Total de visualizações de página

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Jogadores do passado: Pinga


André Luciano da Silva, o Pinga, nasceu em Fortaleza (CE) em 27 de abril de 1981.

O meia Pinga começou a jogar nas categorias de base do Ceará, em 1995. Ainda na condição de atleta de base, se transferiu para o Vitória em 1998, profissionalizando-se no Juventus de São Paulo, em 1999.

Ainda em 1999 Pinga partiu para sua carreira europeia, indo atuar no Torino, clube que inspirou as cores do Juventus paulistano (que pegou o nome do outro clube de Turim). Na Itália Pinga jogaria em clubes pequenos. Em sua primeira temporada foi rebaixado com o Torino, marcando apenas dois gols, mas que valeram o empate em 2x2 com o Milan. Em 2001 foi campeão da Série B italiana com o Torino, novamente marcando dois gols. Mas não atuou na elite, pois foi emprestado ao Siena, que disputava a Série B e quase foi rebaixado para a Série C. Em 2003 o Siena venceu a Série B, mas novamente Pinga não jogou na elite. Voltou ao Torino, que havia sido rebaixado. Na temporada de 2004 o Torino ficou em posição intermediária na Série B, com Pinga marcando seis gols. Em 2005, com nove gols, levou o Torino ao vice-campeonato, mas o clube não pode subir para a elite por problemas financeiros. Pinga foi negociado com o Treviso, que disputaria a Série A. Na elite, Pinga marcou três gols, contra Lazio, Udinese e Lecce, mas acabou rebaixado.

Após o título da Taça Libertadores de 2006 o Internacional se desfez de alguns jogadores importantes, entre eles Tinga. E para substituir Tinga alguém lembrou de Pinga, desconhecido no futebol brasileiro, a não ser por algumas convocações para a Seleção Brasileira Sub-20. O jogador foi contratado em 30 de agosto de 2006, assinando por quatro anos.

Pinga estreou no Internacional em 5 de outubro de 2006. No Mineirão o Internacional perdeu para o Cruzeiro por 2x1 e Pinga entrou no time no lugar de Edinho. No campeonato brasileiro de 2006 Pinga disputaria cinco partidas e seria vice-campeão. Listado para ir ao Mundial, Pinga lesionou-se e ficou de fora da lista definitiva.

Em 2007 Pinga começou disputando algumas partidas do camepoanto gaúcho e amistosos. No estadual o clube faria a pior campanha da sua história, mas Pinga teria seu grande momento na Recopa Sul-Americana. Titular nos dois jogos, fez um dos gols na vitória por 4x0 sobre o Pachuca, que deu o título ao Colorado.

No campeonato brasileiro, Pinga jogaria mais da metade das partidas, mas seu futebol não empolgava. Marcaria mais dois gols, contra o América de Natal e um gol olímpico na goleada de 5x1 sobre o Sport, em 29 de julho. Sua despedida aconteceria também contra o Sport, no jogo do 2º turno. Após o empate em 0x0 no Beira-Rio, contra o clube pernambucano, em 1º de novembro, Pinga foi liberado para se apresentar ao Al-Wahda, clube dos Emirados Árabes Unidos com o qual foi negociado.

Pinga começaria uma nova fase de sua carreira, jogando no Oriente Médio, Além do Al-Wahda, Pinga jogaria também no Al-Gharafa do Catar (2008), novamente o Al-Wahda (2009/2011), Al Ahli Club dos Emirados (2011) e Al Dhafra, também dos Emirados (2012/2013). Voltou ao Brasil para jogar no Santos, em 2013, mas quase não entrou em campo. Em 2014 jogou no América mineiro, onde encerrou a carreira.

Seus números no Internacional:
42 partidas
17 vitórias
9 empates
16 derrotas
3 gols
Campeão da Recopa Sul-Americana

sábado, 23 de abril de 2022

Estádios - Maracanã


O Internacional já disputou 100 jogos no Maracanã, com o seguinte desempenho:

100 partidas
22 vitórias
31 empates
47 derrotas
107 gols a favor
157 gols contra

Campeonato Brasileiro
75 partidas
20 vitórias
20 empates
34 derrotas
85 gols a favor
112 gols contra

Amistosos
7 partidas
0 vitória
2 empates
5 derrotas
9 gols a favor
22 gols contra

Robertão
6 partidas
1 vitória
2 empates
3 derrotas
4 gols a favor
6 gols contra

Copa do Brasil
4 partidas
0 vitória
2 empates
2 derrotas
2 gols a favor
5 gols contra

Taça Libertadores
3 partidas
0 vitória
1 empate
2 derrotas
1 gol a favor
5 gols contra

Torneio Quadrangular Interestadual
2 partidas
0 vitória
1 empate
1 derrota
3 gols a favor
4 gols contra

Torneio Seletivo para a Taça Libertadores
1 partida
0 vitória
1 empate
0 derrota
1 gol a favor
1 gol contra

Taça Brasil
1 partida
0 vitória
1 empate
0 derrota
2 gols a favor
2 gols contra

Torneio do Povo
1 partida
0 vitória
1 empate
0 derrota
0 gol a favor
0 gol contra

Lista completa de jogos:

07/04/1951 3x6 Flamengo – Amistoso – Paulinho, Herculano e Huguinho
19/03/1953 0x2 Flamengo – Amistoso
18/04/1954 1x2 Fluminense – Torneio Quadrangular Interestadual – Canhotinho
21/04/1954 2x2 Botafogo – Torneio Quadrangular Interestadual – Canhotinho e Bodinho
15/04/1956 1x4 Flamengo – Amistoso – Bodinho
21/11/1962 2x2 Botafogo – Taça Brasil – Alfeu e Sapiranga
27/11/1968 1x0 Fluminense – Torneio Robertão – Dorinho
08/12/1968 2x3 Vasco da Gama – Torneio Robertão – Claudiomiro e Tovar
24/09/1969 0x0 América – Torneio Robertão
11/11/1970 1x1 Vasco da Gama – Torneio Robertão – Mosquito
25/11/1970 0x1 América – Torneio Robertão
28/11/1970 0x1 Flamengo – Torneio Robertão
01/09/1971 1x1 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro – Land
23/10/1971 0x0 Botafogo – Campeonato Brasileiro
25/11/1971 0x2 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro
20/02/1972 0x0 Flamengo – Torneio do Povo
23/11/1972 0x0 Fluminense – Campeonato Brasileiro
14/12/1972 3x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Valdomiro, Tovar e Volmir
03/11/1973 1x0 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Escurinho
17/01/1974 2x1 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro de 1973 – Valdomiro e Claudiomiro
15/05/1974 3x2 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Lula (3)
18/05/1974 0x0 América – Campeonato Brasileiro
13/06/1974 1x3 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro – Escurinho
28/07/1974 2x2 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro – Lula e Escurinho
02/02/1975 2x4 Flamengo – Amistoso – Escurinho e Borjão
28/09/1975 1x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Valdomiro
29/10/1975 0x1 América – Campeonato Brasileiro
07/12/1975 2x0 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Lula e Paulo César Carpegiani
17/12/1975 2x2 Seleção do Campeonato Brasileiro – Amistoso – Flávio e Valdomiro
10/10/1976 1x1 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Lula
06/04/1977 1x1 Flamengo – Amistoso – Falcão
07/12/1977 0x0 América – Campeonato Brasileiro
29/08/1978 0x3 Vasco da Gama – Amistoso
20/12/1979 2x0 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro – Chico Espina (2)
02/03/1980 0x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro
23/03/1980 0x0 Vasco da Gama – Taça Libertadores da América
25/01/1981 0x4 Vasco da Gama - Campeonato Brasileiro
11/03/1982 1x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Rodrigues Neto
05/02/1983 0x1 Botafogo – Campeonato Brasileiro
01/04/1984 0x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro
27/01/1985 4x0 América – Campeonato Brasileiro – Silvinho (2), Luís Freire e Mauro Galvão
16/03/1985 0x1 Botafogo – Campeonato Brasileiro
21/03/1985 0x1 Fluminense – Campeonato Brasileiro
03/07/1985 1x1 Bangu – Campeonato Brasileiro – Ademir Alcântara
07/07/1985 1x1 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro – Ademir Kaefer
23/11/1986 3x2 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro – Luís Fernando Flores (2) e Tita
24/09/1987 0x0 Botafogo – Campeonato Brasileiro
01/11/1987 0x1 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro
13/12/1987 0x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro
24/09/1988 0x0 Botafogo – Campeonato Brasileiro
06/09/1989 1x2 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Chiquinho
02/09/1990 1x1 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Célio Lino
13/04/1991 1x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Helcinho
10/05/1992 0x2 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro
31/05/1992 0x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro
10/03/1993 1x3 Flamengo – Taça Libertadores da América – Jairo Lenzi
29/09/1993 0x3 Flamengo – Campeonato Brasileiro
23/10/1994 2x5 Vasco da Gama – Campeonato Brasileiro – Nando e Mazinho Loyola
06/11/1994 2x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Leandro Machado (2)
16/05/1996 1x3 Flamengo – Copa do Brasil – Márcio
27/10/1996 2x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Fabiano (2)
24/04/1997 0x1 Flamengo – Copa do Brasil
06/09/1997 2x0 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Arílson (2)
24/09/1997 3x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Christian (2) e Betinho
17/10/1999 2x4 Corinthians – Campeonato Brasileiro – Anderson e Lúcio *
17/11/1999 1x1 Flamengo – Torneio Seletivo para a Taça Libertadores – Fabiano
03/05/2000 1x1 Botafogo – Copa do Brasil – Márcio Goiano
10/11/2001 1x0 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Luiz Cláudio
21/08/2002 2x2 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Carlos Miguel e Cleiton Xavier
16/04/2003 1x3 Fluminense – Campeonato Brasileiro – André
24/07/2003 1x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Cidimar
01/09/2004 1x3 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Rafael Sobis
03/06/2006 3x2 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Iarley (2) e Radamés (contra)
02/09/2006 2x1 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Fernandão (2)
02/11/2006 1x0 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Alex
26/05/2007 0x3 Fluminense – Campeonato Brasileiro
16/06/2007 2x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Alex e Adriano
19/08/2007 1x1 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Ceará
24/05/2008 1x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Nilmar
02/08/2008 2x1 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Nilmar (2)
13/05/2009 0x0 Flamengo – Copa do Brasil
21/06/2009 0x4 Flamengo – Campeonato Brasileiro
18/10/2009 2x2 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Alecsandro e Marquinhos Gabriel
15/08/2010 0x3 Fluminense – Campeonato Brasileiro
15/08/2013 3x3 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Scocco (2) e Fabrício
10/10/2013 1x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Rafael Moura
27/04/2014 2x2 Botafogo – Campeonato Brasileiro – Rafael Moura (2)
22/10/2014 0x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro
18/10/2015 1x0 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Ernando
28/11/2015 1x1 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Vitinho
06/05/2018 0x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro
13/08/2018 3x0 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Nico López (2) e Jonatan Álvez
03/08/2019 1x2 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Edenílson
21/08/2019 0x2 Flamengo – Taça Libertadores da América
25/09/2019 1x3 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Edenílson
16/08/2020 1x2 Fluminense – Campeonato Brasileiro – Paolo Guerrero
21/02/2021 1x2 Flamengo – Campeonato Brasileiro de 2020 – Edenílson
08/08/2021 4x0 Flamengo – Campeonato Brasileiro – Yuri Alberto (3) e Taison
24/11/2021 0x1 Fluminense – Campeonato Brasileiro
23/04/2022 1x0 Fluminense – Campeonato Brasileiro - Alemão

*O Corinthians havia perdido o mando de campo.


quinta-feira, 21 de abril de 2022

Nossos títulos - Torneio FRGD 1927


Em 1927 a Federação Rio Grandense de Desportos (FRGD) decidiu organizar um torneio para arredacar fundos para a Sociedade Rio Grandense, com sede no Rio de Janeiro.

A entidade decidiu organizar um torneio com as equipes de Porto Alegre, em regulamento de Torneio Initium: todos os jogos no mesmo dia, partidas com dois tempos de 20 minutos e escanteios valendo como desempate, em caso de empate em gols.

O local escolhido foi a Chácara das Camélias, "ground" do Porto Alegre, e a data o dia 21 de abril.

No primeiro jogo da tarde o Grêmio venceu o São José por 3x0.

Na segunda partida os donos da casa empataram com o Americano por 1x1, mas nos escanteios venceram por 2x0.

Na terceira partida o Internacional enfrentou o Cruzeiro e venceu por 2x0, classificando-se para a final.

O outro finalista sairia da partida Grêmio x Porto Alegre. O jogo terminou sem gols, mas o Grêmio venceu por 2x1 nos escanteios.

Enfim chegou a final, um Gre-Nal. Nos vinte minutos do tempo normal a partida fica no 0x0. Em seguida foi disputada uma prorrogação de dez minutos, onde se manteve o empate. Uma segunda prorrogação começou a ser disputada, e logo aos três minutos Veiga chutou no canto,abrindo o placar: Internacional 1x0! Logo em seguida, a defesa do Grêmio cedeu um escanteio, ampliando a vantagem colorada. O Grêmio tentou pressionar, mas sua defesa acabou cometendo um pênalti. Ribeiro cobrou e fechou o placar: 2x0. Pouco depois a partida acabou e o Internacional conquistou o troféu.

Jogadores do passado - Peri


Pedro Borzato Filho nasceu em Indiana (SP) em 20 de abril de 1950.

Peri, como ficou conhecido no mundo do futebol, começou a carreira nas categorias de base do Cobrasma, equipe amadora de Osasco, chegando à base do Corinthians em 1966. O ponteiro-esquerdo jogou uma partida pelo time principal alvinegro em 1970. Em 1971 passou a receber mais chances na equipe, mas em 6 de junho de 1971, Peri quebrou a perna em um lance com Gérson, do São Paulo, em partida que o Corinthians venceu por 1x0.

Recuperado da lesão, Peri foi emprestado ao Remo, em 1972, sagrando-se campeão estadual. No dia 4 de outubro de 1972, pelo campeonato brasileiro, Peri atuou contra o Internacional no empate em 0x0, em Belém.

No ano seguinte foi negociado com o Bahia, onde jogou em 1973. No dia 23 de janeiro de 1973, na Fonte Nova, Peri enfrentou o Internacional pelo Torneio do Povo, vitória baiana por 1x0. No estadual, foi campeão baiano.

Mas como o clube baiano não concretizou todo o pagamento do passe de Peri, o ponteiro voltou ao Corinthians em 1974. Na temporada seguinte foi emprestado ao Sport, onde atuou ao lado dos futuros colorados Cláudio Mineiro e Dario. Peri venceu o estadual pernambucano de 1975. No rubro-negro pernambucano enfrentou o Colorado duas vezes. No Recife, em amistoso (29 de janeiro), Peri abriu o placar do jogo que terminou 1x1. Pelo campeonato brasileiro, no Beira-Rio (16 de novembro), vitória colorada por 3x1, com Peri marcando para o Sport.

Em 1976 Peri se transferiu para o Operário de Campo Grande, onde foi bicampeão estadual em 1976 e 1977. Na temporada de 1977 o Operário ainda ficaria em 3º lugar no campeonato brasileiro. Em 16 de outubro de 1977 Peri enfrentou o Internacional em Campo Grande, em jogo que terminou 0x0. Suas boas atuações levaram o Colorado a contratá-lo.

Peri estreou no Internacional em 18 de março de 1978, em partida amistosa que o Internacional perdeu por 2x0 para o Palmeiras. A seguir, foi titular nos primeiros seis jogos do campeonato brasileiro, marcando um gol na vitória por 4x1 sobre o Juventude.Ficou fora do time em três jogos e voltou à titularidade nos quatro jogos seguintes. O atacante seria titular na maioria dos jogos do campeonato brasileiro, marcando mais um gol no dia 24 de junho de 1978. No Beira-Rio, o Internacional enfrentava o América de São José do Rio Preto e empatava em 1x1, quando Peri fez o gol da vitória. No jogo seguinte, porém, o Colorado foi goleado em casa pelo Guarani (3x0) e Peri perdeu a posição para Chico Espina. Voltaria à titularidade no jogo de ida da semifinal do campeonato, quando o Internacional perdeu por 3x0 para o Palmeiras, no Morumbi.

No campeonato gaúcho de 1978, Peri ficou de fora dos jogos iniciais. Retornou ao time em 27 de agosto de 1978, quando marcou o gol da vitória por 1x0 sobre o Internacional de Santa Maria. No dia 31 de agosto garantiu o empate contra o Guarany de Bagé, fazendo o gol colorado no 1x1. Ambas as partidas foram no interior. Peri jogaria poucas partidas no estadual, na maioria das vezes saindo do banco. No dia 19 de outubro, no Beira-Rio, o Internacional bateu o Santo Ângelo por 6x1 e Peri fez um dos gols. No jogo seguinte ele abriu o placar na vitória por 3x0 sobre o Esportivo. Mas no Hexagonal Final Peri não foi utilizado.

Em 1979 Peri não jogou na excursão à Argentina, em fevereiro. Mas em 4 de março de 1979 fez um dos gols na vitória de 2x0 sobre o Ferrocarril de Uruguaiana. Peri começaria o campeonato gaúcho como titular, e marcaria um gol no Riograndense de Santa Maria, na vitória por 2x0. Sua passagem pelo Colorado, porém, estava chegando ao fim. Sua última partida ocorreu em 25 de março, no empate em 0x0 com o 14 de Julho de Passo Fundo.

Negociado com o Atlético Paranaense, Peri acompanharia o tricampeonato brasileiro do outro lado do campo. Pelo Furacão, enfrentou o Internacional duas vezes (23 de setembro e 22 de novembro), ambas em Curitiba e com o mesmo placar: 0x0.

Peri ainda jogaria no Remo (1981), Atlético Paranaense (1981) e Central de Caruaru (1982), onde encerrou a carreira.

Peri vivia em Osasco, onde era olheiro do ECO (Esporte Clube Osasco). No dia 31 de agosto de 2016, ele sofreu um grave acidente, caindo de uma escada e batendo a cabeça no chão, vindo a falecer.

Seus números no Internacional:
48 partidas
32 vitórias
11 empates
5 derrotas
8 gols marcados
Campeão gaúcho em 1978

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Maiores artilheiros colorados em cada temporada do estadual

Foto: Ricardo Duarte

Jogadores que mais marcaram gols pelo Internacional em cada temporada do campeonato gaúcho.

Lembrando que, de 1919 a 1960, apenas os campeões municipais disputavam o campeonato estadual. Além disso, de 1920 a 1922, em 1929 e de 1937 a 1939 o clube esteve filiado a entidades municipais desvinculadas da federação estadual.

1927 Veiga, Nenê e Barros - 2 gols
1934 Tupan - 3
1936 Salvador - 5
1940 Marques - 5
1941 Villalba - 10
1942 Villalba - 8
1943 Carlitos - 6
1944 Adãozinho e Xinxim - 3
1945 Tesourinha - 4
1947 Carlitos - 3
1948 Ghizzoni - 6
1950 Ênio Andrade - 3
1951 Solis e Canhotinho - 4
1952 Bodinho - 4
1953 Bodinho e Canhotinho - 2
1955 Larry - 2
1961 Sapiranga - 16
1962 Alfeu - 12
1963 Flávio - 14
1964 Wanderley - 10
1965 Davi - 9
1966 Miranda - 8
1967 Claudiomiro - 9
1968 Claudiomiro - 12
1969 Claudiomiro - 14
1970 Claudiomiro - 16
1971 Valdomiro - 15
1972 Claudiomiro - 13
1973 Claudiomiro - 9
1974 Escurinho - 12
1975 Escurinho - 12
1976 Ramón - 10
1977 Valdomiro - 11
1978 Valdomiro e Jair - 15
1979 Jair - 24
1980 Jones - 16
1981 Bira - 11
1982 Geraldão - 20
1983 Geraldão - 11
1984 Kita - 14
1985 Tita - 12
1986 Balalo - 14
1987 Amarildo - 19
1988 Amarildo - 10
1989 Nílson e Edu Lima - 7
1990 Nélson - 10
1991 Lima - 10
1992 Gérson - 11
1993 Demétrios - 8
1994 Paulinho Mclaren - 11
1995 Leandro Machado - 12
1996 Yan - 4
1997 Luiz Gustavo - 7
1998 Paulo Diniz - 8
1999 Christian - 14
2000 Fabiano - 6
2001 Luiz Cláudio - 7
2002 Fernando Baiano - 4
2003 Daniel Carvalho e Flávio - 3
2004 Nilmar - 5
2005 Fernandão - 7
2006 Michel e Léo - 5
2007 Christian - 3
2008 Alex - 13
2009 Taison - 15
2010 Alecsandro - 9
2011 Leandro Damião - 17
2012 Leandro Damião - 11
2013 Forlán - 10
2014 Rafael Moura e Wellington Paulista - 7
2015 Valdívia - 6
2016 Eduardo Sasha - 6
2017 Brenner - 7
2018 William Pottker - 4
2019 Nico López e Sarrafiore - 3
2020 Thiago Galhardo - 5
2021 Thiago Galhardo - 5
2022 Taison - 3

domingo, 10 de abril de 2022

Internacional - Nome e Cores



Um tema que seguidamente aparece nas discussões coloradas é relativo às origens do nome e das cores do Internacional. Com o passar do tempo, um número maior de explicações vão aparecendo, a maioria não resistindo a cinco minutos de análise.

Na falta das atas originais, onde poderiam estar registradas as propostas entre nome e cores, dificilmente será possível estabelecer uma certeza definitiva sobre as origens dos mesmos. Mas existem indicações que podem apontar a versões mais próximas dos fatos ocorridos.

Comecemos pelo nome, onde há menos polêmica. A versão mais conhecida é de que os irmãos Poppe sugeriram o nome Sport Club Internacional, em homenagem ao clube paulista em que teriam atuado. Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que não existem registros dos Poppe atuando na equipe principal do Internacional paulista, o que não impede que tenham jogado em outros quadros ou mesmo nos filhotes (as categorias de base da época). Ou fossem simplesmente sócios e torcedores do clube, jogando futebol em suas dependências, mas não como jogadores do clube.

Carlos Lopes dos Santos, em sua obra "Na sombra dos Eucaliptos", assim se refere à escolha do nome:
"Foi necessária a convocação de uma segunda reunião, em continuação da primeira, para o dia 11 de abril de 1909, quando a Assembléia Geral pôde aprovar o nome 'Sport Club Internacional' e eleger a sua primeira diretoria. Isto foi possível graças ao interesse e habilidade do jovem paulista Henrique Poppe Leão, secundado pelos seus irmãos José e Luís Poppe. Este nome 'Sport Club Internacional' era o do campeão de São Paulo, naquela época." (1)

Uma pequena correção a Carlos Lopes dos Santos: o Internacional havia sido campeão paulista em 1907. Na temporada de 1908 o campeão havia sido o Paulistano. O campeonato de 1909, que seria vencido pelo Paulistano, só começaria em 13 de maio.

Na mesma obra temos o depoimento de um fundador do clube, Napoleão Gonçalves Oliveira.
"A afluência dos jovens interessados tinha ultrapassado a expectativa e entre eles se encontravam os irmãos Henrique, José e Luís Poppe, que eram os mais interessados e passaram a coordenar os trabalhos da reunião. Henrique se destacava por já haver pertencido ao Internacional Foot Ball Club, então campeão da cidade de São Paulo." (...) "Somente com dificuldade é que pôde ser aceita a proposição de Henrique Poppe para o nome de Sport Club Internacional, isto considerando que um club de igual nome era o campeão da cidade de São Paulo, na época importante centro na prática de football no país." (2)

Breno Dornelles, outro fundador do Internacional, em carta ao jornal Diário de Notícias, publicada em 12 de maio de 1954, assim se referiu à escolha do nome:
"O Internacional, obedecendo o espírito cívico, motivo nacionalista da época, recebeu, no entanto, paradoxalmente o nome de Internacional, isto por sugestão de Luiz Poppe, em roda de cafezinhos no antigo e ainda existente Café América. Em sessão posteriormente levada a efeito no antigo Club Caixeiral ficou definitivamente consagrado o nome que sugerira Luiz Poppe, havendo eu proposto que se adotasse as camisas que a Casa Clark tinha em estoque, camisas essas em branco e encarnado, em listas paralelas, cores que eram adotadas pelo homonimo de S. Paulo, club da 2ª divisão, onde jogara Luiz Poppe."

Dornelles reforça a tese que a proposta do nome veio da família Poppe, por sua ligação com o Sport Club Internacional paulista. Mas em sua versão é Luiz Poppe, e não Henrique, o autor da proposta. Dornelles também comete um equívoco ao afirmar que o clube paulista fazia parte da 2ª divisão, e também ao falar das cores do clube, mas isso veremos mais adiante.

No dia 23 de maio de 1954, nova carta de Breno Dornelles foi publicada pelo Diário de Notícias, onde ele reafirma sua versão:
"Como me referi em minha carta de 7 dêste, Luiz Poppe foi o que sugeriu nos consultando, o nome de 'Sport-Club Internacional', em roda de cafézinhos no antigo e ainda existente 'Café América', havendo, posteriormente, em sessão efetuada no antigo 'Club Caixeiral', presidida por Henrique Poppe Leão sido sufragado o nome proposto por seu irmão Luiz Poppe, e que se adotassem as camisas em branco e encarnado, por mim propostas em listras paralelas."

Mas o próprio jornal Diário de Notícias, em matéria de 1931, já havia divulgado a mesma versão:
A denominação de Sport Club Internacional foi inspirada pelos irmãos Poppe que haviam sido jogadores de club de igual nome, em São Paulo”. (3)

O jornalista José Ferreira Amaro Júnior, que se dedicava a pesquisar a história dos esportes gaúchos, por mais de 15 anos publicou o Almanaque Esportivo do Rio Grande do Sul. E na edição de 1946 assim se referiu ao nome do Internacional:
"Os primeiros ensaios do E. C. Internacional (cuja denominação foi uma homenagem a outro Internacional então existente em São Paulo e, na época, uma das maiores agremiações esportivas do Brasil) foram efetuados num terreno baldio da Rua Arlindo, arrabalde da Azenha." (4)


No início dos anos 1970 a Rio Gráfica e Editora lançou uma série de revistas denominadas Grandes Clubes Brasileiros. Cada volume abordava um clube brasileiro. O número 5, em 1971, tratou do Internacional. E em uma entrevista com o primeiro presidente colorado, João Leopoldo Seferin, ele respondeu assim à pergunta sobre a origem do nome do clube:
"Os irmãos Poppe lançaram logo o nome de Sport Club Internacional, e a razão é muito simples: eles haviam jogado num quadro com o mesmo nome em São Paulo."

Essas fontes, três fundadores e um pesquisador da história do esporte, apontam para a origem paulista do nome do clube, uma homenagem ao Sport Club Internacional de São Paulo. Existem diferenças sobre qual dos Poppe propôs o nome, Henrique ou Luís. E também quanto a ligação dos Poppe com o clube Paulista, atletas ou torcedores? Napoleão Gonçalves, por sua vez, nos trás a informação que houve resistência ao nome Internacional. Teriam existido outras propostas de nome? Como foi a votação? Infelizmente essas informações, sem as atas originais, jamais serão conhecidas. Pessoalmente, creio que não chegou a ser formulada outra proposta de nome, apenas uma resistência inicial ao nome proposto pelos Poppe. Como disse Breno Dornelles, os fundadores do clube estavam imbuídos do espírito cívico e nacionalista, e o nome Internacional não deve ter repercutido bem para alguns.

Mesmo assim, existem outras versões. Adão Bueno de Araújo, engenheiro que nos anos 1930 trabalhou na Delegacia Fiscal e depois na Rede Federal de Estradas de Ferro (mais tarde RFFSA), torcedor colorado desde os primeiros tempos, defendia a tese de que o nome do clube estava ligado ao Club Internacional de Regatas, do Rio de Janeiro, que também era vermelho e branco. (5) Mas a versão não encontra bases consistentes, pois apesar de sabermos hoje que Henrique Poppe era natural de Niterói, e não de São Paulo, o clube citado foi fundado em 16 de setembro de 1900, quando a família Poppe já estava em terras paulistanas. Além disso, apesar do Internacional de Regatas manter equipes de futebol em alguns períodos, disputava torneios menores.

Nos anos 1990 e início dos anos 2000, uma nova versão, de que o nome seria uma homenagem à Internazionale de Milão, ganhou popularidade. Essa versão chegou inclusive a figurar no site oficial do clube, em 2008. Conversando com o senhor Jorge Vieira da Cunha, presidente da FECI (Fundação de Educação e Cultura do Internacional) em 2007, ele trouxe a informação de que a versão "italiana" foi criada por jornalistas gremistas, no início da década de 1940. Quando tornou-se óbvio que o Brasil entraria em guerra com o Eixo, os gremistas, preocupados com os reflexos negativos da origem germânica do clube, buscaram igualar a situação, divulgando que o nome do Internacional era uma homenagem à Internazionale, e que os fundadores do clube eram italianos ou oriundi. Assim ligavam o Colorado a outra potência do Eixo. O que começava errado quanto à origem dos Poppe, que descendem de holandeses e não de italianos. Essa versão da origem italiana do clube eu questionei em um texto escrito no Blog Vermelho, em 2008:

Agora passemos à questão das cores. Voltando ao trecho da carta de Breno Dornelles, citado acima, ele diz que, após a escolha do nome, sugeriu a compra de camisetas listradas em vermelho e branco, que estavam à venda na Casa Clark, e que seriam as mesmas cores do Internacional paulista homenageado pelos Poppe. A escolha das cores teria então sido fruto de uma coincidência: a existência de um jogo de camisas à venda nas cores do clube homenageado. Porém o Internacional paulista tinha uniforme vermelho e preto.

Já Napoleão Gonçalves Oliveira, irmão do primeiro vice-presidente do clube, tem uma descrição detalhada da escolha das cores:
"Corria o ano de 1909 e o mês de março fora tremendamente tumultuado com a realização do carnaval, então sob terrível luta entre a Sociedade Esmeralda e os Venezianos Carnavalescos. O desfile dos carros alegóricos pela rua da Praia, em uma competição oficializada, deu margem a que a juventude da cidade, dividida entre as duas sociedades, se empenhasse em uma série de conflitos, oriundos das vaias e aplausos dos simpatizantes das duas competidoras, com evidente prejuízo para a então pacata e cordial comunidade.

Passado esse tumultuado carnaval as desavenças continuaram em torno do resultado do concurso, cuja vitória era interpretada ao sabor dos interessados. Era necessário se pôr um fim a tão continuadas discussões e atritos. Entre as soluções apaziguadoras aparecia a fundação de uma sociedade esportiva no 2º distrito. Eu, repetia Napoleão Gonçalves, como o mais exaltado diretor da Esmeralda fui convocado e aconselhado a reunir os meus amigos e comparecer a uma Assembléia Geral para formar um novo club de football o qual poderia aglutinar desafetos e criar um novo ideal em torno da salutar prática desportiva.
(...)
Ao ser posta em votação a outra proposição, sobre as cores a serem adotadas pelo novo club, num ambiente de muita agitação e discussões, prevaleceram as cores encarnado e branco (dos Venezianos Carnavalescos) sobre as verde e branco (da Sociedade Esmeralda). Era evidente que o carnaval havia se intrometido em uma assembléia esportiva, através dos adeptos das duas sociedades de Porto Alegre e o tumulto foi a consequência. Finalmente contados os votos dos presentes venceu a corrente que pugnava pelas cores encarnado e branco, vontade dos adeptos dos Venezianos. Em sinal de protesto os esmeraldinos presentes se retiraram da Assembléia Geral, não assinando a ata de fundação do club, e entre estes eu me encontrava. Isto dizia Napoleão Gonçalves, irmão de Pantaleão Gonçalves que havia sido eleito vice-presidente, na primeira diretoria eleita naquela tarde de verão, na tradicional Confeitaria Rocco." (6)

Embora o carnaval de 1909 não pareça ter sido tão conturbado quanto descreve Napoleão Gonçalves (vide https://futeboloutrahistoria.blogspot.com/2022/03/o-carnaval-de-1909.html ), a rivalidade entre Venezianos e Esmeralda era famosa. Outro detalhe interessante: embora nem todos os esmeraldinos tenham abandonado a assembleia (Pantaleão Gonçalves foi eleito vice-presidente do clube), Napoleão fala que vários foram embora. Talvez esteja aí a razão para que, embora todos os relatos da fundação falem em uma reunião com mais de 40 pessoas, apenas 21 fundadores apareçam em uma lista oficial do clube, em 1931. Mas também é possível que a falta de alguns nomes seja decorrência da perda da ata original, o que impede de sabermos quantos a assinaram efetivamente. Na lista de 1931 consta o nome do "dissidente" Napoleão Gonçalves, e de Archimedes Fortini, que foi convidado mais tarde a ingressar no clube, mas estão de fora os irmãos Dornelles (Argemiro e Breno).

Carlos Lopes dos Santos considera esse relato como uma versão, mas que até prova em contrário deve prevalecer como o que realmente ocorreu na fundação do clube. José Ferreira Amaro Júnior também concorda que as cores do clube tenham sido definidas pelo carnaval da cidade. (7)

Enfim, com os depoimentos expostos parece claro que o nome foi uma homenagem ao Sport Club Internacional de São Paulo. As versões discordantes não tem sustentação e todos os relatos de fundadores apontam para a homenagem ao clube paulistano.

Em relação às cores, o consenso não é tão forte quanto ao nome. Mas, analisando os vários depoimentos, faço minhas as palavras de Carlos Lopes dos Santos:
"As cores encarnado e branco, em feliz associação, e que tanto valorizaram e enobreceram a vida do Sport Club Internacional, parece que tiveram origem na vontade dos adeptos da Sociedade Venezianos, campeã dos torneios carnavalescos de Porto Alegre, isto em face das versões acima apontadas." (8)

(1) SANTOS, Carlos Lopes dos. Na sombra dos Eucaliptos. edição do autor, Porto Alegre, 1975, pág. 7.
(2) idem, pág. 10 e 11.
(3) Diário de Notícias, 5 de abril de 1931, p. 14.
(4) JÚNIOR, José Ferreira Amaro. Almanaque Esportivo do Rio Grande do Sul - 1946. Página 59.
(5) SANTOS, Carlos Lopes dos. Na sombra dos Eucaliptos. edição do autor, Porto Alegre, 1975, pág. 11.
(6) idem, pág. 10 e 11.
(7) Ibidem, pág. 11 e 12.
(8) Ibidem, pág. 12.