Total de visualizações de página

terça-feira, 28 de junho de 2022

Jogadores do passado: Romário



Romário Leiria de Moura nasceu em 28 de junho de 1992, em Porto Alegre.

Romário começou a jogar futebol nas categorias de base do Internacional. No início de 2010, Romário, zagueiro de pé esquerdo e 1,84 metros de altura, disputou a Copa São Paulo de Futebol Sub-20 pelo Internacional. O zagueiro chegou a marcar um gol, contra o Mogi-Mirim, mas o Colorado foi eliminado na 1ª fase, em uma equipe que contava também com o goleiro Alisson e Eduardo Sasha.

Pouco depois, em abril de 2010, Romário foi com o Internacional disputar a Punta Cup, no Uruguai. Com sete vitórias em sete partidas, o Colorado conquistou o título. Em junho, Romário foi com a equipe de juniores disputar o Torneio Angelo Dossena Sub-20, na Itália. O Internacional ficou com o vice-campeonato, ao perder a decisão para a Seleção Italiana da Série por 1x0, mesmo adversário que já havia vencido na 1ª fase por 4x1.

Atuando pelo time B ainda em 2010, Romário foi campeão brasileiro sub-23, ao vencer o Corinthians por 3x0, em 14 de novembro de 2010, e campeão da Copa FGF, em nova vitória por 3x0 sobre o Cerâmica, em 28 de novembro de 2010. Nessa partida, Romário marcou o terceiro gol colorado.

Romário estreou na equipe principal em 19 de fevereiro de 2011, em um dia complicado. Pelas quartas de final da Taça Piratini (1º turno do campeonato gaúcho) o time B colorado, comandado por Enderson Moreira, empatou em casa em 1x1 com o Cruzeiro, sendo eliminado nos pênaltis. Depois desse resultado a equipe B foi dissolvida.

Romário continuou atuando pela equipe de juniores, voltando a atuar pela equipe principal somente em 26 de janeiro de 2012, em derrota por 2x1 para o Cerâmica, pelo campeonato gaúcho. No mesmo campeonato também enfrentou o Veranópolis (3x1).

Em 2013 Romário voltou a receber oportunidades no campeonato gaúcho, contra Passo Fundo (1x1), Lajeadense (0x1), São José (0x0), Esportivo (2x0) e Juventude (4x1). A partida contra a equipe caxiense, em 14 de abril de 2013, na Arena Alvi-Azul, foi a sua última pelo Internacional.

Romário continuou atuando pelo time sub-23, no restante da temporada. Em 2014 Romário foi emprestado ao Náutico e ao Novo Hamburgo. Em seus retornos ao clube, atuava pelo time sub-23.

Em 2015 Romário foi atuar no Marítimo, de Portugal, começando uma carreira cigana, atuando por São Paulo RS (2017), Boa Esporte (2018), Metropolitano (2019), UMF Afturelding da Islândia (2019), Veranópolis (2020), Desportiva (2020) e Caçadorense (2021).

Seus números no Internacional:
8 partidas
3 vitórias
3 empates
2 derrotas
Campeão gaúcho em 2011, 2012 e 2013.


terça-feira, 21 de junho de 2022

Jogadores do passado: Pinga


Angelino Reinaldo Brum nasceu em Porto Alegre, em 21 de junho de 1930.

Zagueiro, recebeu o apelido de Pinga. Ele era o irmão mais novo de uma família de futebolistas. O mais velho, o goleiro Alegrete, foi campeão municipal pelo Americano, em 1928 e 1929. Juvenal, lateral-direito, defendeu o Força e Luz na década de 1930. O goleiro Aristeu jogou no Internacional em 1943. E o caçula Pinga começou nos juvenis do Internacional em 1948.

Em 1949 Pinga defendeu a equipe do 2º quadro, conquistando o título da categoria. Em 30 de dezembro de 1949 Pinga estreou na equipe principal, em um amistoso nos Eucaliptos, no qual o Internacional bateu o São José por 3x0. Pinga entrou no time durante a partida, substituindo o craque Nena.

No início da temporada de 1950 Pinga recebeu algumas oportunidades. Em 25 de fevereiro de 1950 Pinga começou a partida como titular, contra o Floriano, em amistoso disputado em Novo Hamburgo, sendo depois substituído por Oscar. No dia 12 de março, na Baixada, o Internacional perdeu por 2x1 para o Renner, pelo Torneio Triangular de Porto Alegre. Começando no banco, Pinga entrou no time substituindo Oscar.

Pouco depois dessas partidas, Pinga foi negociado. Provavelmente foi atuar no Guarany de Bagé. Em 1952 Pinga reapareceu em Porto Alegre, atuando pelo Nacional, onde jogaria até 1957, formando uma dupla de zaga eficiente com Ortunho, que depois faria história no Grêmio.

Pinga ainda atuaria no 14 de Julho de Passo Fundo e no Guarany de Alegrete. Em 14 de agosto de 1969 o zagueiro recebeu o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso em sua carreira. Um pouco antes, em 23 de abril de 1965, nasceu seu filho Jorge Luís, que herdaria seu apelido e teria grandes momentos defendendo o Internacional, entre eles o título da Copa do Brasil de 1992.

Pinga faleceu em Porto Alegre, em 9 de maio de 2009.

Seus números no Internacional:
3 partidas
1 vitória
1 empate
1 derrota
Campeão municipal de aspirantes em 1949

terça-feira, 14 de junho de 2022

Craques - Oreco


Valdemar Rodrigues Martins, o Oreco, nasceu em 13 de junho de 1932, em Santa Maria (RS).

Oreco começou a carreira na várzea santamariense, jogando no Ideal, em 1947 e 1948. No ano seguinte, atuou no Internacional de Santa Maria. Suas boas atuações pelo clube do interior chamaram a atenção do Colorado. No final da temporada de 1949 Oreco veio a Porto Alegre fazer testes no Internacional. Em 30 de dezembro de 1949, em um amistoso contra o São José, Oreco entrou no time no lugar de Vianna, tendo boa atuação na vitória colorada por 3x0. Aprovado no teste, foi contratado em 02 de janeiro de 1950. Tinha 1,70 m.

Logo que foi contratado, Oreco assumiu a titularidade da lateral-esquerda do Internacional. Em sua primeira competição do ano, o Torneio Triangular de Porto Alegre, o Renner sagrou-se campeão. Em 16 de abril de 1950, durante os amistosos de pré-temporada, o Internacional foi à Santa Maria, enfrentar o Coloradinho local. Antes da partida, Oreco foi homenageado por seus ex-clubes santamarienses, recebendo uma medalha de prata do Ideal e uma flâmula do Internacional. A bola da partida foi lançada no campo de para-quedas e o pontapé inicial foi dado pela miss Brasil Jussara Marques. Com a bola rolando, o Internacional venceu por 5x1.

Logo depois veio o Torneio Extra. O Internacional foi campeão ao derrotar o Grêmio por 1x0, em 27 de agosto de 1950, em jogo-extra. No campeonato municipal, o Internacional não foi bem no 1º turno, mas se recuperou e venceu o 2º turno, forçando uma decisão contra o Grêmio. Com Oreco em campo, o Internacional venceu os dois clássicos, em 27 de dezembro (4x3) e 30 de dezembro (1x0), conquistando o título. Jogador de grande resist^ncia, atuou em 41 das 45 partidas que o clube disputou no ano.

No dia 3 de janeiro de 1951, novo clássico Gr-Nal, pelo Torneio Cidade de Porto Alegre. O Internacional venceu o jogo0 por 3x0 e classificou-se para a final da competição, contra o Nacional. Mas antes dessa final, que seria disputada apenas em maio, veio a final do Gauchão, contra Floriano, Uruguaiana e Brasil. Com a vitória de 1x0 sobre o Brasil de Pelotas, em 17 de janeiro, o Colorado conquistou o título gaúcho de 1950. No início de março de 1951 o Internacional fez uma rápida excursão ao Uruguai, para disputar um torneio com Nacional e Peñarol, e no final do mês começou a disputa do Torneio Extra. Em meio a essa competição, em 3 de maio o Colorado bateu o Nacional por 2x1, na decisão do Torneio Cidade de Porto Alegre, conquistando o título e a posse definitiva do troféu, por tê-lo conquistado duas edições seguidas. Em junho o clube disputou o Torneio Triangular de Porto Alegre, com Grêmio e Botafogo. O título ficou com a equipe carioca.

O Torneio Extra, em 1951, teve dois turnos. Além do 1º turno normal, o 1º turno do campeonato municipal valeu como 2º turno do Torneio Extra. Ao empatar em 1x1 com o Grêmio, em 26 de agosto de 1951, o Colorado viu o Renner vencer o torneio. No início de setembro Oreco se lesionaria com gravidade, não jogando mais na temporada. Mesmo assim fez parte do grupo que conquistou o campeonato municipal, do qual disputou o 1º turno. Oreco também ficaria fora da equipe que conquistou o bicampeonato gaúcho. Mas até lesionar-se, Oreco havia disputado todas as 39 partidas do clube na temporada.

Oreco voltaria a jogar em 8 de fevereiro de 1952, um amistoso com o Grêmio que terminou 1x1. Em junho veio a disputa do Torneio Extra, vencido pelo Internacional, embora Oreco tenha ficado de fora da última partida, em 24 de agosto, vitória por 3x1 sobre o Nacional. Em julho começaria o Torneio Grandes do Sul, com Internacional, Pelotas, Grêmio e Floriano. Internacional e Floriano fizeram a final, vencida pelo clube de Novo Hamburgo. No campeonao municipal, com Oreco jogando de zagueiro, o Colorado conquistou o título em 7 de dezembro, ao bater o Grêmio por 5x1. Das 32 partidas da temporada, Oreco jogou 24.

No início de 1953 o Internacional conquistou o campeonato gaúcho de 1952, decidido em um quadrangular com Floriano, Brasil de Pelotas e 14 de Julho de Santana do Livramento. Em março veio a excursão a Salvador e o título do Torneio Régis Pacheco, contra Bahia, Vitória e Flamengo do Rio. No campeonato metropolitano, agora com a participação de Floriano (Novo Hamburgo) e Aimoré (São Leopoldo), o título veio em 1º de novembro de 1953, com a vitória de 2x0 sobre o Grêmio. No dia 12, na "Festa da Vitória", o Colorado bateu o Peñarol por 4x0, no amistoso de entrega de faixas. No campeonato gaúcho, em 20 de dezembro o Internacional bateu o Brasil de Pelotas por 3x2 e conquistou o título, em jogo que Oreco foi expulso. Oreco disputou todos os 48 jogos do Internacional na temporada.

Na temporada de 1954 o primeiro troféu veio com o Torneio Extra, vencendo o Grêmio por 4x0, em 25 de julho. Oreco marcou o segundo gol, cobrando pênalti. Em setembro o clube conquistou o Torneio Internacional de Inauguração do Estádio Olímpico, vencendo o Liverpool do Uruguai (4x0) e o Grêmio (6x2). No campeonato metropolitano o título ficou com o Renner. Das 43 partidas do Internacional na temporada, Oreco jogou 40.

Na temporada de 1955 o Internacional recuperou o título metropolitano, ao bater o Força e Luz por 5x2, em 20 de novembro. Em 18 de dezembro, ao vencer o Brasil de Pelotas por 3x2, o Colorado conquistou o título gaúcho. Das 47 partidas do clube na temporada, Oreco jogou 45.

Em 1956 Oreco desfalcou o Internacional até maio, defendendo a Seleção Brasileira formada por atletas gaúchos que conquistou o Campeonato Pan-Americano no México, e depois defendendo a Seleção Brasileira principal em uma excursão à Europa. Na volta, disputou o campeonato metropolitano. Na última partida do ano, em 16 de dezembro, o Internacional perdeu por 3x1 para o Renner, ficando em 3º lugar no campeonato. Se vencesse a partida, forçaria um jogo-extra com o Grêmio, que levou o título. Essa foi a última partida de Oreco pelo Internacional.

No início de 1957 Oreco foi negociado com o Corinthians. Com maior visibilidade no futebol paulista,chegou à Seleção Brasileira, sendo campeão mundial em 1958. Só não foi titular da Seleção pois tinha como rival Nílton Santos, considerado o maior lateral-esquerdo da história do futebol. Em 1962 estava cotado novamente para o Mundial, mas lesionou-se antes da competição, ficando de fora das convocações.

Oreco ficou no Corinthians até 1965. Na temporada de 1966 transferiu-se para o Millonarios da Colômbia, onde ficou até 1967. Nesse ano transferiu-se para o Toluca, sagrando-se campeão mexicano em 1967 e 1968. Em 1969 foi jogar no Dallas Tornado, dos Estados Unidos, vencendo o campeonato estadunidense em 1971. No final da temporada Oreco aposentou-se.

Oreco faleceu de infarto agudo do miocárdio, durante um jogo de veteranos em Ituverava, interior de São Paulo, em 3 de abril de 1985. Desde os 18 anos, no início de sua carreira no Internacional, Oreco já apresentava problemas cardíacos.

Seus números no Internacional:
262 partidas
169 vitórias
47 empates
46 derrotas
4 gols marcados
campeão gaúcho em 1950, 1951, 1953 e 1955 (1)
campeão municipal/metropolitano em 1950, 1951, 1952, 1953 e 1955
campeão do Torneio Extra em 1950, 1952 e 1954
campeão do Torneio Cidade de Porto Alegre em 1951
campeão do Torneio Régis Pacheco em 1953
campeão do Torneio de Inauguração do Olímpico em 1954

sábado, 11 de junho de 2022

Jogadores do passado - Luís Fernando Souza


Luís Fernando dos Santos Souza nasceu em 20 de junho de 1974, em Porto Alegre (RS).

O volante Luís Fernando (1,72 m) começou a carreira nas categorias de base do Internacional. No início de 1994 o técnico Antônio Lopes o colocou a treinar com os profissionais. Como o clube já contava com um Luís Fernando, os dois receberam seus sobrenomes na identificação: Gomes e Souza. No dia 27 de março de 1994 o Internacional enfrentava o Bagé, no Beira-Rio, pelo campeonato gaúcho. Luís Fernando Souza saiu do banco de reservas para substituir Caíco, na vitória colorada por 1x0. No dia 3 de abril, contra o Juventude, Luís Fernando Souza começou a partida como titular, no empate em 0x0.

Luís Fernando Souza ainda atuava mais pelo Rolinho, como em 1º de maio de 1994, quando a equipe B colorada enfrentou o Ases, de Panambi, vencendo por 10x1, e Luís Fernando Souza marcou um dos gols. Em julho e agosto de 1994 o volante atuou em seis partidas consecutivas do time principal pelo campeonato gaúcho. Nos meses seguintes, seja como titular, seja saindo do banco de reservas, Luís Fernando Souza atuou em várias partidas dos campeonatos gaúcho e brasileiro. Em 14 de setembro o Internacional bateu o Pelotas por 2x0 e Luís Fernando Souza marcou seu único gol pelo clube. Ele foi titular no dia 13 de dezembro de 1994, quando o Internacional venceu o Veranópolis por 1x0, no Beira-Rio e conquistou o título gaúcho. Também foi titular em 17 de dezembro, quando o Internacional venceu o Grêmio por 4x1, no Olímpico.

Na temporada de 1995, Luís Fernando Souza começou o ano fora das opções imediatas do técnico Cláudio Duarte. Ele voltaria a atuar, após o Gre-Nal de 1994, somente em 22 de abril de 1995, contra o Brasil de Pelotas. O Internacional enviou a campo uma equipe reserva, poupando os titulares para a Copa do Brasil. A partida, disputada no Beira-Rio, terminou 0x0. A partir desse jogo, até junho, Luís Fernando Souza jogou várias partidas. Mas no segundo semestre ele não jogaria nenhuma partida.

Luís Fernando Souza voltaria a atuar em 21 de janeiro de 1996, no amistoso com o Universidad de Chile, que terminou empatado em 2x2. Novamente o atleta atuou em várias partidas do campeonato gaúcho e da Copa do Brasil. Mas em 16 de junho de 1996, na vitória por 4x1 sobre o Brasil de Pelotas, no Beira-Rio, Luís Fernando Souza atuou pela última vez pela equipe principal colorada.

Luís Fernando Souza atuou em 1997 no 15 de Novembro. No ano seguinte começou a temporada no Passo Fundo, transferindo-se a seguir para o Avaí, onde foi campeão brasileiro da Série C em 1998. Luís Fernando Souza ficaria no Avaí até 2000. A seguir jogou no Esportivo (2001), Novo Hamburgo (2002), América RN (2002), São Gabriel (2003), América RN (2004), Botafogo PB (2005), Ulbra (2006), Marcílio Dias (2007) e Guarany de Bagé (2007/2008), onde encerrou a carreira.

Em 2019 Luís Fernando Souza foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso. Em 2021 um grupo de amigos, incluindo vários ex-colegas do Internacional, organizaram uma vaquinha virtual para ajudar a custear as despesas com o tratamento. Em 2022 seu quadro de saúde piorou e ele passou várias semanas internado no Hospital de Viamão, onde residia. Em 10 de junho de 2022 Luís Fernando Souza faleceu por falência múltipla dos órgãos.

Seus números no Internacional:
62 partidas
29 vitórias
19 empates
14 derrotas
1 gol marcado
campeão gaúcho em 1994

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Jogadores do passado - Bitu

Imagem restaurada e colorizada por Luiz Gustavo Leal Quirim

Ricardo Malater Kluwe nasceu em 9 de junho de 1895, em Porto Alegre. (1)

Primo de Carlos Kluwe, acompanhou seus passos na carreira esportiva. No início de 1914, quando seu mano já era ídolo no Internacional, Bitú começava sua carreira, atuando como lateral-direito. Na apresentação do elenco colorado, em 5 de abril de 1914, Bitú (como ficaria conhecido no meio esportivo) estava relacionado no 2º quadro. Mas em 19 de abril de 1914, na primeira partida do Internacional na temporada, Bitú já era o dono da posição na equipe titular. Nessa data, na Chácara dos Eucaliptos, o Internacional venceu o Colombo por 6x0, em amistoso. No jogo seguinte, dia 26 de abril, novo amistoso com o Colombo. Na vitória por 2x1 Bitú marcou seu primeiro gol pelo Colorado.

Em agosto de 1914 o Internacional realizou uma excursão pelo interior do estado, e Bitú foi junto, atuando em todas as cinco partidas. Contra o Combinado Gymnasial-14 de Julho, de Bagé, ele marcou um gol na vitória por 2x1. De volta a Porto Alegre, Bitú voltaria a marcar na vitória por 10x2 sobre o Cruzeiro, em 20 de setembro. A temporada de 1914 terminava com a conquista do título municipal.

Em 1915 Bitú continuava soberano na lateral-direita, sendo várias vezes relacionado pela imprensa como um dos melhores em campo. Em julho de 1915, nova excursão ao interior do estado, para quatro partidas. Na volta à capital, além da conquista do título municipal, Bitú ainda participou de um momento histórico, a primeira vitória colorada em clássico Gre-Nal. O futebol da capital estivera dividido em duas ligas nas temporadas de 1914 e 1915. Após o fim dos campeonatos de 1915, as duas ligas chegaram a um acordo de fusão. Marcando a unificação do futebol da cidade, em 31 de outubro de 1915 ocorreu um clássico amistoso, vencido pelo Internacional por 4x1. Outra novidade: a partir de agosto de 1915, com seu primo Carlos Kluwe preparando-se para encerrar a carreira e atuando em poucas partidas, Bitú tornou-se capitão da equipe, o que também lhe dava a condição de técnico.

Se na temporada de 1915 Bitú não marcou gols, em 1916, logo no primeiro jogo ele deixou sua marca, na vitória de 5x0 sobre o Americano. E Bitú fez logo dois gols. Mas foram seus únicos gols na temporada. Na conquista do título municipal, Bitú participou de momentos históricos, como o Gre-Nal de 30 de julho de 1916, vencido pelo Colorado por 6x1, com seis gols do ponteiro-esquerdo Vares. No segundo turno, com grande atuação de Bitú, o Colorado venceu novamente o clássico, por 3x2.

Na temporada de 1917 Bitú participou apenas de três jogos, no início da temporada, marcando um gol no São José (seu último gol pelo Colorado). Pouco depois brigou com alguns dirigentes e foi afastado do time.

Em 11 de abril de 1918, realizou-se uma reunião da direção do clube com os jogadores, para deliberar se aceitavam a volta de Bitú, que se declarava arrependido. Com ressalvas ao seu comportamento anterior, jogadores e dirigentes con concordaram com sua volta. No primeiro turno participou da vitória colorada por 5x3 sobre o Grêmio. No segundo turno participaria do trágico "Gre-Nal de Sangue", no qual o atacante colorado Ribas foi esfaqueado por um torcedor gremista. O jogo não terminou e mais tarde o Grêmio entregou os pontos da partida. A despedida de Bitú do Internacional ocorreu em 13 de outubro de 1918, na vitória por 5x0 sobre o Taquarense, em amistoso na Chácara dos Eucaliptos.

Em 1919 Bitú não atuou pelo Internacional, pois foi morar no Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1919 os jornais cariocas "A Época" e "O Paiz" chegaram a anunciar que Bitú jogaria pelo Botafogo. Mas Bitú acabaria ingressando no Flamengo, onde disputou apenas uma partida, em 6 de abril de 1919. Um pouco antes, no dia 8 de março, Bitú havia participado de um amistoso entre atletas gaúchos que moravam no Rio de Janeiro e o Flamengo. Os rubro-negros venceram por 6x4, mas Bitú foi um dos melhores jogadores da partida. Em novembro de 1919 Bitú continuava vinculado ao Flamengo. Em dezembro, visitando Porto Alegre, Bitú atuou como árbitro em um amistoso entre o Porto Alegre e o Nacional de São Leopoldo. Mas no início de 1920 Bitú voltaria a morar em Porto Alegre e a defender o Internacional.

A estreia de Bitú no Internacional, em 1920, ocorreu no dia 2 de maio, no clássico Gre-Nal do primeiro turno. A partida teve uma arbitragem polêmica de Paulo Grauberger e não terminou, precisando ter seu tempo restante disputado em 9 de maio. O Grêmio venceu por 4x1 e Bitú foi suspenso por 30 dias por ofensas ao árbitro. No boletim da partida o juiz declarou: "o player Ricardo Kluwe (Bitú) procurou desrespeitar-me durante o match". (2) No dia 30 de maio, porém, ele já estava em campo, em um amistoso. Bitú jogou apenas até agosto, voltando ao time somente em abril de 1921. Mesmo assim, atuou em várias partidas do título de 1920.

Na temporada de 1921 Bitú jogou de abril a junho, quando mudou-se para Cachoeira do Sul, indo atuar pelo Guarany local. Em 22 de outubro de 1921 Bitú mudou-se para Caxias do Sul, onde morava seu primo Carlos Kluwe, indo jogar no Juvenil. Seu irmão Nenito Kluwe o acompanhou na transferência. Em novembro Carlos Kluwe foi eleito diretor de campo (técnico) do Juvenil.

Em setembro de 1922 Bitú aparece relacionado para a partida de segundos quadros contra o Americano. Mas na equipe principal ele só reapareceu em 20 de maio de 1923, na vitória por 4x3 sobre o Americano. Com Ribeiro tomando conta da lateral-direita, Bitú atuou de centromédio, no lugar de Lampinha. Bitú substituiria Lampinha em vários amistosos e em algumas partidas do campeonato.

Na temporada de 1924, novamente Bitú jogou várias partidas como centromédio, inclusive no Gre-Nal do 2º turno, em 12 de outubro, quando o Colorado venceu por 2x1. Em 1925 Bitú jogaria apenas duas partidas. Sua despedida ocorreu em 5 de abril de 1925, na vitória por 1x0 sobre o Cruzeiro, pelo campeonato municipal. A partir do jogo seguinte Bitú continuaria apenas como técnico. Bitú comandaria a equipe até o final da temporada.

Bitú reaparece na história colorada em 25 de fevereiro de 1942, quando um grupo de ex-atletas colorados organizou um jantar em sua homenagem em um restaurante no Rio de Janeiro. Mais tarde, em 1945, residindo em Lavras do Sul, Bitú novamente seguiu os passos do primo Carlos Kluwe, ingressando na política e fazendo parte do diretório municipal do Partido Social Democrático (PSD), na condição de vice-presidente. 

Seus números no Internacional:
103 partidas
79 vitórias
10 empates
14 derrotas
6 gols
campeão municipal em 1914, 1915, 1916, 1917 e 1920

(1) No livro "Consagrado no gramado: a história dos 110 anos do futebol do Flamengo", de Roberto Assaf, é apontado como data de nascimento de Bitu o dia 25/06/1894, em Bagé. Outras fontes apontam a data de 09/06/1894, em Lavras do Sul. Os dados referentes a data e local de nascimento aqui citados são da certidão datada de 10/06/1895. Material gentimente cedido por Roberto Gilnei Jr.
(2) A Federação, 6 de maio de 1920, página 5.