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sábado, 28 de agosto de 2021

Um jogo - Internacional 4x1 Contra-Torpedeiro Alagoas - 28/08/1921


Em 28 de agosto de 1921 o Internacional enfrentou a equipe do Contra-Torpedeiro Alagoas CT-6. O navio da Marinha brasileira estava no sul do Brasil desde julho, passando por Rio Grande, Pelotas e chegando a Porto Alegre.

Antes da partida, um pouco de história do CT Alagoas. O navio foi construído em 1909 e serviu à marinha brasileira de 1910 a 1939. Entre 1917 e 1918, após o Brasil declarar guerra à Alemanha, o navio participou de ações de patrulha ao longo do litoral do Rio de Janeiro. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, participou do bloqueio do porto de Santos, impedindo que os rebeldes paulistas recebessem suprimentos pelo mar. E em 1939 foi desativado e desmanchado.

Em agosto de 1921 a equipe do CT-6 Alagoas marcou duas partidas para Porto Alegre: uma contra o Internacional, no dia 28, e outra contra o Riograndense, da chamada Liga da Canela Preta, no dia 30.

No dia 28, bom público compareceu à Chácara dos Eucaliptos.

Na preliminar, o 2º quadro colorado venceu a equipe da Escola de Engenharia (que contava com alguns atletas de clubes da cidade) por 1x0.

No horário do jogo principal, quando os jogadores do CT Alagoas entraram em campo, foram fortemente aplaudidos pela torcida colorada. Em campo, logo o Internacional abriu vantagem, com gols de Maia e Rosário. Nunes descontou para a equipe dos marinheiros, mas ainda no 1º tempo Lampinha fez 3x1. Mais tarde, na 2ª etapa, Ribeiro marcou o 4º gol da vitória colorada por 4x1.

Como o CT-6 Alagoas tinha sua base no Rio de Janeiro, esse foi o primeiro confronto interestadual da história colorada. O Internacional já havia enfrentado equipes do Uruguai e da Inglaterra (também a equipe de um navio), mas nunca uma equipe de outro estado brasileiro.

Infelizmente o jornal A Federação não divulgou o resultado do amistoso do CT Alagoas com o Riograndense.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

NOSSO TÍTULOS - Taça Joan Gamper 1982


Em 1982 o Internacional foi convidado a disputar a tradicional Taça Joan Gamper, promovida pelo Barcelona. O torneio reuniria, além do Colorado e dos anfitriões, o Manchester City, da Inglaterra, e o vice-campeão alemão Colônia, que havia vencido a edição anterior da Joan Gamper.

A rodada inaugural do torneio tinha um atrativo extra para a torcida catalã: Maradona, contratado ao Boca Juniors por 7 milhões de dólares, a maior negociação da história do futebol mundial, até então. Além disso, a partida marcava a inauguração das obras de ampliação do Nou Camp, que passou a ter capacidade de 120 mil pessoas.

Na primeira partida da noite daquela terça-feira, 24 de agosto, Manchester City e Colônia empataram em 1x1 e o clube inglês venceu nos pênaltis, causando alguma surpresa, pois a imprensa espanhola imaginava uma final Barcelona x Colônia. E essa não seria a única surpresa da noite.

No intervalo entre as duas partidas ocorreu a cerimônia oficial de inauguração da ampliação do estádio. Ex-jogadores e dirigentes desfilaram pelo gramado, e 120 dançarinos (em homenagem à capacidade de 120 mil torcedores) dançaram a sardana, dança de roda tradicional da Catalunha.

Logo em seguida, começou a partida principal. Mal começou a partida e Quini, ídolo da torcida catalã, mandou uma bomba, sensacionalmente defendida por Benítez. Mas a seguir o Colorado conseguiu neutralizar as ações do Barça, enquanto nos contra-ataques Silvinho tirava Gerardo para dançar e Ruben Paz enlouquecia a dupla de zaga Migueli e Alesanco, mas faltava a finalização. O astro da partida, Maradona, só teve uma chance de conclusão no final da 1ª etapa, e chutou para fora. O craque argentino foi anulado por Ademir. Na 2ª etapa, Maradona mostrou qualidade, cobrando uma falta na trave. Pouco depois o Colorado respondeu, com Edevaldo acertando a trave catalã em cobrança de falta. Após a entrada de Schuster, retornando de lesão, o Barcelona tornou-se mais perigoso. O próprio Schuster, recebendo um passe de Quini, acertou a trave colorada. Mas o Internacional resistiu bem às investidas e a partida terminou 0x0, indo direto para a cobrança de pênaltis.

Na cobrança da primeira penalidade, Ruben Paz marcou para o Colorado. A seguir, Quini chutou na trave. Andrezinho cobrou e fez 2x0 para o Internacional, mas Maradona diminuiu para o Barça. Ademir fez 3x1 para os gaúchos, e Benítez defendeu a cobrança de Alesanco. André Luís marcou o 4º e derradeiro pênalti colorado, fechando a série em 4x1.

No dia 25 de agosto, 90 mil torcedores compareceram ao estádio para presenciar a decisão do 3º lugar e a final. No jogo preliminar, o Barcelona empatou em 1x1 com o Colônia e perdeu nos pênaltis.

Na final, o Internacional dominou o jogo desde o início. O jornal Mundo Deportivo, de Barcelona, declarou: "Daba auténtica gloria ver cómo tocaban y hasta manoseaban la pelota los brasileños, con sus pases medidos al primer toque, su sentido de la anticipación y su visión del hueco." Mas a equipe inglesa conseguiu ir para o intervalo sem sofrer gols. No 2º tempo, porém, o Manchester City não conseguiu fazer frente à superioridade colorada. Logo aos 12', Hareide cometeu pênalti infantil em Cléo. Edevaldo cobrou e marcou. Internacional 1x0. Aos 16', Silvinho cruzou do lado esquerdo e Paulo César cabeceou para as redes. Internacional 2x0. Aos 20', Hartford deu um soco em Sílvio e foi expulso. Aos 31', jogada trabalhada do ataque colorado. A bola ficou com Silvinho que chutou em cima de Corrigan. No rebote Fernando Roberto a enviou para as redes. Internacional 3x0. Os ingleses descontaram aos 41'. Reeves cobrou escanteio e McDonald cabeceou para as redes. Mas logo o jogo acabou.

Os torcedores do Barcelona, que torceram pelo Colorado, na final, aplaudiram a volta olímpica. Como recompensa, os atletas colorados jogaram suas camisas para a torcida do Barcelona. Com a vitória o Internacional tornou-se o primeiro (e único, até hoje) clube não europeu a vencer o tradicional torneio.

O Internacional voltaria a disputar o torneio em mais duas edições, sem conseguir o mesmo sucesso. Em 1989, perdeu na estreia para o Mechelen, da Bélgica, por 3x1. Na decisão do 3º lugar, perdeu por 1x0 para o Barcelona de Laudrup, Zubizarreta, Koeman e o ex-colorado Aloísio. Em 1991, na estreia perdeu para o Olympique de Marselha de Mozer, Amoros e Papin, em jogo disputado, que terminou 2x1. No jogo seguinte venceu o Rapid Viena por 2x0, ficando em 3º lugar.






terça-feira, 24 de agosto de 2021

Um jogo - Internacional 2x1 Celta - 20/08/1987


Em agosto de 1987 o Internacional excursionava pela Europa. Após conquistar o Torneio Internacional de Glasgow, foi à Espanha, disputar o Torneio Cidade de Vigo.

A competição era um triangular, reunindo o Internacional, a Seleção do Marrocos e o dono da casa, o Celta.

Na 1ª rodada,em 18 de agosto de 1987, o Celta venceu a Seleção Marroquina por 1x0, gol do brasileiro Baltazar.

No dia 19, o Internacional empatou em 2x2 com a mesma seleção, os gols colorados marcados por Amarildo.

No dia 20 de agosto de 1987, no estádio Balaídos, em Vigo, o Internacional enfrentava o Celta. O clube espanhol jogava por um empate para ser campeão. Mas o Internacional fez uma partida tranquila, sem ser ameaçado durante quase todo o jogo. Aos 24' do 1º tempo, após indecisão da defesa espanhola, Amarildo aproveitou-se para marcar. Internacional 1x0!

No segundo tempo, logo aos 6', Após dois rebotes sucessivos na trave, Luís Carlos Winck chutou para o fundo das redes. Internacional 2x0!

Aos 37', com um chute colocado, o ex-gremista Baltazar superou o goleiro Ademir Maria e descontou. Após o gol, o Celta tentou desesperadamente o empate, mas não conseguiu criar chances de gol.

Com o placar de 2x1, o Internacional venceu o torneio.

Ao lado de Cruzeiro e Atlético Mineiro, o Internacional forma o trio de clubes sul-americanos que venceram o torneio. Os uruguaios Nacional e Peñarol, os argentinos Boca Juniors e Rosario Central e os brasileiros Botafogo (duas vezes), Fluminense e Vasco da Gama disputaram o torneio sem vencê-lo. O Atlético Mineiro também disputou mais uma edição sem chegar ao título.



segunda-feira, 16 de agosto de 2021

O Internacional e a questão religiosa

 O Internacional, assim como a sociedade brasileira, tem inúmeras vinculações com tradicções religiosas de diversos matizes. A começar pelo Irmão Pedro, considerado mascote do clube nos anos 1920.

Irmão Pedro chegou a Porto Alegre em janeiro de 1916, para trabalhar no Instituto Pão dos Pobres, do qual foi o primeiro diretor após os lassalistas assumirem a instituição. Amante do futebol, em setembro do mesmo ano foi um dos três técnicos indicados pela Federação Sportiva Riograndense para organizar a seleção da capital que enfrentaria a seleção uruguaia. E logo se encantou com o Internacional. O religioso belga foi sócio do clube até sua morte, em 1945.

Mas essa identificação de um dos grandes nomes do catolicismo do estado com o clube não impediu que nas décadas de 1930 e 1940 o clube fosse chamado popularmente de "diabos rubros". Até mesmo o conservador católico Jornal do Dia utilizava o termo sem problemas (a notícia aqui postada é do jornal A Federação).

Nos anos 1950 (e certamente até o início dos anos 1980, pelo menos), os jogadores e torcedores, e provavelmente dirigentes, tinham grande proximidade com os cultos afro-brasileiros. Essas duas histórias relatadas pelo técnico Teté ilustram o caso:

Nos anos 1960 o clube era associado a São Jorge, e consequentemente a Ogum.

E também é verdade que o clube possui a Capela de Nossa Senhora das Vitórias, que em sua inauguração a santa teve direito a uma guarda de honra da torcida organizada Falcão Povão.

Hoje tivemos uma polêmica nas redes sociais sobre a não manifestação do clube em relação ao dia de Nossa Senhora das Vitórias. Curiosamente, no site do clube, com notícias desde 2003, há 70 menções à Nossa Senhora das Vitórias, e nenhuma sobre o dia da santa, 15 de agosto. Todas são sobre horário de missas ou sobre eventos que ocorreriam na Capela.

Ou seja: se o clube não se manifestou sobre o dia de Nossa Senhora das Vitórias, simplesmente manteve-se a tradição.

Minha opinião: o clube poderia se manifestar em datas como o Natal e a Páscoa, ou no dia de sua padroeira. Também poderia se manifestar no início do Ramadã, no dia do Yom Kippur, no dia de Ogum, no dia de Xangô, no dia de Vesak, do nascimento de Allan Kardec (ou de Chico Xavier), etc. Podia? Sim, por respeito às religiões. Certamente existem colorados adeptos do catolicismo, do islamismo, do judaísmo, das religiões afro-brasileiras, do budismo, do espiritismo ou de tantas outras. Ou não se manifestar em nenhuma. Não é uma questão de suma importância. Não é hoje e nunca foi. A fé (ou as fés) é dos torcedores, cabe ao clube respeitá-las e não tentar sobrepor uma ou outra às demais.

Não foi ideológica a não manifestação sobre o dia de Nossa Senhora das Vitórias. Provavelmente os responsáveis pelo site e pelas redes sociais do clube sequer sabiam da data. Ideológica foi a posição de parcela da direção do clube de não condenar a ditadura militar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Jogadores do passado - Jones

Origem da foto: https://1909emcores.blogspot.com/p/anos-80.html

Jones Roberto Minosso nasceu em Getúlio Vargas, no dia 12 de agosto de 1960.

Gaúcho, começou a jogar futebol em Santa Catarina, no Internacional de Lages, onde se profissionalizou em 1978. O Colorado decidiu apostar no futebol do jovem goleador e o contratou em 24 de março de 1980, por Cr$ 2.300.000,00 (49 mil dólares).

Jones vestiria o uniforme colorado pela primeira vez em 30 de abril de 1980, mas pelo Rolinho, em um amistoso contra o Aimoré. O Colorado venceu por 2x0 mas o atacante não marcou. No dia 7 de maio, fez sua estreia no time principal. No Beira-Rio, pelo campeonato brasileiro, o Colorado fez 4x0 no Atlético Goianiense. Jones entrou no time no lugar de Cléo. Mas ele só voltaria a atuar na fatídica partida em que o Internacional perdeu por 3x0 para o Atlético Mineiro, no Beira-Rio, na semifinal do campeonato brasileiro. Jones substituiu Toninho.

No campeonato gaúcho Jones teria mais oportunidades, com o time principal envolvido na Taça Libertadores e Bira lesionado. No dia 20 de junho começou sua primeira partida como titular, contra o Novo Hamburgo (2x0). Mas seu primeiro gol só sairia em 21 de julho, contra o Guarany de Bagé, em um jogo polêmico. O presidente do Guarany, José Oscar Segredo declarou em entrevista à Zero Hora que "se vier a baba do Inter não vai ganhar em Bagé". E o time misto colorado apenas empatou, 1x1, com Jones evitando a derrota.

Apesar do fraco desempenho do time nos jogos do Gauchão, em julho e agosto, Jones foi relacionado para a excursão à Europa. Entrou no time contra o CSKA da Bulgária, pelo Torneio Villa de Madrid. Na decisão por pênaltis, o Colorado efetou 9 cobranças, mas Jones não foi um dos cobradores. No jogo seguinte, contra o MAS, campeão marroquino, pelo Torneio Mohammed V, o Colorado venceu por 7x0 e Jones marcou 4 gols. Na decisão do torneio, contra o Atlético de Madrid (1x1), Jones marcou o gol de empate colorado e converteu sua cobrança na decisão por pênaltis, mas o Colorado foi derrotado.

Ainda na excursão colorada, o jogo seguinte foi no Catar. O Internacional empatou em 1x1 com a Seleção do Catar e Jones fez o gol colorado. A seguir enfrentou a Roma, na estreia de Falcão (2x2) e o Barcelona (2x2). Contra os catalães, o Barça chegou a abrir 2x0, mas o Internacional reagiu e empatou. O segundo gol colorado foi de Jones. O atacante manteria a titularidade até o final do ano, ficando em segundo lugar no Gauchão.

Em 1981 Jones começou na reserva de Bira, substituindo-o em quase todas as partidas. Após as primeiras rodadas do campeonato brasileiro a situação inverteu-se. Pouco depois Bira foi trocado por Nílson Dias, que começou na reserva, mas entrava e fazia gols. Logo o ex-botafoguense roubou a posição de Jones. Em julho, com o fim do empréstimo de Nílson Dias, Jones voltou à titularidade. Em 29 de agosto de 1981 estava em campo no amistoso contra a Roma (2x2), único jogo do Internacional na Europa nessa temporada. Na volta, no dia 2 de setembro, ele foi titular na partida contra o São Gabriel, pelo campeonato gaúcho. O primeiro tempo terminou 0x0. Bira substituiu Jones, marcou dois gols e o Colorado venceu por 4x0. Foi seu último jogo pelo clube. Dias depois, Jones foi emprestado ao Operário MS, como pagamento de uma dívida de 2 milhões de cruzeiros, referentes à contratação de Arturzinho.

Jogando no Operário, Jones teve seu grande momento em 6 de março de 1982. Jogando em Campo Grande, o Operário venceu o Vasco da Gama por 2x0, dois gols de Jones, em partida que ficou famosa devido a um OVNI que teria sido avistado por torcedores, jogadores e jornalistas.

Após encerrar o empréstimo com o Operário, Jones retornou ao Internacional, mas não jogou nenhuma partida. Em 30 de abril de 1982 Jones foi negociado com o Sport, como parte do pagamento do centroavante Roberto. A seguir, Jones jogou no XV de Novembro de Jaú (1982), Colorado (1983), Santo André (1984), Portuguesa de Desportos (1985), São Bento (1986), Rio Branco ES (1986/1987), Ferroviária (1988), Ceará (1988), Acadêmica de Coimbra POR (1988/1990), Internacional SC (1990/1992) e Operário PR (1993), onde encerrou a carreira.

Após sair do Internacional, Jones cruzou o caminho do clube em cinco ocasiões. Em 1983 ele defendia o Colorado do Paraná e enfrentou o Internacional duas vezes, pelo campeonato brasileiro. Cada clube venceu a partida em que era mandante, pelo mesmo placar: 2x0. Jones não marcou gols. Em 1986 ele jogava no Rio Branco capixaba. No Beira-Rio, pelo campeonato brasileiro, o Colorado fez 5x1, mas Jones marcou o gol de honra dos visitantes. E finalmente, em 1990, o Internacional enfrentou o clube homônimo de Lages. A partida terminou 1x1 e Jones, cobrando pênalti aos 43' do 2º tempo, garantiu o empate.

Após tentar a carreira de técnico de futebol, Jones deixou o esporte definitivamente em 1995. Em 14 de novembro de 1999, Jones pescava com alguns amigos em uma represa no município de Campo Belo do Sul (SC), quando a canoa que o transportava virou e seu pé ficou preso em uma rede de pesca. Jones morreu afogado.

Seus números no Internacional:
60 partidas
30 vitórias
17 empates
13 derrotas
26 gols
Campeão gaúcho em 1981

Suas vítimas:

5 gols
São Borja
4 gols
Juventude, Guarany de Bagé e MAS (Marrocos)
1 gol
Lajeadense, Caxias, Brasil, Armour, Chapecoense, Mixto, Seleção do Catar, Atlético de Madrid ESP e Barcelona ESP

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Um jogo - Internacional 16x0 Nacional - 11/08/1912 - A maior goleada


Em 11 de agosto de 1912 o Internacional enfrentou o Nacional, pelo campeonato de Porto Alegre, no "ground" da Baixada. O campo do Nacional ficava no distante arrabalde do Partenon, e não era utilizado nos jogos da liga. Por isso o clube utilizava outros campos para mandar suas partidas.

O jogo inicialmente estava marcado para o dia 4 de agosto, mas foi transferido devido às chuvas que caiam na cidade. O ano de 1912 foi especialmente chuvoso, com enchentes que alagaram boa parte da cidade.

Mesmo no dia 11 o campo continuava embarrado e parte da imprensa condenou a realização da partida naquelas condições.

Antes das equipes principais jogaram os 2ºs quadros, e o Internacional venceu por 5x0, gols de Pery, Otto, Mariath, Fabrício e Simão. A seguir entraram em campo os 1ºs quadros.

O Colorado apresentava duas novidades. O goleiro Barbiéri estreava em uma nova posição: lateral-direito. Assim, Silla estreava no gol. Na zaga, mais uma estreia, o uruguaio Scabillon, que ocupava a posição que anteriormente pertencia a Radagazio.

A vitória colorada já era esperada, e mesmo uma goleada. Mas os números foram superiores ao que se esperava. Mas a bola começou a rolar e Vares fez 1x0. Galvão e Pedro Chaves ampliaram para 3x0 antes dos 15 minutos de jogo. Ainda na 1ª etapa, Kluwe, Vares, Túlio e novamente Vares aumentaram para 7x0.

No 2º tempo o Internacional começou arrasador. Antes dos 10 minutos de partida já havia marcado com Pedro Chaves, Vares e Galvão, fazendo 10x0. Túlio, Galvão e o estreante Scabillon deixaram o placar em 13x0 aos 20 minutos. E Galvão, Pedro Chaves e Túlio deram números finais à partida: Internacional 16x0 Nacional.

Esse placar foi o maior já aplicado pelo Internacional em um adversário, e recorde na cidade, naquele momento. Segundo o jornal A Federação, o placar só não foi maior porque o Nacional trocou o goleiro Cabrera por Teichmann, durante a partida. O ex-goleiro e lateral Barbiéri foi elogiado pelo jornal Correio do Povo, que afirmou que o mesmo rendeu mais na posição do que no gol.

Equipe colorada: Silla; Felizardo e Scabillon; Barbiéri, Kluwe e Dornelles; Túlio, Galvão, Ribas, Pedro Chaves e Vares



domingo, 8 de agosto de 2021

Craques - Villalba


José Villalba nasceu em 8 de agosto de 1919, em Alvear, na Argentina. Sua data e local de nascimento são motivo de controvérsia. Algumas fontes apontam 4 de agosto para a data, outras a cidade de Santo Tomé como local de nascimento.

Villalba começou jogando futebol no pequeno Santo Tomé, na cidade de mesmo nome, às margens do rio Uruguai. No início de 1941 decidiu arriscar a sorte no Brasil e veio a Porto Alegre, fazer testes no Internacional. Tendo bom desempenho nos treinos, foi escalado para jogar na estreia do campeonato municipal, em 6 de abril de 1941, contra o Porto Alegre, na Chácara das Camélias. E logo aos 8' de jogo deu um passe de calcanhar para Ruy abrir o placar. Aos 20', ele próprio fez 2x0. O Colorado venceria a partida por 6x1.

No seu primeiro Gre-Nal, em 25 de maio de 1941, em partida válida pela Taça Irmãos Foernges, o Internacional venceu por 3x2 e o argentino marcou um dos gols. No campeonato municipal, em 17 de agosto, 3x0 e mais um gol de Villalba. Em 11 de janeiro de 1942, no clássico do 3º turno, Villalba marcou o gol de empate (o jogo terminou 1x1), resultado que deu o bicampeonato municipal ao clube com uma rodada de antecipação. No campeonato gaúcho, marcou gols em todas as partidas. Nas partidas eliminatórias fez dois contra o Novo Hamburgo (6x2) e outros dois contra o Riograndense de Passo Fundo (7x1). Na decisão, fez três gols no Rio Grande na primeira partida (9x2) e na segunda (6x2).

Em 1942, o Colorado venceu os dois clássicos do campeonato municipal, ambos por 4x2. E Villalba fez um gol em cada. O título municipal veio com um empate em 2x2 com o Força e Luz, mas sem gols do argentino. Nas finais do campeonato gaúcho, contra o Floriano, Villalba fez 4 gols no primeiro jogo (10x2) e mais 2 gols no 2º jogo (4x1).

A temporada de 1943 começou com o Torneio Triangular de Porto Alegre, reunindo os três primeiros colocados do campeonato municipal do ano anterior: Internacional, Grêmio e Cruzeiro. O clube estrelado ficou com o título, mas o Colorado venceu os dois Gre-Nais por 5x1, e Villalba fez um gol em cada clássico. O Internacional conquistaria mais uma vez o campeonato municipal e o estadual. Na decisão do campeonato gaúcho o Colorado venceu o Guarany de Cachoeira do Sul por 7x1 e Villalba marcou um gol.

Em 1944 Villalba disputou apenas duas partidas pelo Internacional, ambas válidas pela segunda edição do Torneio Triangular de Porto Alegre, transferindo-se logo em seguida para o Palmeiras. Seu último jogo ocorreu em 2 de março, um empate em 3x3 com o Cruzeiro. No clube paulista disputou apenas três partidas, mas participou da conquista do campeonato estadual. Em 1945 Villalba voltou ao Rio Grande do Sul, para atuar no Floriano. Em 1946 foi para Belo Horizonte jogar no Atlético, conquistando o título mineiro.

Em 1947 Villalba voltou ao Internacional. Ele reestreou no dia 9 de março de 1947. Na Timbaúva, o Colorado venceu o Sol de América paraguaio por 5x0. Villalba fez a assistência para o gol de Adãozinho, o terceiro da partida. No jogo seguinte o Colorado fez 3x1 no América carioca e Villalba marcou duas vezes. No dia 16 de abril, contra o Renner, pelo Torneio Extra, o Colorado fez a maior virada de sua história. Depois de estar perdendo por 4x0, venceu por 5x4. E Villalba marcou o gol da vitória. O Colorado seria campeão municipal e estadual na temporada de 1947. No primeiro jogo da final, contra o Floriano, o Internacional venceu por 3x2, de virada. Villalba marcou o gol de empate.

Na temporada de 1948 os títulos se repetiram. No dia 17 de outubro de 1948, no clássico do 3º turno, o Internacional bateu o Grêmio, na Baixada, por 7x0. Villalba marcou quatro gols e deu assistência para mais um. Essa é a maior goleada colorada em Gre-Nais e a maior goleada do clássico depois da adoção do profissionalismo. Na decisão do título gaúcho, contra o Santanense, Villalba marcou um gol na primeira partida (2x1) e dois gols na segunda partida (5x0). A seguir, o Internacional ainda conquistaria o Torneio ACEPA.

Em 1949 os títulos principais não vieram. Mas o Colorado teve uma conquista isolada, a Taça Cidade de Porto Alegre. Na 1ª fase, em 7 de setembro, o Internacional bateu o Grêmio, vencendo por 2x0, com um gol de Villalba. O título viria contra o Nacional, em 30 de novembro, mas Villalba não atuou. Seu último jogo pelo Colorado ocorreu em 30 de dezembro, um amistoso no qual o time bateu o São José por 3x0. Na mesma partida estreava um dos grandes craques colorados, Oreco.

Depois de sair do Colorado, Villalba jogou no Floriano (1950), Rio Grande (1950/1951), Atlético PR (1951), Rio Grande (1952/1954). Após encerrar a carreira no Rio Grande voltou a Porto Alegre e se tornou funcionário do Internacional, onde trabalhou até sua morte, em 26 de agosto de 1987, quando faleceu vítima de infarto.

Seus números no Internacional:
194 partidas
135 vitórias
37 empates
22 derrotas
148 gols
Seus títulos
Campeão gaúcho em 1941/1942/1943 e 1947/1948
Campeão municipal em 1941/1942/1943 e 1947/1948
Campeão da Taça Cidade de Porto Alegre em 1949
Campeão do Torneio ACEPA em 1948

Suas vítimas:
21 gols
Grêmio
19 gols
Cruzeiro
17 gols
São José
14 gols
Novo Hamburgo/Floriano
13 gols
Nacional
8 gols
Força e Luz
7 gols
Renner
6 gols
Rio Grande
5 gols
Guarany de Cachoeira do Sul
4 gols
Pelotas
3 gols
Brasil de Pelotas, Internacional SM, Santanense e Avaí
2 gols
Porto Alegre, 14 de Julho PF, Riograndense PF, Atlético PR, Flamengo, Paula Ramos, América RJ e Libertad PAR
1 gol
Bancário de Pelotas, Montenegro, Riograndense RG, Gaúcho, Esportivo e Botafogo

Villalba é o maior artilheiro estrangeiro do Internacional.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Um jogo - Internacional 0x1 Nacional - 06/08/1980


Em 6 de agosto de 1980 o Internacional enfrentou o Nacional no estádio Centenário, em Montevidéu, na partida decisiva da Taça Libertadores da América. No dia 30 de julho, no Beira-Rio, o jogo havia terminado 0x0. O vencedor ficaria com o título. Um empate por qualquer placar levaria a um terceiro jogo, já marcado para 8 de agosto, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção.

A disputa já começou antes da partida. Na véspera da partida o Nacional lançou uma nota criticando o Peñarol por ter cedido a concentração de Los Aromos para  Internacional. No dia do jogo, o Nacional não reservou espaço para a delegação colorada, no estádio. Reservas e dirigentes tiveram de ficar junto à torcida do Nacional. O Colorado foi a campo com Mário Sérgio, Toninho e Batista sem plenas condições físicas, jogando no sacrifício. Também Cláudio Mineiro, que voltava de uma lesão que o deixou quase dois meses fora do time, não estava plenamente recuperado.

O Internacional começou a partida tocando a bola, para ganhar tempo. Na 1ª etapa, até sofrer o gol, o Colorado foi melhor. Principais momentos da partida:
3' Chico Espina rouba a bola de Blanco e cruza para Adílson, que chuta para fora.
11' Morales chuta de sem-pulo, mas Gasperin defende.
18' Falcão chuta de fora da área e a bola passa perto do ângulo do gol de Rodolfo Rodríguez.
24' Falcão chuta de fora da área, exigindo grande defesa de Rodolfo Rodríguez, para escanteio.
35' O juiz marca uma falta inexistente de Mauro Galvão em Morales. O próprio Morales cobra rapidamente, passando para Moreira, enquanto os colorados reclamavam da falta. Moreira cruzou para Victorino, que marcou.
38' Bicca perde boa chance de ampliar.

No intervalo, Mário Sérgio cobrou garra de Jair, aos berros, e os dois quase trocaram socos dentro do gramado, mas foram apartados por Falcão e Batista. O craque colorado empurrou os brigões para dentro do vestiário. Na 2ª etapa, o Internacional tentou buscar o gol com mais força, mas alguns erros do juiz Edson Pérez (Peru) prejudicaram a equipe. Os principais momentos:
2' Rodolfo Rodríguez defende uma cabeçada de Jair.
9' Bereta substitui Cláudio Mineiro, que volta a sentir a lesão.
11' De León mete a mão na bola dentro da área, mas o juiz marca a infração fora da zona penal.
24' Jair chuta e Rodolfo Rodríguez defende em dois tempos.
36' Adílson e De La Peña caem no campo, após um choque, mas o juiz permite apenas o atendimento ao jogador uruguaio, mesmo com Adílson tendo sofrido um corte no supercílio. Eduardo Roca Couture, uruguaio, delegado da Conmebol, teve de intervir e exigir que o juiz desse tratamento igual aos dois clubes.
41' Jair cabeceia na pequena área, mas Rodolfo Rodríguez faz uma defesa milagrosa.

Equipes:
INT: Gasperin; Toninho, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro (Bereta); Batista, Falcão e Jair; Chico Espina, Adílson e Mário Sérgio
Técnico: Ênio Andrade
NAC: Rodolfo Rodríguez; Moreira, Blanco, De León e González; Esparrago, De La Peña e Luzardo; Bicca, Victorino e Morales
Técnico: Juan Mujica
 
Notas da Zero Hora para os jogadores colorados:
Gasperin (7)
Toninho (6)
Mauro Pastor (6)
Mauro Galvão (7)
Cláudio Mineiro (7)
Bereta (7)
Batista (8)
Jair (7)
Falcão (9)
Chico Espina (5)
Adílson (7)
Mário Sérgio (7)
No Nacional, Rodolfo Rodríguez, González e Victorino receberam nota 8 e De León recebeu 10.

A história da participação colorada na Taça Libertadores de 1980:

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Jogadores do passado - Enciso


Julio César Enciso Pereira nasceu em 5 de agosto de 1974, em Capiatá (Paraguai).

Enciso começou a jogar no Cerro Porteño, onde se profissionalizou no ano de 1994. Logo na sua primeira temporada sagrou-se campeão paraguaio.

No segundo semestre de 1996 o Internacional resolveu contratá-lo. Sua estreia ocorreu em 4 de agosto de 1996, um dia antes de completar 22 anos. O Internacional enfrentava o Bahia, na Fonte Nova, pela Taça Maria Quitéria. A partida terminou 0x0 e o Colorado foi derrotado nos pênaltis, ficando em 4º lugar no torneio.

No dia 6 de agosto, no Beira-Rio, ajudou o Internacional a vencer o Universidad Católica por 4x1 e conquistar o Torneio Mercosul. No campeonato brasileiro teve desempenho mediano.

A grande temporada de Enciso no Internacional ocorreu em 1997. No 1º semestre ajudou o Colorado a recuperar a hegemonia do futebol gaúcho. No 2º semestre, improvisado na lateral-direita, fez um grande campeonato brasileiro, onde o clube ficou em 3º lugar.

A temporada de 1998 ficou sem títulos pelo Internacional, mas Enciso foi convocado para disputar a Copa do Mundo pela seleção paraguaia. Na temporada de 1999, novamente os títulos ficaeram distantes e o clube quase foi rebaixado no campeonato brasileiro, escapando na última rodada.

A temporada de 2000 foi marcada por contratempos. O desemepnho de Enciso caiu. No final de outubro de 2000, o técnico Zé Mário o colocou no banco de reservas, escalando Leandro Guerreiro. Após três partidas (e três vitórias coloradas, sobre Sport, Corinthians e Vasco da Gama), Enciso pressionou para voltar ao time e foi escalado contra a Ponte Preta. O Colorado perdeu por 3x1 e Enciso foi um dos piores em campo. Essa seria sua última partida pelo clube. Com o contrato encerrado, ele não quis renovar e transferiu-se para o Olimpa, sem custos.

Em 2002 Enciso fez as pazes com a torcida colorada, ao eliminar o Grêmio na semifinal da Taça Libertadores da América, com uma camiseta com o escudo do Internacional por baixo do uniforme do Olimpia. Nessa mesma temporada seria campeão da Taça Libertadores.
Em 2003, ainda no Olimpia, foi campeão da Recopa Sul-Americana. No ano seguinte, foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas, defendendo a Seleção Paraguaia. Em 2006 Enciso transferiu-se para o 12 de Octubre, onde encerrou a carreira, no final do ano.

Seus números pelo Internacional:
198 jogos
92 vitórias
51 empates
55 derrotas
6 gols
Campeão Gaúcho em 1997
Campeão do Torneio Mercosul em 1996

Suas vítimas:
1 gol
Grêmio, Veranópolis, Juventude, Caxias, Glória e São Luiz

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Nossos títulos - Copa Governador do Estado 1991


Em 1991 a Federação Gaúcha de Futebol decidiu criar a Copa Governador do Estado, que seria disputada por 14 clubes (os mesmos que originalmente formariam a 1ª divisão do campeonato gaúcho, que acabaria ampliada para 20 clubes). Na 1ª fase, sem as duplas Gre-Nal e Ca-Ju, dez clubes se enfrentaram, em turno e returno, classificando os 4 primeiros para a 2ª fase.

Após 18 rodadas, classificaram-se São Luiz, Glória, Guarani VA e Ypiranga, sendo eliminados Passo Fundo, Lajeadense, Esportivo, Pelotas, Guarany CA e Santa Cruz.

Na 2ª fase foram formados dois grupos com 4 equipes, com o campeão de grupo avançando para a final.
Grupo A
Internacional
Caxias
Ypiranga
Guarani VA
Grupo B
Grêmio
Juventude
Glória
São Luiz

O Internacional estreou no dia 30 de junho de 1991, enfrentando o Guarani de Venâncio Aires, no Beira-Rio. O técnico Abel Braga enviou a campo Fernandez; Luís Carlos Winck, Célio Silva, Nórton e Daniel Franco; Bonamigo, Simão, Cuca e Zé Carlos; Lima e Helcinho. Depois Alex Rossi substituiria Simão e Pedro Paulo entraria no lugar de Helcinho. Em um jogo monótono, o Colorado venceu por 1x0, gol de Zé Carlos.

Na 2ª rodada, em 3 de julho, nova vitória apertada, dessa vez sobre o Ypiranga, em Erechim. Lima fez o gol soltário do jogo. No dia 7 de julho, no Centenário, nova vitória mínima sobre o Caxias, 1x0, gol de Lima.

Na abertura do returno, em 14 de julho, no Beira-Rio, o Internacional ficou no 0x0 com o Caxias. No dia 17, novo tropeço em casa: 0x0 com o Ypiranga.

Na última rodada o Internacional enfrentava o Guarani, em Venâncio Aires, mas já estava classificado. No Grupo B o Grêmio recebia o São Luiz precisando vencer. No dia 20, o Colorado venceu o Guarani por 1x0, gol de Alex Rossi. No dia 22 o Grêmio perdeu por 1x0 para o São Luiz, e a equipe de Ijuí avançou para a final.

No dia 28 de julho, no estádio 19 de Outubro, Internacional e São Luiz ficaram no 0x0, na primeira partida decisiva. Euipes que foram a campo:
Internacional:
Fernandez; Luís Carlos Winck, Célio Silva, Nórton e Daniel Franco; Simão, Bonamigo, Luís Fernando Gomes e Cuca; Helcinho e Lima
São Luiz:
Jânio; Polaco, Newmar, Chico Cebola e Kiko; Nelsinho, Negrine, Betinho (Marco Antônio) e Café; Ciro e Edmundo

No dia 4 de agosto de 1991, 19.300 colorados compareceram ao Beira-Rio para apoiar o clube. Com um gol de Simão no 1º tempo e outro de Cuca no final do jogo, o Internacional venceu por 2x0 e conquistou o título. Euipes que foram a campo:
Internacional:
Fernandez; Luís Carlos Winck, Márcio Santos, Célio Silva e Daniel Franco; Bonamigo, Simão, Cuca e Luís Fernando Gomes; Helcinho (Alex Rossi) e Lima (Nílson Aragão)
São Luiz:
Jânio; Polaco, Newmar, Caçula e Kiko; João Luís, Betinho, Negrine e Ciro (Guilherme); Café e Solis (Nelsinho)