janeiro de 1976 o Internacional enfrentou a Chapecoense, no amistoso de inauguração do Estádio Índio Condá. O Colorado venceu por 4x1 e Borjão fez o primeiro gol do novo estádio. Nos amistosos de pré-temporada ele foi titular, em um time sem Paulo César e Falcão. No Gauchão, jogou 3 partidas (titular em duas) marcando um gol. Em 18 de julho de 1976 o Internacional bateu o Atlético de Carazinho por 1x0, no estádio Paulo Coutinho. Borjão começou como titular depois foi substituído por Escurinho, que marcaria o único gol do jogo. Foi a última partida de Borjão pelo Internacional. Ficaria ligado ao clube até novembro, mas sem jogar.

Em agosto de 1976 o Caxias demonstrou interesse em contratar Borjão. Mas o jogador seria contratado pelo Juventude, em novembro de 1976. Em maio de 1977 Borjão foi para o Coritiba, trocado por Plein. No Paraná, foi campeão estadual em 1978. Em 1980 Borjão jogou no América de Natal, conquistando o título estadual. Depois de encerrar a carreira no fim de 1980, ainda voltaria a atuar no Ypiranga, em 1984.

Seus números no Internacional:
97 partidas
73 vitórias
16 empates
8 derrotas
17 gols marcados
campeão brasileiro em 1975
campeão gaúcho em 1974, 1975 e 1976

quinta-feira, 4 de março de 2021

Jogadores do passado - Dario


Dario José dos Santos nasceu em 4 de março de 1946, no Rio de Janeiro.

Dario teve uma infância difícil. Em 1951, sua mãe, Metropolitana Barros, suicidou-se colocando fogo no próprio corpo. Seu pai, João José dos Santos, entregou os três filhos para o Sistema de Assistência ao Menor (SAM). Foi uma época de brigas, surras e assaltos. Mas sua vida de crimes acabaria após um assalto a uma mercearia. O dono do estabelecimento reagiu e matou seu companheiro de assaltos. Naquele momento Dario decidiu abandonar a carreira de crimes.

Aos 18 anos, Dario saiu do SAM e voltou para a casa do pai. Em 1965 foi servir ao Exército, onde chegou a ser preso por indisciplina. Mas foi no quartel onde destacou-se pela primeira vez no futebol, ao ser campeão e artilheiro de um torneio militar. Um sargento que conhecia dirigentes do Campo Grande o encaminhou ao clube, para jogar nos juniores. No final de 1966 o time de juniores do Campo Grande foi dissolvido, mas Dario pediu ao técnico dos profissionais, Gradim, uma chance no time.

Dario ficaria no Campo Grande na temporada de 1967 e nos primeiros meses de 1968. Durante o campeonato carioca de 1968 ocorreria um dos inúmeros fatos marcantes de sua carreira. No dia 21 de abril, o Campo Grande enfrentava o Madureira, no Maracanã. O Campo Grande era o penúltimo de seu grupo e o Madureira era o vice-líder da sua chave, ao lado de Fluminense e Bangu. No 1º tempo o Madureira vencia por 1x0, e Dario, que havia perdido o pai quatro dias antes, jogava muito mal e era vaiado. No intervalo, Gradim informou que o substituiria, mas Dario implorou por mais 15 minutos, pois queria fazer um gol em homenagem a seu pai. Mais por compaixão do que por acreditar em uma recuperação, o técnico deixou ele voltar ao jogo. Dario não marcou nos primeiros 15 minutos, mas sua disposição convenceu Gradim a mantê-lo no time, e o técnico não se arrependeu. Dario marcou aos 23', 32' e 34', conquistando uma improvável vitória de 3x1 para o Campo Grande.

Essa partida foi assistida por Jorge Ferreira, diretor do Atlético Mineiro, e dias depois Dario foi contratado pelo Galo. Mas seus primeiros tempo em Minas não foram fáceis. Praticamente não recebeu chances com os técnicos Aírton Moreira e Fleitas Solich, e com o tempo não era nem relacionado para o banco de reservas. Somente com a chegada de Yustrich, em 1969, Dario passaria a receber mais oportunidades. Reza a lenda que ao chegar no Atlético, Yustrich foi incumbido da missão de anunciar a Dario que ele seria dispensado. Dario pediu a chance de ser utilizado em um coletivo, antes, já que nem no time reserva vinha treinando. No coletivo o 1º tempo terminou 2x0 para os reservas, dois gols de Dario. Yustrich o passou para os titulares na 2ª etapa, que venceram o treino por 3x2, mais três gols de Dario. O fato é que Yustrich passou a relacioná-lo para os jogos, o colocar em campo nos minutos finais, e logo Dario conquistou a titularidade com seus gols. Em uma época de amplo predomínio do Cruzeiro em Minas, Dario seria campeão mineiro apenas em 1970. Muito limitado técnicamente, mas com um faro de gol que poucos possuíam, Dario envolveu-se involuntariamente em uma polêmica. O ditador Médici cobrou sua convocação para a Seleção Brasileira publicamente, e o técnico João Saldanha respondeu que não escalava o ministério e o presidente não escalava seu time. Dias depois Saldanha foi demitido e o novo técnico, Zagallo, convocou Dario, que foi tricampeão mundial em 1970, no México.

Dario foi artilheiro do campeonato mineiro em 1969, 1970 e 1972. Também foi campeão e artilheiro do primeiro campeonato brasileiro, em 1971. No jogo do título, contra o Botafogo, no Maracanã, Dario fez o gol da vitória por 1x0. Também seria o artilheiro do campeonato brasileiro de 1972.

Em janeiro de 1973 Dario foi contratado pelo Flamengo. No Rio seria artilheiro do campeonato carioca em 1973, com 15 gols. Dois deles marcados no último Fla-Flu, quando o Tricolor venceu por 4x2.

Dario retornou ao Atlético no 2º semestre de 1974, sendo novamente artilheiro do campeonato mineiro. No início de 1975 foi para o Sport Recife. Em Pernambuco foi artilheiro do campeonato estadual em 1975 (32 gols) e 1976 (30 gols). Também foi campeão pernambucano em 1975. Em 6 de abril de 1976 o Sport massacrou o Santo Amaro por 14x0 e Dario marcou 10 gols, recorde brasileiro de gols em uma única partida.

Seus gols chamaram a atenção do Internacional. O Colorado havia contratado Ramon, ídolo do Santa Cruz, no início do ano. Mas apesar de fazer seus golzinhos, o atacante não estava caindo nas graças da torcida e da direção. Arthur Dallegrave, responsável pelo departamento de futebol colorado, propôs a contratação de Dario, mas a direção pernambucana não queria o negócio, pois Dario era ídolo em Recife. Aí Dallegrave propôs trocar Dario por Ramon. O negócio saiu, mas o Colorado ainda teve que pagar 750 mil cruzeiros e emprestar Pedrinho. Sua estreia no Internacional ocorreria em 4 de julho de 1976, contra o Esportivo, no Beira-Rio. Dario prometeu fazer o gol "Colonização Italiana" ou "Ítalo-Brasileiro". Quase 50 mil torcedores compareceram ao estádio, proporcionando uma renda de 714.933,00 cruzeiros, praticamente o valor pago pelo atacante. E Dario fez o 2º gol da vitória por 3x0. No jogo seguinte, contra o Guarany, em Bagé, novo 3x0 e mais um gol de Dario. Depois o atacante passaria 8 partidas sem marcar, voltando a balançar as redes na final, contra o Grêmio. No dia 22 de agosto ocorre o clássico no Beira-Rio. Se o Internacional vencesse, seria campeão. Em caso de empate ou derrota haveria outro clássico no Olímpico. Lula abriu o placar para o Colorado e Dario liquidou com as esperanças gremistas ao fazer 2x0, aos 20' do 2º tempo.

No campeonato brasileiro, logo na estreia Dario marcou três gols na vitória de 6x0 sobre o Figueirense, no Beira-Rio. Depois de dois jogos de jejum, Dario voltou a marcar três gols na vitória de 4x0 sobre o Avaí, em Florianópolis. No jogo seguinte, mais dois gols nos 4x1 sobre a Desportiva, em Cariacica. Contra o Santos, no Morumbi, mais um gol na vitória por 3x1. Um jogo de jejum, e Dario balançou as redes na vitória de 1x0 sobre o Palmeiras, no Beira-Rio. Outro jogo de jejum, e Dario marcou contra o Goiás (3x0) no Serra Dourada. Dario também marcou contra o América de Natal (2x0) no Beira-Rio. A seguir, Dario passaria em branco contra Fortaleza e Botafogo SP, e não jogaria contra Coritiba e Botafogo SP. No seu retorno ao time, o Internacional goleou o bom Santa Cruz por 5x1 e Dario fez o 3º. Também marcou contra o Caxias (2x0). O atacante não marcou contra Palmeiras, Corinthians e Ponte Preta, mas abriu o placar nos 3x0 sobre a Portuguesa. Passou em branco na semifinal, contra o Galo, mas abriu o marcador na final contra o Corinthians (2x0). Foi campeão brasileiro e artilheiro do campeonato.

Na temporada de 1977 o Internacional começou a desmontar o time bicampeão brasileiro. Figueroa, Paulo César Carpegiani e Lula foram os primeiros a sair. Mas Dario continuava no time. Na Taça Libertadores marcou contra Corinthians (1x1), duas vezes contra o Deportivo Cuenca (3x1) e contra o El Nacional (2x0). No Gre-Nal de 29 de maio, no Olímpico, ele marcou o único gol do jogo, aos 44' do 2º tempo. Mas logo depois seu futebol passou a ser questionado. O Internacional contratou Luisinho, artilheiro do América carioca, e Dario chegou a ir para o banco. Voltou nos clássicos decisivos do estadul, mas não conseguiu garantir o eneacampeonato. Seu último jogo pelo Internacional foi em 25 de setembro de 1977, derrota de 1x0 para o Grêmio, jogo em que começou no banco e entrou no time substituindo Santos.

Para o campeonato brasileiro Dario foi negociado com a Ponte Preta, onde chegou prometendo fazer o Gol Carlos Gomes (provocação ao Guarani). Ficou na Ponte Preta até 1978. Depois percorreu o Brasil, jogando no Paysandu (1979), Náutico (1980), Santa Cruz (1981), Bahia (1982), Goiás (1983), Coritiba (1983), Nacional AM (1984/1985), Bandeirante SP (1985) e Douradense MS (1986). Foi campeão baiano em 1982, campeão goiano em 1983 e campeão amazonense em 1984. Também foi artilheiro do campeonato amazonense em 1984. Ao longo de sua carreira marcou 579 gols.

Seus números no Internacional:
74 partidas
50 vitórias
12 empates
12 derrotas
35 gols
campeão brasileiro em 1976
campeão gaúcho em 1976









quarta-feira, 3 de março de 2021

Técnicos no Gauchão

 O Internacional já teve, em 77 edições do campeonato gaúcho que participou, 72 técnicos.

Em cinco partidas (quatro em 1940, uma em 1962) tivemos dois técnicos ao mesmo tempo. Também tivemos técnicos interinos e técnicos de times B. A seguir, os técnicos colorados com mais história na competição.







Todos os 72 técnicos e as temporadas em que trabalharam:

Cláudio Roberto Pires Duarte 1978, 1979, 1981, 1990, 1991, 1994, 1995 e 2000
Abel Carlos da Silva Braga 1989, 1991, 1995, 2006, 2007, 2008 e 2014
Dino Sani 1971, 1972, 1973 e 1983
Ênio Vargas de Andrade 1980, 1987, 1988 e 1993
Daltro Rodrigues Menezes 1969, 1970, 1971 e 1985
Otacílio Gonçalves da Silva Júnior 1979, 1980, 1984 e 1986
Sérgio Moacyr Torres Nunes 1961, 1964, 1967 e 1977
José Francisco Duarte Júnior (Teté) 1951, 1952, 1953 e 1955
Abílio dos Reis 1965, 1982 e 1983
Rubens Francisco Minelli 1974, 1975 e 1976
Celso Juarez Roth 1997, 1998 e 2011
Pedro Ário Figueiró 1962, 1967 e 1980
Orlando Jerônymo Cavedini 1940, 1942 e 1944
Gilberto Tim 1971, 1980 e 1981
Antônio Lopes dos Santos 1992 e 1994
Ernesto da Rosa Guedes 1982 e 1990
Antônio Carlos Mendes Ribeiro 1963 e 1966
Odair Hellmann 2018 e 2019
Muricy Ramalho 2003 e 2005
José Mário de Almeida Barros (Zé Mario) 2000 e 2001
João Carlos Cunha 1962 e 1963
Carlos Gainete Filho 1977 e 1988
Enderson Alves Moreira 2010 e 2011
Carlos Martin Volante 1947 e 1948
Oldorelino Nunes Leal (Dorinho) 1994 e 1995
Osmar Loss Vieira 2012 e 2013
Oswaldo Azzarini Rolla (Foguinho) 1968
Homero Gomes Cavalheiro 1987
Adenor Leonardo Bacchi (Tite) 2009
Diego Vicente Aguirre Camblor 2015
Dorival Silvestre Júnior 2012
Carlos Caetano Bledorn Verri 2013
Jorge Daniel Fossati Lurachi 2010
Argélico Fucks (Argel) 2016
Carlos José Castilho 1977
Antônio Carlos Zago 2017
Eduardo German Coudet 2020
Lori Paulo Sandri 2004
José Duarte (Zé Duarte) 1979
Larry Pinto de Faria 1965
Pedro Virgílio Rocha Franchetti 1996
Valdyr Atahualpa Ramires Espinosa 1990
Paulo César Carpegiani 1985
Francisco Silva Neto (Chiquinho) 1988
Nélson Baptista Júnior (Nelsinho Batista) 1996
Carlos Ribeiro da Silva 1943
Paulo Roberto Falcão 2011
Marco Eugênio da Silva 1970
Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi (Lisca) 2007
Wolmy das Missões Bocorny 1941
Carlos de Lorenzi 1940
Paulo Ricardo de Almeida Ribeiro 1966
Levir Culpi 1990
Augusto Sérgio Ferreira (Guto Ferreira) 2002
Clemer Melo da Silva 2014
Alfredo González 1950
Procópio Cardoso Neto 1994
Felix Magno 1966
Jorge Antônio Sundin de Andrade 1987
Bernardo de Souza Neto 1936
Edelberto Machado Mendonça 1927
Hermínio de Brito 1945
Mário de Abreu 1934
Amaury Knevitz 1996
Ivo Ardais Wortmann 2002
Flávio Pinho Florindo 1967
Inocêncio Travassos Souto 1936
André Döring 2011
Fábio Matías 2021
Leandro Altair Machado 2001
Carlos Benevenuto Froner 1962
Abelard Jacques Noronha 1962

terça-feira, 2 de março de 2021

Jogadores do passado: Lamas


Alfredo Luiz Lamas Ullda nasceu em Montevidéu, em 2 de março de 1946. (1)

Lamas começou a jogar no Racing de Montevidéu, em 1966. Na temporada seguinte, o pequeno clube ficou em 4º lugar no campeonato uruguaio. As atuações de Lamas o levaram à Seleção Uruguaia, onde atuou em duas partidas em 1968. Era um centromédio clássico, habilidoso e que fazia bons lançamentos.

Em 1969 o Internacional pretendia formar um grande esquadrão para recuperar a hegemonia gaúcha no ano de inauguração do Gigante da Beira-Rio, e ir além dos vice-campeonatos no Robertão. Em Buenos Aires o Colorado buscou o atacante uruguaio Urruzmendi, que estava no Independiente. E em Montevidéu tentou contratar Pablo Forlán, do Peñarol. Fracassando as tratativas com o Peñarol, o Colorado aproveitou a estadia em Montevidéu para contratar Lamas, que assinou por dois anos.

Em seus primeiros treinos Lamas encantou o técnico Daltro Menezes, apesar de estar fora de forma.Nas palavras do técnico colorado: "Lamas, por exemplo, treinou só 20 minutos mas já deu para mostrar seu futebol. Confesso que gostei imensamente da sua movimentação. É um jogador inteligente, que sabe se colocar. Talvez para a grande massa ele não tenha demonstrado muita coisa, mas para mim, que estava ali no meio do campo, eu senti que trata-se de um craque."

Apesar da grande expectativa da torcida e da imprensa, Lamas e seu compatriota Urruzmendi estavam fora de forma e demoraram um pouco para estrear.

A estreia dos uruguaios ocorreu em 5 de março de 1969, em um amistoso com o Aimoré, nos Eucaliptos. A partida terminou 0x0, mas os estreantes foram muito elogiados, embora ainda sem condições físicas adequadas. Lamas pediu para sair no intervalo, devido ao cansaço. O jornalista Ênio Mello, colunista no jornal Diário de Notícias, assim avaliou a atuação de Lamas: "Lamas mostrou que é um ótimo apoiador. Sabe lidar com a pelota, tem desembaraço no drible e no passe rápido e alveja a meta com frequência."

O preparador físico colorado, major Mário Doernte, anunciava que demoraria para os uruguaios ficarem em forma.

Lamas ficou no time titular, mas sendo substituído em quase todas as partidas pelo jovem Tovar, até a partida de despedida dos Eucaliptos, em 24 de março. Nos jogos seguintes, inclusive na inauguração do Beira-Rio, Tovar foi o titular. Além da dificuldade em entrar em forma, alguns comportamentos extra-campo começaram a aborrecer o técnico colorado.

A boa fase de Tovar também empurrava Lamas para a reserva.

No final de maio Lamas recuperou a titularidade. Mas no Gre-Nal de 22 de junho (empate em 0x0) ele foi substituído por Bráulio ainda no 1º tempo, voltando para o banco. Um pouco antes, em 17 de junho, surgiu a notícia que o Peñarol queria Lamas e Urruzmendi, oferecendo Pedro Rocha em troca, mas a proposta não se confirmou.

Lamas voltaria a atuar contra Racing, Estudiantes e Atlético MG, no Torneio dos Gigantes, em julho, mas foi titular apenas contra o clube de La Plata. Porém em 3 de agosto o Colorado bateu a Seleção do Uruguai por 2x0 e Lamas foi um dos destaques do time. Foi titular nos amistosos seguintes, mas no fim do mês lesionou-se, ficando 20 dias sem treinar. Voltaria ao time somente em outubro, novamente como titular. E nessa fase marcou seus gols. Em 26 de outubro, no Beira-Rio, o Internacional perdeu por 2x1 para o Flamengo, e Lamas fez o gol colorado. No jogo seguinte, também no Beira-Rio, vitória de 2x0 sobre o Vasco da Gama, e Lamas marcou o 2º gol colorado, de bicicleta. Mas atuaria apenas mais duas partidas como titular. Depois, jogaria apenas em 29 de novembro, em um amistoso no Santa Rosa que um Colorado recheado de reservas perdeu para o Novo Hamburgo por 4x1.

Seus números pelo Internacional:
27 partidas
16 vitórias
7 empates
4 derrotas
2 gols marcados
campeão gaúcho em 1969

Em 1970 Lamas foi negociado com o Peñarol, onde jogaria até o início de 1975. Na mesma temporada transferiu-se para o Cosmos, onde jogou ao lado de Pelé. No final de 1975 encerrou a carreira.

(1) Algumas fontes na internet apontam como data de nascimento 2 de maio de 1946, 1º de maio de 1947 e 2 de maio de 1947. A data aqui apresentada é a que consta na documentação da CBD.

segunda-feira, 1 de março de 2021

Jogadores do passado - Daniel Carvalho


Daniel da Silva Carvalho nasceu em Pelotas, em 1º de março de 1983.

De família colorada, Daniel Carvalho entrou na base do Internacional em 1996. Artilheiro nas várias categorias da base colorada, foi elevado ao time principal por Carlos Alberto Parreira, no 2º semestre de 2001. Sua estreia ocorreu em 29 de agosto de 2001, na vitória de 2x0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, no Beira-Rio. A partida era válida pelo campeonato brasileiro e Daniel Carvalho entrou no time no lugar de Paulo César. No dia seguinte estava jogando pelo Rolinho, contra o São José. Na reta final do campeonato foi titular por sete partidas, voltando ao banco no último jogo.

Na temporada de 2002 começou como titular, com o técnico Ivo Wortmann, mas uma lesão muscular logo no início o tirou do time. Quando regressou, ficou no banco de reservas. Em maio, quando se recuperava e surgia o interesse do Bayer Leverkusen em seu futebol, veio uma entorse no joelho. Na campanha do título gaúcho de 2002 não disputou nenhuma partida.

Durante os amistosos realizados entre o Gauchão e o Campeonato Brasileiro, no time comandado por Guto Ferreira, Daniel Carvalho retomou a titularidade. Com a chegada de Celso Roth, Daniel Carvalho voltou ao banco. Roth, mais adiante, ainda lhe daria três partidas de titularidade, contra Gama (1x1), Fluminense (2x2) e Goiás (1x2). Contra o Flu Daniel Carvalho marcou um gol. Com Cláudio Duarte o atacante continuou no banco, mas voltou a ser titular na dramática partida contra o Paysandu, que livrou o time do rebaixamento.

Com Muricy Ramalho, Daniel Carvalho foi titular incontestável. Em 9 de fevereiro de 2003 foi um dos grandes nomes da vitória colorada no Gre-Nal, por 2x1, acabando com um jejum de 13 clássicos. Daniel Carvalho fez o gol da vitória aos 40' do 2º tempo.

Foi campeão gaúcho e teve participação importante no campeonato brasileiro. Na reta final do campeonato, porém, Daniel Carvalho e Nilmar foram convocados para a Seleção Brasileira sub-20 que foi disputar o Mundial da categoria, nos Emirados Árabes, desfalcando o clube nas três últimas partidas: Flamengo (3x1), São Paulo (1x1) e São Caetano (0x5). Ficou faltando um ponto para o clube disputar a Taça Libertadores.

Em seguida, nova convocação, para a Seleção Brasileira sub-23 que disputaria o Pré-Olimpico em janeiro de 2004. Na volta do torneio Daniel Carvalho recebeu férias, assim como Nilmar, que ficaram mais tempo em atividade, devido às convocações. Em 2 de fevereiro, um dia antes dele se reapresentar no Beira-Rio, foi anunciada sua transferência para o CSKA, por 3,5 milhões de dólares. Sua última partida pelo Colorado ocorreu em 9 de novembro de 2003, vitória de 2x1 sobre o Atlético, no Independência.

Na Rússia, Daniel Carvalho foi campeão russo e da Copa da Rússia em 2005 e 2006, campeão da Supercopa da Rússia em 2004 e 2007 e da Copa da UEFA em 2005, mesmo ano em que foi eleito o melhor jogador do país. Em 2008 voltou a vencer a Copa da Rússia, sendo emprestado ao Internacional no 2º semestre do mesmo ano. No dia 29 de julho o jogador chegava em Porto Alegre festejado pela torcida. Menos de 24 horas depois outro reforço colorado chegava a Porto Alegre: D'Alessandro.

Sua reestreia ocorreu em 10 de agosto de 2008, no empate em 1x1 com o Figueirense, no Beira-Rio. No dia 13, pela Copa Sul-Americana, o Internacional empatou em 1x1 com o Grêmio e Daniel Carvalho fez o gol colorado. Nessa partida D'Alessandro estreou. Daniel Carvalho foi titular em poucas partidas com Tite, mas participou da conquista da Copa Sul-Americana. Sua última partida pelo Colorado ocorreu em 30 de novembro de 2008, na vitória de 1x0 sobre o Cruzeiro, no Beira-Rio.

De volta à Rússia, Daniel Carvalho foi campeão da Copa e da Supercopa da Rússia. Em janeiro de 2010 transferiu-se para o Al-Arabi, do Catar. Em maio do mesmo ano chegou ao Atlético MG. Em Minas Daniel Carvalho enfrentou várias leões e problemas com peso. Em janeiro de 2012 Daniel Carvalho chegou ao Palmeiras. No Verdão foi titular na conquista da Copa do Brasil e fez parte do grupo que foi rebaixado no campeonato brasileiro. No final de novembro de 2012 foi dispensado do Palmeiras.

Em março de 2013 foi contratado pelo Criciúma, onde ficaria até outubro. Em novembro de 2013 Daniel Carvalho passou a jogar futsal. O atacante voltou ao futebol de campo em 2015, contratado pelo Botafogo, onde foi campeão da Série B. Em 2016 acertou-se com o Goiás, onde foi campeão estadual. Mas as seguidas lesões e dificuldades para manter o peso levaram à rescisão do contrato, em setembro. Após essa última passagem, Daniel Carvalho encerrou a carreira, mas voltaria a jogar futsal em 2019, pelo Pelotas.

Seus números pelo Internacional:
113 partidas
51 vitórias
29 empates
33 derrotas
18 gols marcados

Suas vítimas:
Grêmio, Atlético MG e Guarani - 2 gols
Universidad Catolica, Palmeiras, Fluminense, Cruzeiro, Malutrom, Chapecoense, Paysandu, Juventude, São Gabriel, 15 de Novembro, RS Futebol e Juventus (Santa Rosa) - 1 gol

Seus título:
Campeão da Copa Sul-Americana em 2008
Campeão gaúcho em 2002 e 2003