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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Gaúcho de 1927


O campeonato gaúcho, de sua origem até 1960, era disputado pelos campeões municipais. Desde que o campeonato gaúcho foi criado, em 1919, o Internacional fora campeão municipal duas vezes, em 1920 e 1922. Mas um pouco antes do fim da temporada de 1920, a Federação Rio Grandense de Desportos (FRGD), que organizava a competição estadual, havia desfiliado a Associação Porto Alegrense de Desportos (APAD), somente aceitando-a de volta em 1923. Assim, o Colorado ficou de fora do campeonato estadual nesses anos.

Em 1927 o Internacional voltou a ser campeão municipal, e classificou-se para disputar seu primeiro estadual. A estreia era para ter ocorrido em 14 de agosto de 1927, contra o Itapuí, de Guaíba. Momentos antes da partida, porém, o Itapuí ficou sabendo que seu capitão e melhor jogador, Nona, havia atuado pelo São José, no campeonato porto-alegrense, e que só poderia jogar uma competição oficial por outro clube na temporada seguinte. Considerando que não teria a menor chance de enfrentar o Colorado sem seu craque, a direção do Itapuí propôs entregar os pontos da partida e disputar um amistoso, com Nona em campo. Assim ocorreu, mas mesmo com Nona o Itapuí foi batido por 3x0.

A estreia oficial ocorreu no dia 24 de agosto de 1927, contra o Nacional de São Leopoldo. O time leopoldense tinha jogadores como Bugio, Puchulu, Encrenca, Toco e Cabrito. E levou 4x1 do Internacional. O uruguaio Ross marcou o primeiro gol colorado em campeonatos gaúchos.

E veio a grande final, em 7 de setembro de 1927. O adversário era o forte Bagé, campeão gaúcho em 1925, e que tinha os temidos atacantes Pasqualito e Bate-Bate. O Colorado ainda tinha um desfalque sério: o zagueiro Gilberto lesionou-se e não pode jogar a partida. Assim, o veterano Meneghetti, que havia encerrado a carreira no final de 1926, teve que voltar a campo. O jogo foi tenso, mas no final do 1º tempo, Barros abriu o placar para o Internacional. No início do 2º tempo, pênalti para o Colorado. Ribeiro cobrou para fora. Logo depois, pênalti para o Bagé, e Pasqualito empatou a partida. Mas Nenê, aos 21', colocou o Internacional em vantagem, outra vez, e Barros, aos 38', fechou o placar: Internacional 3x1! Colorado campeão gaúcho pela primeira vez!

Time-base: Moller; Gilberto (Meneghetti) e Grant; Ribeiro, Lampinha e Paulo; Nenê, Veiga, Ross, Barros e Miro (Darcy)
Técnico: Edelberto Mendonça

Artilheiro: Barros, Nenê e Veiga - 2 gols


sábado, 23 de fevereiro de 2019

DOSSIÊ LIBERTADORES - As edições que nos roubaram




O Internacional, ao longo da história, já disputou 11 edições da Taça Libertadores da América. Este ano disputará a sua 12ª edição. Mas o Colorado poderia ter disputado mais duas edições, perdendo essas oportunidades por culpa da entidade máxima do futebol brasileiro.

1969
A primeira edição que deixamos de disputar foi a de 1969. No início de dezembro de 1968, a CBD decidiu que o Brasil seria representado, na Taça Libertadores, pelo campeão e vice do Robertão, que estava entrando em seu quadrangular final, com Santos, Internacional, Palmeiras e Vasco da Gama. Mas a entidade brasileira também decidiu pressionar a Conmebol para que apenas os campeões participassem do torneio, com medo de que o excesso de jogos prejudicasse a preparação da Seleção Brasileira para as eliminatórias da Copa do Mundo.

O Colorado começou perdendo para Santos e Vasco da Gama, mas na véspera da última rodada o técnico colorado Daltro Menezes conclamava a torcida para comparecer ao Olímpico, para empurrar o clube contra o Palmeiras. Uma vitória colorada, somada a uma vitória do Santos sobre o Vasco, e uma combinação de saldo de gols, e o Internacional poderia ser vice. E Daltro chamava a atenção de que o vice iria para a Libertadores. O Colorado venceu o Palmeiras por 3x0, o Santos derrotou o Vasco, e o Internacional foi vice.

Santos e Internacional seriam os representantes brasileiros na Taça Libertadores. Mas dias depois a imprensa publicava que o Santos desistiu de disputar a competição, pois queria receber 50% da arrecadação das partidas que jogasse fora de casa. O Brasil seria representado por Internacional e Vasco da Gama (3º colocado do Robertão). Ainda em dezembro de 1968, o Santos voltou atrás e anunciou que disputaria a Libertadores.

A pressão da CBD para que apenas os campeões jogassem o torneio não fez efeito. A AFA (Associação de Futebol Argentina) também discordava da participação de dois clubes por país. O Santos decidiu em definitivo em não participar da Libertadores. Em seguida, CBD e AFA decidem não enviar representantes ao torneio. O Internacional ainda pleiteou junto à CBD o direito de jogar a competição, utilizando o exemplo de 1967, quando o Santos não quis jogar a Libertadores e o Cruzeiro foi o único representante brasileiro. Mas não teve jeito.

Em janeiro de 1969, a AFA propôs a realização de uma "Mini-Libertadores" com o campeão e vice argentinos (Vélez Sarsfield e River Plate) e o campeão e vice do Robertão (Santos e Internacional). O Colorado demonstrou interesse no torneio, mas a ideia não foi adiante.

1988
Em 1987 os grandes clubes brasileiros rebelaram-se contra a CBF, fundaram o Clube dos 13 (os doze grandes mais o Bahia) e decidiram organizar um torneio próprio, a Copa União, conseguindo o patrocínio da Coca Cola e o televisionamento da Globo. Temendo o total fracasso do campeonato brasileiro sem os grandes clubes, a CBF abriu negociações. As partes chegaram a um acordo: a Copa União teria 4 módulos de 16 clubes cada. O Módulo Verde, com os 13 mais Santa Cruz, Coritiba e Goiás, seria a 1ª divisão. O Módulo Amarelo seria a 2ª divisão e os Módulos Azul e Branco seriam a 3ª divisão. A 1ª divisão de 1988 seria formada pelos 16 clubes do Módulo Verde e os 8 melhores do Módulo Amarelo.

Para assinar o acordo definitivo, o Clube dos 13 enviou o dirigente vascaíno Eurico Miranda, e foi seu grande erro. Eurico assinou uma versão diferente do acordo, que passou a prever um cruzamento entre os dois primeiros dos Módulos Verde e Amarelo. Os demais clubes só ficaram sabendo dessa nova regra una semana depois do campeonato ter começado. Imediatamente o Clube dos 13 se reuniu e tirou a posição de que fossem quais fossem o campeão e vice do Módulo Verde, não jogariam o cruzamento. No final do torneio, Flamengo e Internacional foram, respectivamente, o campeão e o vice.

E aí começam as pressões. A CBF avisa que irã para a Libertadores o 1º e o 2º colocado do cruzamento, o que não sensibiliza os dois grandes. Depois surge a ideia de que Flamengo e Internacional teriam as vagas asseguradas na Libertadores se aceitassem jogar o cruzamento. Os clubes respondem que abriam mão das vagas no torneio se a CBF reconhecesse os dois como campeão e vice brasileiros. Surge até uma proposta que reconheceria o título do Flamengo e liberaria o Internacional para jogar um triangular com Sport e Guarani pelas vagas na Libertadores.

No final da história, Flamengo e Internacional mantiveram a palavra empenhada no início do campeonato e não jogaram o absurdo cruzamento. A CBF indicou Sport e Guarani para a disputa da Taça Libertadores.

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1927


Já se passavam 5 anos do último título colorado. Nunca o clube havia vivido um período de jejum tão longo. Mas para a temporada de 1927 o Internacional tratou de reforçar-se.

Para o gol, o clube trouxe Moeller, goleiro que havia se destacado no Novo Hamburgo. Na zaga, Gilberto subiu do 2º quadro, para jogar ao lado de Grant, titular desde 1925.

Na linha média, o experiente Ribeiro, titular da lateral-direita desde 1921, dava um toque de qualidade, defendendo e apoiando com qualidade, além de fazer gols. O centromédio Lampinha era ainda mais experiente, jogava no clube desde 1920. Na lateral-esquerda jogava Paulo Manotaço, titular desde 1926.

O ponteiro-direito Barros, o "Terror dos Goleiros", era titular desde 1924. Também jogava na esquerda, quando Darcy atuava no time. No ano seguinte, levou 4 partidas de suspensão por ofensas ao juiz, em um Gre-Nal. Irritado com a pena injusta, decidiu abandonar o futebol, mesmo com a anulação da pena.

Nenê subiu do 2º quadro em 1927. O centroavante uruguaio Ross também chegou em 1927, vindo do 14 de Julho PF, depois de circular por vários clubes do interior.

Veiga era titular desde 1924, depois de ter feito nome no futebol santanense. E na ponta-esquerda atuava Miro, que destacou-se no Ypiranga, da capital, e foi contratado no início de 1927.

E esse time, apesar de alguns tropeços, encantou a cidade e devolveu o título de campeão ao Colorado.

Campanha colorada:
1º Turno
17.04.1927 6x1 Americano - F
01.05.1927 2x2 Cruzeiro - C
08.05.1927 3x2 Grêmio - C
15.05.1927 2x0 São José - F
22.05.1927 0x0 Porto Alegre - F
2º Turno
12.06.1927 3x1 Grêmio - F
19.06.1927 2x3 Americano - C
26.06.1927 3x2 Cruzeiro - F
10.07.1927 5x2 Porto Alegre - C
17.07.1927 4x1 São José - C

Artilheiro colorado: Ribeiro - 11 gols

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1922

O campeonato da cidade estava novamente dividido, desde a temporada anterior. Na APAD (Associação Porto Alegrense de Desportos) estavam o Internacional e os principais clubes da cidade. Na APAF (Associação Porto Alegrense de Futebol) estavam o Grêmio e alguns clubes menores. O São José chegou a filiar-se à liga paralela gremista em 1921, mas voltou para a liga principal em 1922.

Na temporada de 1922 o grande adversário colorado foi o Cruzeiro, campeão municipal em 1921. O Porto Alegre também demonstrou ser um adversário difícil em campo. Mas a campanha foi tranquila. O Internacional venceu 9 de suas 11 partidas, empatando uma com o Porto Alegre e perdendo uma para o Cruzeiro. Também venceu uma partida por WO.

Campanha colorada:
1º Turno
30.04.1922 6x3 São José - F
07.05.1922 8x1 Ypiranga - C
21.05.1922 5x0 Tabajara - C
04.06.1922 2x1 Porto Alegre - F
25.06.1922 2x1 Americano - F
23.07.1922 0x2 Cruzeiro - F
2º Turno
20.08.1922 7x0 São José - C
20.09.1922 12x0 Ypiranga - F
24.09.1922 2x0 Americano - C
01.10.1922 WO Tabajara - vitória colorada
22.10.1922 3x3 Porto Alegre
12.11.1922 3x0 Cruzeiro

Artilheiro colorado: Genny - 8 gols

O técnico colorado nessa campanha foi José Luiz Godolphim.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1920

Após duas temporadas sem títulos, o Colorado voltaria a ser campeão municipal em 1920, em um torneio marcado por confusões em sua reta final.

O Grêmio liderou o campeonato com certa facilidade, vencendo os dois Gre-Nais. Na reta final do campeonato, entretanto, três jogadores do extinto Frisch Auf tentaram ingressar no Grêmio, mas foram impedido pela Lei do Estágio. O regulamento da APAD (Associação Porto Alegrense de Desportos) previa que atletas que trocassem de clubes filiados, mesmo em caso de extinção de um deles, só poderiam jogar em partidas oficiais na temporada seguinte. O Grêmio recorreu à FRGD (Federação Rio Grandense de Desportos), que lhe deu ganho de causa, mas a APAD não aceitou o resultado. O Grêmio abandonou a entidade e perdeu seus pontos.

O Internacional, em meio a crise da saída do Grêmio, foi excursionar em Pelotas. A partida contra o São José, que seria disputada antes da excursão, foi transferida devido ao mau tempo, e remarcada para uma data em que o clube estaria fora da cidade. O Colorado preferiu manter a excursão e entregou os pontos da partida. Assim, o Zequinha ficou muito perto do título.

O Internacional, após voltar de Pelotas, tinha pela frente duas partidas. Um único tropeço e o São José seria campeão. Mas o Colorado bateu o Porto Alegre e venceu o Cruzeiro por WO, tornando necessária uma partida extra para decidir o título. Pela primeira vez o campeonato municipal teria uma final.

No jogo decisivo, o Colorado venceu por 5x4, ficando com a taça. Apesar do placar apertado, em nenhum momento o Internacional chegou a ter sua vitória ameaçada. Faltando seis minutos para o final da partida, o Colorado vencia por 5x2. Em um esforço desesperado, o São José fez dois gols, mas ficou nisso.

Campanha colorada:
1º Turno
18.04.1920 2x1 Tabajara - F
02.05.1920 1x4 Grêmio - C
16.05.1920 1x1 São José - C
13.06.1920 4x0 Porto Alegre - C
11.07.1920 5x1 Cruzeiro - C
2º Turno
18.07.1920 12x0 Tabajara - C
22.08.1920 1x2 Grêmio - F
26.09.1920 WO São José (derrota colorada)
12.10.1920 2x1 Porto Alegre - F
31.10.1920 WO Cruzeiro (vitória colorada)
Jogo-extra
15.11.1920 Internacional 5x4 São José

Artilheiro colorado: Genny - 9 gols

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1917


No início de 1917, a FSRG aceitou o pedido de filiação do Municipal, do Brasil, do Tiradentes e do Ruy Barbosa. A Federação aprovou a "Lei do Estágio", uma manobra para impedir o profissionalismo. Por essa determinação, só poderiam participar do campeonato jogadores que residissem em Porto Alegre no mínimo 30 dias antes da partida em que fossem atuar.

Assim, para a temporada de 1917, a Federação Sportiva Riograndense contava com as seguintes equipes:

1ª Divisão: Grêmio, Fussball, Internacional, Cruzeiro e São José.
2ª Divisão: Frisch Auf, Americano, Brasil, Municipal, Ruy Barbosa, Ypiranga e Tiradentes.

Em abril de 1917, o Cruzeiro propôs que atletas estrangeiros só pudessem atuar em jogos oficiais após um ano de residência na capital. O Grêmio, que acabara de contratar três jogadores uruguaios, se sentiu prejudicado e desligou-se da FSRG. Com a saída do Grêmio, o Americano passou para a 1ª divisão.
     
A I Guerra Mundial influenciaria o futebol da capital. Em 16 de abril de 1917, em virtude do torpedeamento de um navio brasileiro por submarinos alemães, começam a ocorrer ataques a lojas e residências de alemães e seus descendentes, em Porto Alegre. Diante do clima tenso e instável, a FSRG decide adiar por algumas semanas o início da temporada de 1917.

Com a bola rolando, novamente o Internacional não teve adversários. Venceu todas suas partidas, aplicando duas goleadas históricas. Em uma delas, a história é curiosa. O Internacional havia vencido o Americano por 1x0, mas o clube da Rua Larga recorreu e a Federação anulou a partida. No novo jogo, o Colorado voltou a vencer, mas pelo elástico placar de 11x0! Mais tarde o Americano abandonou o campeonato, não enfrentando o Internacional no 2º turno. No final da temporada, Internacional penta-campeão municipal.

Com a entrada do Brasil na I Guerra Mundial, clubes com nomes vinculados à Tríplice Aliança tiveram que mudar suas denominações. O Fussball Club Porto Alegre, conhecido como Fussball, mudou o nome para Foot-Ball Club Porto Alegre, passando a ser conhecido como Porto Alegre. Em novembro de 1917, após o fim do campeonato, a FSRG expulsou o Frisch Auf, devido aos seus sócios recusarem-se a nacionalizar o nome do clube. Após a expulsão do Frsich Auf ter sido aprovada, também foi aprovada a elaboração de uma lista dos sócios do clube que votaram contra a nacionalização, e que os mesmos fossem considerados suspeitos de traição à Pátria e proibidos de ingressarem em outros clubes da FSRG.

Campanha colorada:

1º Turno
27.05.1917 14x0 São José – C
17.06.1917 1x0 Cruzeiro – C
01.07.1917 3x1 Fussball – F
05.08.1917 11x0 Americano – C
2º Turno
19.08.1917 1x0 São José – C
09.09.1917 2x1 Cruzeiro – F
30.09.1917 3x0 Fussball – C
14.10.1917 WO Americano

Artilheiro colorado: Lúcio Assumpção – 8 gols

sábado, 16 de fevereiro de 2019

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1916


No final de 1915 o futebol da capital foi pacificado, com a dissolução das duas entidades anteriores e a criação de uma nova liga, a Federação Sportiva Riograndense.

A nova entidade organizou duas divisões, para 1916: a 1ª divisão, com Colombo, Cruzeiro, Fussball, Grêmio e Internacional, e a 2ª divisão, com Americano, Frisch Auf e São José. O campeonato prometia ser empolgante, pois depois de dois anos e meio de brigas, novamente a dupla Gre-nal estaria disputando a mesma competição.

Começado o campeonato, o Internacional foi esmagando todos os adversários. Nas três partidas iniciais do 1º turno, o Colorado marcou 28 gols e sofreu dois. Mas faltava ainda o Gre-Nal. O Grêmio alegava que o Internacional só ganhara os títulos de 1913, 1914 e 1915 porque os dois não se enfrentaram. Os colorados diziam que a história já havia mudado, e lembravam do último clássico, que marcou a unificação das ligas. O Internacional venceu o amistoso por 4x1, derrotando o rival pela primeira vez.

No dia 30 de julho de 1916, na Chácara dos Eucaliptos, as duas equipes enfrentaram-se. O Internacional jogou com Silva; Fidélis e Simão; Bitu, Mário Cunha e Ribas; Túlio, Oswaldo, Bendionda, Miller e Vares. Destacavam-se no time o médio Ribas, exímio apoiador que depois jogaria mais avançado, o centroavante matador Bendionda, e o habilidoso ponta-esquerda Vares, de quem se dizia que só não jogou na seleção, porque não jogava no centro do país, e só não jogava no centro do país porque não queria.

O Grêmio, buscando manter a invencibilidade em jogos oficiais, foi a campo com Schiel; Mohrdieck e Seibel; Py, Alencastro e Chiquinho; Assumpção, Sisson, Gertum, Scalco e Teichmann. Ainda atuava na equipe o veterano zagueiro alemão Mohrdieck, e destacava-se o excelente Sisson, que mais tarde iria para o Flamengo. Também estava na equipe gremista Teichmann, que mais tarde ingressaria no Internacional, onde chegaria a presidente do clube.

Em campo, Vares mostrou toda sua qualidade, e marcou seis gols. Scalco descontou para o Grêmio. Este 6x1 foi a primeira vitória colorada sobre o rival em campeonatos, e estabeleceu um recorde que permanece até hoje: nunca um jogador fez tantos gols em um único clássico.

No returno, a situação permanece inalterada nos primeiros jogos: 18 gols em duas partidas. O pequeno Colombo, em crise, fechou as portas antes de jogar a 2ª partida do campeonato com o Colorado. No Gre-Nal do returno, mais uma vitória colorada: 3x2. O Internacional conquistou o tetra-campeonato.

O time-base colorado foi Silva; Fidélis e Simão; Bitu, Mário Cunha e Lucídio; Túlio, Oswaldo, Bendionda, Miller e Vares.

Na 2ª divisão, o São José chegou ao título e garantiu o direito de substituir o extinto Colombo, no campeonato do ano seguinte.

Campanha colorada:
1º Turno
30.04 Internacional 8x0 Fussball
28.05 Internacional 6x2 Cruzeiro
25.06 Internacional 14x0 Colombo
30.07 Internacional 6x1 Grêmio
2º Turno
10.09 Internacional 13x1 Fussball
08.10 Internacional 5x0 Cruzeiro
29.10 Internacional 3x2 Grêmio

Artilheiro colorado: Vares – 14 gols

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1915


Em março de 1915 a imprensa anunciou que LFBPA abriu um período para pedidos de filiação, e que o São Paulo e o Grêmio Sportivo pretendiam filiar-se à entidade. O São Paulo acabou filiando-se e disputando o campeonato ao lado de Internacional, Cruzeiro e Colombo. A liga também ganhou o reforço de mais um campo. Além da Chácara dos Eucaliptos, do Internacional, o Cruzeiro inaugurou a Vila Cruzeiro, na Estrada do Mato Grosso (atual avenida Bento Gonçalves).

O Colorado novamente não teve adversários pela frente. Venceu todas as seis partidas, cinco delas por goleada, chegando ao tri-campeonato. O Colombo voltou a ser o vice-campeão.

Campanha colorada:
02.05.1915 3x0 Colombo
16.05.1915 7x0 Cruzeiro
30.05.1915 9x1 São Paulo
11.07.1915 7x0 Colombo
01.08.1915 4x2 Cruzeiro
15.08.1915 8x0 São Paulo

Artilheiro colorado: Bendionda (8 gols)

Time base: Baes (Silla); Simão e Satyro (Fidélis); Bitu, Kluwe e Lucídio; Túlio, Godinho, Bendionda, Flores (Miller) e Vares. Em relação ao time do ano anterior, Silla dividiu o gol com Baes. A zaga apresentava grandes mudanças. Simão assumiu a titularidade. Satyro também passou ao time principal, dividindo o espaço com Fidélis. Na linha média, Lucídio assumiu a lateral-esquerda. E na linha de frente, Godinho tornou-se titular, assim como Flores. Dois desses atletas tiveram ligação com crimes violentos. Satyro, em 1913, quando jogava em Bagé, matou a tiros Scabillon, zagueiro que havia jogado no Internacional e estava atuando também em Bagé. Já Flores, irmão do general Flores da Cunha, morreu em 1923, no Combate da Ponte do Ibirapuitã, na Revolução Libertadora.

Mas a divisão do futebol da capital estava gerando descontentamento. No Correio do Povo de 20.05.1915 foi publicada uma carta pedindo a união das duas ligas. O principal argumento era econômico: enquanto que entre 1912 e 1913 os jogos tinham rendas de 50$000 a 1:000$000, os melhores jogos de 1914 não ultrapassaram os 200$000. O motivo para essa redução no público era a falta de competitividade, pois todos sabiam de antemão que Internacional e Grêmio venceriam suas respectivas ligas.

A dupla Gre-Nal começou a negociar a unificação das ligas. Assim, a Liga de Foot-Ball Porto-Alegrense (Internacional) e a Associação de Foot-Ball Porto-Alegrense (Grêmio) desapareceram e surgiu a Federação Sportiva Riograndense. Em 26.09.1915, o Internacional venceu o Porto Alegre por 10x2, em um amistoso comemorativo da unificação do futebol da cidade. Antes, porém, delegados do Grêmio e da recém fundada FSR tentaram evitar a realização da partida. Em 31.10.1915 foi disputado um Gre-Nal amistoso para comemorar a fusão das ligas. O Internacional fez 4x1 e conquistou sua primeira vitória. Pelas ruas de Porto Alegre, o dirigente colorado Antenor Lemos sai gritando: "O lacre está quebrado, o lacre está quebrado!"




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1914


No início de 1914, a Liga de Foot-Ball Porto Alegrense, presidida por Archymedes Fortini, possuía três clubes filiados: Internacional, Colombo e Frisch Auf. Reunida no final de março, a Liga decidiu abrir um período de 15 dias para serem apresentados pedidos de filiações. Três clubes pediram filiação: Cruzeiro, Americano e Universal.

Ainda no início de abril, o Grêmio, que havia abandonado a liga em 1913, junto com o Fussball, convidou o Frisch Auf e o Colombo para discutirem uma série de jogos entre estes 4 clubes. Na verdade, o Grêmio pretendia formar uma nova liga, deixando de fora o Internacional. O Colombo justificou ter recebido o convite oficial após a data da reunião. O Frisch Auf compareceu à reunião, mas alegou que poderia apenas jogar um amistoso com o Grêmio, não podendo fazer parte de uma série de jogos, por pertencer à LFBPA.

Em 17 de abril a LFBPA reuniu-se, aprovando a filiação do Cruzeiro e Americano, mas condicionando a filiação do Universal a um jogo-treino entre seus atletas, que seria observado por uma comissão da Liga. No dia 26 de abril foi realizado o jogo-treino, mas em 28 de abril a LFBPA decidiu não aceitar a filiação do Universal. No mesmo dia, o vice-presidente colorado, Arthur Pinto de Souza Neves, foi eleito presidente da Liga por aclamação.

O campeonato de 1914 contaria, então, com cinco equipes: Americano, Colombo, Cruzeiro, Frisch Auf e Internacional. O campeonato iniciou-se em maio, transcorrendo de forma normal por um mês. Mas a confusão começou após o jogo de 2ºs quadros entre Colombo e Americano. O Colombo venceu por 1x0, em uma partida polêmica. O árbitro, atleta do Frisch Auf, teria sido intimidado pelos jogadores do Colombo, e acabara prejudicando o Americano. Em 3 de julho, o clube derrotado e o Frisch Auf apresentaram um ultimato à Liga: a) que esta declarasse o Americano vencedor do confronto de 2ºs quadros com o Colombo ; b)que o Colombo se desculpasse por escrito com o árbitro do jogo; c) que a Liga multasse o Colombo em 100$000; d) queriam disputar seus jogos do campeonato nos “grounds” que desejassem, mesmo que estes houvessem sido interditados pela Liga. Caso suas reivindicações não fossem atendidas, ameaçavam abandonar a entidade.

Diante deste quadro, a Liga desfiliou os dois clubes. Pouco depois, estes clubes, junto aos dissidentes de 1913, organizavam a Associação de Foot-Ball Porto Alegrense. Segundo a imprensa da época, desde o início da confusão os dois clubes já estavam previamente acordados com Grêmio e Fussball, buscando apenas um motivo para romper com a Liga. Mas antes de saírem do campeonato, Americano e Frisch Auf haviam sido impiedosamente goleados pelo Colorado: 15x2 e 9x0.

Mesmo com os dois clubes na Liga, o Internacional não parecia ter adversários. Após a saída deles, Cruzeiro e Colombo também não conseguiram oferecer maior resistência. Vencendo todas as partidas, o Colorado chegou ao bicampeonato, invicto.

O time-base colorado, neste campeonato, foi: Silla; Ary e Beheregaray (Simão); Bitú, Carlos Kluwe e Pedro Chaves; Túlio, Ribas, Bendionda, Miller e Vares. Na linha média, dois irmãos: Bitú e Carlos Kluwe. Também atuaram Baby, Benito, Satyro, Simão, Mascarello, Darsis, Tagnin e Galvão.  Darsis e Tagnin tornaram-se titulares nas duas últimas rodadas. Em relação ao ano anterior, ganharam a titularidade o goleiro Silla, o lateral-direito Bitu e o atacante Ribas, promovidos do 2º quadro, e o zagueiro uruguaio Beheregaray, vindo do Nacional de Montevidéu.

Na campanha do título, o Internacional marcou 46 gols e sofreu apenas três. Descontados os jogos dos clubes dissidentes, foram 22 gols a favor e um contra.

Campanha colorada:
10.05 Internacional 7x0 Cruzeiro
05.07 Internacional 2x0 Colombo
02.08 Internacional 7x0 Cruzeiro
23.08 Internacional 6x1 Colombo
Artilheiro: Ribas (11 gols)

Ainda em 1914, um fato inusitado: O Internacional teve de adiar uma excursão pelo interior, pois vários atletas eram estudantes universitários e não podiam perder as provas de final de semestre. Somente em agosto, durante as férias, pôde enfim o clube viajar. Durante a excursão, novo acontecimento singular: durante a partida contra o Rio Branco, de Pelotas, o árbitro anulou os dois últimos gols colorados, após validá-los, devido à pressão dos jogadores pelotenses. A partida terminou com o marcador de 1x1, mas ao fim do jogo o presidente do Rio Branco desceu ao gramado e reconheceu a validade dos gols.

Excursão colorada:
06.08 1x0 Brasil – Pelotas
10.08 1x1 Rio Branco – Pelotas
13.08 2x1 Guarany – Bagé
16.08 2x3 Guarany – Bagé
17.08 2x1 Combinado Gymnasial/14 de Julho - Bagé


NOSSOS TÍTULOS - Campeonato Municipal de 1913


No início de 1913, a sala de troféus colorada já contava com uma taça disputada em um torneio interno, em 1911, com o troféu Centenário de Pelotas, ganho no amistoso contra o União, da Princesa do Sul, em 1912, e com a Taça 12 de Abril, do campeonato municipal de 2º quadros de 1912. Mas faltava ainda um título oficial.

Nessa temporada, seria disputado o 4º campeonato da cidade. Em 1910, o extinto Militar levantara a taça, e nos dois anos seguintes o Grêmio sagrara-se campeão. Em 1913 novamente o Tricolor da Baixada surgia como favorito, mas o Internacional prometia endurecer a disputa.

Além da dupla Gre-Nal, disputavam o campeonato as equipes do Colombo, Frisch Auf e Fussball. Retornavam à liga o Frisch Auf (que se desfiliara no final de 1910) e o Fussbal (que abandonou o campeonato de 1912), enquanto o Colombo estreava na competição. Nacional e 7 de Setembro, que jogaram as três primeiras temporadas, não disputaram o campeonato.

O campeonato começou no dia 1º de junho de 1913, quando o Fussball bateu o Colombo por 3x1.

Na sua primeira partida, em 8 de junho, o Colorado já teve pela frente o Grêmio, bicampeão da cidade. Jogando em casa, na Chácara dos Eucaliptos, o Internacional perdeu por 2x1, em partida que marcou a inauguração do novo campo colorado. Aos 15' de jogo, Bento cobrou escanteio, Ashlin recolheu a bola e passou para Geyer, de cabeça, marcar: Grêmio 1x0. No 2º tempo, em novo escanteio cobrado por Bento, após confusão na área colorada, Ashlin chutou para as redes: Grêmio 2x0. No final da partida, Túlio recebeu um passe de Vares e chutou em diagonal, descontando para o Colorado. Ainda não seria dessa vez que derrotaríamos o Grêmio.

No final de semana seguinte, o campeonato continuou com Frisch Auf 1x7 Fussball. No dia 22 de junho, o Colorado não tomou conhecimento do Colombo e venceu por 6x0. O árbitro da partida era sócio do Grêmio. Os juízes, na época, eram representantes dos clubes. A curiosidade é que se tratava de Benjamin Vignoles, autor do primeiro gol colorado da história, que havia trocado de lado.

No dia 29 de junho, o Grêmio bateu o Frisch Auf por 4x0. Na rodada seguinte, porém, começariam as confusões que marcariam o campeonato.

A partida Fussball x Internacional, marcada para 6 de julho, foi transferida para o domingo seguinte, pois na noite anterior faleceu o jovem ponteiro-esquerdo gremista Mostardeiro II, de apenas 19 anos. No dia 13 de julho, as duas equipes enfrentaram-se, com a partida arbitrada por um sócio gremista que a história não registrou o nome. O Internacional abriu o marcador na 2ª etapa, com Túlio, mas o Fussball chegou ao empate dez minutos depois, com Graeff. O juiz da partida foi severamente criticado por atletas e torcedores colorados.

O Fussball protestou, com o apoio do Grêmio, contra o Internacional. Exigiam a punição do Colorado, pelas ofensas ao juiz, mas a Liga de Foot-Ball Porto Alegrense posicionou-se a favor do Internacional. Em decorrência disso o Grêmio decidiu por unanimidade abandonar a Liga em Assembléia Geral realizada em 20 de julho. O Fussball tomou o mesmo caminho em assembléia realizada em 23 de julho.

O campeonato ficou paralisado por três semanas, mas no dia 10 de agosto a bola voltou a rolar, com a competição reorganizada com as três equipes restantes: Internacional, Colombo e Frisch Auf. Na Chácara dos Eucaliptos, o Colorado bateu o Frisch Auf por 10x1. O Internacional marcou 8 gols na 1ª etapa, quando jogava a favor do vento.

Na abertura do returno, em 24 de agosto de 1913, o Internacional venceu o Colombo por 6x0, conquistando o título por antecipação. Os heróis dessa vitória foram: Russomano; Ary e Simão; Pery, Kluwe e Pedro Chaves; Túlio, Galvão, Pinto, Miller e Vares. Túlio (3), Simão (2) e Kluwe foram os artilheiros da partida.

No dia 31 de agosto, em partida válida ainda pelo 1º turno, o Frisch Auf perdeu por 4x0 para o Colombo. No dia 28 de setembro, o Colorado encerrou sua participação no campeonato batendo o Frisch Auf por 5x1. Em 5 de outubro o campeonato teve sua última partida: Frisch Auf 1x5 Colombo.

O time-base colorado, neste campeonato, foi: Russomano; Ary e Simão; Pinto (Barbieri), Carlos Kluwe e Pedro Chaves; Túlio, Galvão, Pinto, Miller e Vares.

O artilheiro colorado foi Túlio, com 5 gols.

Destacavam-se na equipe o lateral-esquerdo Pedro Chaves, o ponteiro-direito Túlio e o ponteiro-esquerdo Vares, que muitos diziam só não ter chegado à Seleção Brasileira, nos anos seguintes, porque atuava no sul do país. Mas o craque da equipe e líder dos jogadores era Carlos Kluwe, talvez o primeiro grande herói colorado. Também jogaram na campanha do título Cazuza, Paulo Mariath, Zé Pereira, Scabillon, Ribas e Fabrício.

Partidas:

1º Turno
 22.06 Internacional 6x0 Colombo
 10.08 Internacional 10x1 Frisch Auf
 31.08 Colombo 4x0 Frisch Auf
 2º Turno
 24.08 Internacional 6x0 Colombo
 28.09 Internacional 5x1 Frisch Auf
 05.10 Colombo 5x1 Frisch Auf

Classificação final - pontos ganhos (considerando apenas as equipes que disputaram o campeonato até o final):
1º Internacional - 8
2º Colombo - 4
3º Frisch Auf - 0

Nota: Equivocadamente, algumas listas consideram o Grêmio campeão citadino de 1913 pela Associação de Foot-Ball Porto-Alegrense. Esta entidade, no entanto, só foi criada no 2º semestre de 1914. Após abandonarem a Liga, Grêmio e Fussball limitaram-se a disputarem amistosos, no restante do ano de 1913.

Duas curiosidades dessa temporada:

Em 16 de agosto de 1913, os 2ºs quadros de Internacional e Pelotas enfrentaram-se em um amistoso, e a equipe do interior venceu por 3x1. Durante o jogo, a torcida colorada, bastante participativa, vaiou o adversário o tempo todo. Acostumada com torcidas elitizadas, que aplaudiam as jogadas dos adversários, a direção do Pelotas ficou chocada e lançou uma nota dizendo que jamais voltaria a jogar com o Internacional.

Em 29 de outubro de 1913, um acontecimento sangrento marcou uma partida do campeonato bageense, vitimando o ex-colorado Scabillon, que jogou no clube em 1912 e no início de 1913 (disputou a 1ª partida do campeonato municipal, marcando um gol). Jogando em Bagé, Scabillon trabalhava como assistente em uma partida, quando achou que um grupo de torcedores estava rindo dele, após ter sido atingido por uma bolada no rosto. Irritado, após discutir com os torcedores, sacou de um revólver e disparou contra o grupo. Sátyro Bittencourt, atleta do Guarany, que estava nesse grupo, reagiu, disparando seu revólver e matando Scabillon. Dois anos depois, Sátyro jogaria no Internacional.




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

DOSSIÊ LIBERTADORES - Os bicampeões

Atletas que foram campeões em 2006 e 2010:


Bolívar


Índio


Fabiano Eller


Tinga


Rafael Sobis

Desses, apenas Índio se manteve no clube entre um título e outro.

DOSSIÊ LIBERTADORES - Seleção dos que mais jogaram

Escalando o time em um 4-4-2, e considerando os que jogaram partidas mais em cada posição, essa seria a "seleção" colorada.

Clemer

Nei
Bolívar
Índio
Kleber

Falcão
Guiñazu
Jair
D'Alessandro

Fernandão
Leandro Damião

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

DOSSIÊ LIBERTADORES - Os adversários de 2019

O Internacional terá pela frente, nessa Taça Libertadores, o River Plate, o Alianza, e São Paulo, Talleres ou Palestino.

Desses, apenas o São Paulo já enfrentou o Internacional pela competição, em 2006 e 2010, nos anos em que o Colorado foi campeão. Foram 2 vitórias coloradas, um empate e uma derrota.

09.08.2006 Internacional 2x1 - F
16.08.2006 empate 2x2 - C
28.07.2010 Internacional 1x0 - C
05.08.2010 São Paulo 2x1 - F

No total, os confrontos entre Internacional e São Paulo apresentam estes números:

77 partidas
25 vitórias do Internacional
25 empates
27 vitórias do São Paulo
85 gols do Internacional
94 gols do São Paulo

Contra o River Plate, foram duas partidas, fora da Libertadores.

24.03.1963 River Plate 2x0 - amistoso - F
12.02.1979 empate 3x3 - Torneio Pentagonal de Mar del Plata - N (Mar del Plata)

Contra o Palestino, o Internacional jogou dois amistosos.

13.08.1974 Internacional 2x0 - F
26.01.1977 empate 2x2 - C

O Internacional nunca jogou contra o Alianza e o Talleres.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

DOSSIÊ LIBERTADORES - Os estrangeiros no Colorado

D'Alessandro

Jogadores estrangeiros que defenderam o Internacional em Taças Libertadores:

1976
Figueroa CHI

1977
nenhum

1980
Benítez PAR

1989
Aguirregaray URU
Diego Aguirre URU

1993
Fernandez PAR

2006
Rentería COL

2007
Hidalgo PER
Vargas COL

2010
Abbondanzieri ARG
Bruno Silva URU
Sorondo URU
Guiñazu ARG
D'Alessandro ARG

2011
Sorondo URU
Guiñazu ARG
Bolatti ARG
D'Alessandro ARG
Cavenaghi ARG

2012
Guiñazu ARG
Dátolo ARG
Bolatti ARG
D'Alessandro ARG

2015
Aránguiz CHI
D'Alessandro ARG
Lisandro López ARG
Nico Freitas URU
Luque ARG

2019
Victor Cuesta ARG
Nico López URU
D'Alessandro ARG
Paolo Guerrero PER
Sarrafiore ARG

2020
Victor Cuesta ARG
Abel Hernández URU
D'Alessandro ARG
Paolo Guerrero PER
Musto ARG
Saravia ARG
Leandro Fernández ARG
Johnny EUA

2021
Victor Cuesta ARG
Bruno Méndez URU
Paolo Guerrero PER
Saravia ARG
Johnny EUA
Palacios CHI

2023
Fabrício Bustos ARG
Gabriel Mercado ARG
Johnny EUA
Carlos de Pena URU
Rochet URU
Nico Hernández COL
Aránguiz CHI
Enner Valencia EQU
Hugo Mallo ESP


O Internacional também teve quatro técnicos estrangeiros, os uruguaios Jorge Fossati (2010) e Diego Aguirre (2015 e 2021), o argentino Eduardo Coudet (2020 e 2023) e o espanhol Miguel Ángel Ramirez (2021).

sábado, 9 de fevereiro de 2019

DOSSIÊ LIBERTADORES - Curiosidades

Qual a primeira partida da Taça Libertadores disputada no Beira-Rio?

28.04.1970 Universidad de Chile 2x1 Nacional URU
Universidad de Chile e Nacional venceram cada um uma partida, na Zona 3. Para desempate, enfrentaram-se no Beira-Rio.

Quantas finais de Libertadores foram disputadas no Beira-Rio?
Quatro
30.07.1980 Internacional 0x0 Nacional
06.07.2005 Atlético PR 1x1 São Paulo
16.08.2006 Internacional 2x2 São Paulo
18.08.2010 Internacional 3x2 Guadalajara

Quem marcou o primeiro gol do Internacional em Taças Libertadores?
Lula, em 07.03.1976 Cruzeiro 5x4 Internacional
O Cruzeiro vencia por 2x0 quando, aos 14' do 1º tempo, Falcão passou para Caçapava, que entregou a bola para Lula, pela esquerda. O ponteiro dominou e mandou uma bomba para as redes.

Qual o maior artilheiro colorado em Taças Libertadores?
Leandro Damião, 11 gols.

Qual o maior artilheiro colorado em uma única Libertadores?
Giuliano (2012) e Leandro Damião (2012) - 6 gols

Que adversários o Internacional enfrentou mais vezes, na Taça Libertadores?
Emelec e Nacional URU - 8 vezes

Qual a maior goleada colorada em Taças Libertadores?
13.03.2012 5x0 The Strongest

Qual a maior derrota colorada em Taças Libertadores?
14.03.2007 0x3 Vélez Sarsfield

DOSSIÊ LIBERTADORES - Os atletas que mais jogaram

Os jogadores que mais disputaram partidas da Taça Libertadores pelo Internacional:

D'Alessandro - 35 partidas

Bolívar - 34 partidas


Nei - 30 partidas


Kleber - 30 partidas


Índio - 30 partidas


Guiñazu - 29 partidas


Falcão - 23 partidas



Batista - 23 partidas


Tinga - 22 partidas


Jair - 21 partidas

DOSSIÊ LIBERTADORES - As participações coloradas - 2015




O 3º lugar no campeonato brasileiro de 2014 deu direito ao Internacional voltar à Taça Libertadores em 2015. O técnico colorado era Diego Aguirre, que havia eliminado o Internacional na sua última participação no torneio. Contra bolivianos, equatorianos e chilenos, na 1ª fase, o clube alternou bons e maus momentos, como na derrota para o The Strongest, na altitude, onde ficou marcada a imagem de Anderson respirando em uma máscara de oxigênio, ou na partida em que Nilmar acabou com a Universidad de Chile, em Santiago, na única vitória fora de casa. Nas oitavas, passamos sem susto pelo Atlético MG. Nas quartas de final, o Independiente Santa Fé, de Seijas, foi um adversário mais difícil. Na semifinal, o adversário era o Tigres de Gignac e Rafael Sobis. E Aguirre, suspenso, foi substituído na beira do campo por Enrique Carrera. Após um começo arrasador, marcando dois gols antes dos dez minutos de partida, o Internacional parecia estar garantindo a vaga na final em casa. Mas o técnico decidiu recuar o time, e o Colorado sofreu um gol ainda no 1º tempo. Mesmo com o Tigres jogando com dez atletas a partir dos 11’ do 2º tempo, o Internacional não procurou ampliar o marcador. Na partida de volta, no México, Gignac abriu o marcador e Géferson marcou contra, ainda no 1º tempo. No início do 2º tempo, Rafael Sobis cobrou pênalti, mas Alisson defendeu. Entretanto, 8 minutos depois Arévalo Ríos marcou o 3º gol do Tigres. Um gol de Lisandro López, aos 43’, ainda deu uns minutinhos de esperança para a torcida colorada, pois mais um gol classificaria o Internacional. Porém a partida terminou sem mais gols, e o Colorado caiu na semifinal.

Resultados:
1ª Fase
17.02.2015 1x3 The Strongest – F
26.02.2015 3x1 Universidad de Chile – C
04.03.2015 3x2 Emelec – C
18.03.2015 1x1 Emelec – F
16.04.2015 4x0 Universidad de Chile – F
22.04.2015 1x0 The Strongest – C
Oitavas de Final
06.05.2015 2x2 Atlético MG – F
13.05.2015 3x1 Atlético MG – C
Quartas de Final
20.05.2015 0x1 Independiente Santa Fé – F
27.05.2015 2x0 Independiente Santa Fé – C
Semifinal
15.07.2015 2x1 Tigres – C
22.07.2015 1x3 Tigres – F

Artillheiros colorados:
Valdívia – 5 gols
D’alessandro – 4 gols
Nilmar e Lisandro López – 3 gols
Eduardo Sasha – 2 gols
Jorge Henrique, Alex, Réver, Vitinho e Juan – 1 gol
Perlaza (Independiente Santa Fé – contra) – 1 gol




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

DOSSIÊ LIBERTADORES - As participações coloradas - 2012




Com a 5ª colocação no campeonato brasileiro de 2011, o Internacional conquistou a vaga na Taça Libertadores de 2012. Pela primeira vez o clube disputaria três Libertadores consecutivas. Na chamada “Pré-Libertadores” o clube eliminou o Once Caldas. Na fase de grupos, contra Juan Aurich, The Strongest e Santos, apesar de sofrer duas derrotas, conseguiu classificar-se. Na 2ª fase, o adversário foi o Fluminense dos ex-colorados Edinho e Rafael Sobis. No Beira-Rio, empate em 0x0, com Dátolo perdendo pênalti, No Rio, derrota por 2x1 e eliminação.

Resultados:
Pré-Libertadores
25.01.2012 1x0 Once Caldas – C
01.02.2012 2x2 Once Caldas – F
1ª Fase
09.02.2012 2x0 Juan Aurich – C
07.03.2012 1x3 Santos – F
13.03.2012 5x0 The Strongest – C
21.03.2012 1x1 The Strongest – F
04.04.2012 1x1 Santos – C
19.04.2012 0x1 Juan Aurich – F
2ª Fase
25.04.2012 0x0 Fluminense – C
10.05.2012 1x2 Fluminense – F

Artilheiros colorados:
Leandro Damião – 6 gols
D’Alessandro, Tinga, Oscar, Dátolo, Dagoberto, Jô, Gilberto e Nei – 1 gol




DOSSIÊ LIBERTADORES - As participações coloradas - 2011



O Internacional disputou a Libertadores de 2011 na condição de campeão do ano anterior. Caiu em um grupo fraco, com o equatoriano Emelec, o mexicano Jaguares e o boliviano Jorge Wilstermann, que havia sido rebaixado para a 2ª divisão do seu país. Sem apresentar um bom futebol desde a conquista do título de 2010, Roth estava cada vez mais desgastado, e foi demitido após perder para o Jaguares, no México. Paulo Roberto Falcão assumiu o comando do clube. Na 2ª fase, empatou com o Peñarol em Montevidéu, Na volta, o Colorado saiu na frente logo no 1º minuto de jogo. Mas bastaram 5 minutos de “apagão” no início da 2ª etapa para o clube ser eliminado.

Resultados:
1ª Fase
16.02.2011 1x1 Emelec – F
23.02.2011 4x0 Jaguares – C
16.03.2011 4x1 Jorge Wilstermann – F
30.03.2011 3x0 Jorge Wilstermann – C
06.04.2011 0x1 Jaguares – F
13.04.2011 2x0 Emelec – C
2ª Fase
28.04.2011 1x1 Peñarol – F
04.05.2011 1x2 Peñarol – C

Artilheiros colorados:
Leandro Damião – 4 gols
Bolatti e Oscar – 3 gols
Zé Roberto – 2 gols
D’Alessandro, Kleber e Rafael Sobis – 1 gol
Juan Ignacio Brown (Jorge Wilstermann – contra) – 1 gol



DOSSIÊ LIBERTADORES - As participações coloradas - 2010


Vice-campeão brasileiro em 2009, o Internacional voltou à Taça Libertadores em 2010. No sorteio, o Colorado pegou um grupo fácil, com o ururguaio Cerro e os equatorianos Emelec e Deportivo Quito. Alguns campeões de 2006 estavam de volta ao clube, como Bolívar, Fabiano Eller, Rafael Sobis e Tinga. Treinado pelo uruguaio Jorge Fossati, o time apresentava um futebol tímido, mas aos trancos e barrancos foi avançando. Com Fossati não venceu nenhuma partida fora de casa, nem mesmo na Rivera tomada de colorados para a partida com o Cerro. Mas gols salvadores de Giuliano, Kleber e Sorondo foram evitando eliminações. Na pausa para a Copa do Mundo, Fossati acabou tendo resultados ruins no campeonato brasileiro e foi demitido. Seu sucessor, Celso Roth, surpreendeu a todos com um futebol mais agressivo do que costumava apresentar em seus times. O Internacional eliminou o São Paulo na semifinal, com Tinga sendo expulso na partida de volta, como na final de 2006. Na final, o Colorado venceu as duas partidas contra o Guadalajara. No jogo de volta, Rafael Sobis marcou, assim como o jovem Leandro Damião.


Resultados:
1ª Fase
23.02.2010 2x1 Emelec – C
11.03.2010 1x1 Deportivo Quito – F
18.03.2010 0x0 Cerro – F
31.03.2010 2x0 Cerro – C
14.04.2010 0x0 Emelec – F
22.04.2010 3x0 Deportivo Quito – C
2ª Fase
28.04.2010 1x3 Banfield – F
06.05.2010 2x0 Banfield – C
Quartas de Final
13.05.2010 1x0 Estudiantes – C
20.05.2010 1x2 Estudiantes – F
Semifinal
28.07.2010 1x0 São Paulo – C
05.08.2010 1x2 São Paulo – F
Final
11.08.2010 2x1 Guadalajara – F
18.08.2010 3x2 Guadalajara – C

Artilheiros colorados:
Giuliano – 6 gols
Alecsandro – 4 gols
Bolívar – 2 gols
Nei, Andrezinho, Kleber, Walter, Sorondo, Rafael Sobis e Leandro Damião – 1 gol
Ibañez (Cerro – contra) – 1 gol




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

DOSSIÊ LIBERTADORES - As participações coloradas - 2007




Em 2007 o Internacional começou a Taça Libertadores como campeão, defendendo o título. Mas os resultados de campo não corresponderam e o Colorado tornou-se o primeiro campeão a não conseguir passar da fase de grupos no ano seguinte. O técnico Abel Braga insistiu em manter Alexandre Pato no banco em algumas partidas, e o grupo demonstrava estar tenso. Nas seis partidas que disputou, o Internacional teve jogadores expulsos em três: Wellington Monteiro, Christian e Índio. Na última partida, o Internacional precisava vencer o Nacional por 3x0. Mesmo tendo Índio expulso, o Colorado tentou, mas fez apenas um gol e foi eliminado.

Resultados:
1ª Fase
21.02.2007 1x3 Nacional – F
28.02.2007 3x0 Emelec – C
14.03.2007 0x3 Vélez Sarsfield – F
28.03.2007 0x0 Vélez Sarsfield – C
10.04.2007 2x1 Emelec – F
19.04.2007 1x0 Nacional – C

Artilheiros colorados:
Alexandre Pato – 2 gols
Hidalgo, Perdigão, Índio, Iarley e Fernandão – 1 gol



DOSSIÊ LIBERTADORES - As participações coloradas - 2006



Após longos 13 anos fora da principal competição sul-americana, o Internacional retonava ao torneio após o vice-campeonato brasileiro de 2005. E o desejo de conquistar o título inédito era muito forte, após os absurdos acontecimentos de 2005, quando o título brasileiro foi roubado do clube. Na 1ª fase, o Internacional teve pela frente o venezuelano Maracaibo, o uruguaio Nacional e o mexicano Pumas. Sem muitos problemas, o Colorado avançou de fase. Depois, completou a vingança de 1980 ao eliminar o Nacional, com direito a um golaço de Rentería, na partida de ida. Nessa mesma partida o Colorado teve dois jogadores expulsos, mas segurou a vitória de 2x1. Nas quartas-de-final, a LDU foi um adversário perigoso, conseguindo impor a única derrota do Internacional no torneio. Na semifinal, o adversário foi o Libertad de Guiñazú. Na final, um show de Rafael Sobis no Morumbi e mais uma brava resistência ao ter Tinga expulso no Beira-Rio, e o Colorado superou o São Paulo, alcançando o tão sonhado título da Taça Libertadores.

Resultados:
1ª Fase
16.02.2006 1x1 Maracaibo - F
23.02.2006 3x0 Nacional – C
08.03.2006 2x1 Pumas – F
22.03.2006 3x2 Pumas – C
04.04.2006 0x0 Nacional – F
18.04.2006 4x0 Maracaibo – C
2ª Fase
27.04.2006 2x1 Nacional – F
03.05.2006 0x0 Nacional – C
Quartas de final
10.05.2006 1x2 LDU – F
19.07.2006 2x0 LDU – C
Semifinal
27.07.2006 0x0 Libertad – F
03.08.2006 2x0 Libertad – C
Final
09.08.2006 2x1 São Paulo – F
16.08.2006 2x2 São Paulo – C

Artilheiros colorados:
Fernandão – 5 gols
Rentería – 4 gols
Rafael Sobis e Michel – 3 gols
Adriano Gabirú e Jorge Wagner – 2 gols
Rubens Cardoso, Bolívar, Ceará, Alex e Tinga – 1 gol