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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Valeu, Zumbi!


20 de novembro de 1695

Ferido e traído por um de seus companheiros, Zumbi foi morto. Se os senhores de escravos assassinavam um líder na luta contra a escravidão, ao mesmo tempo criavam um mito que representaria a luta contra a escravidão e mais ainda, contra o preconceito e o racismo, pós abolição.

Valeu Zumbi!
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi valeu!
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e maracatu
Vem menininha pra dançar o caxambu (bis)
Ôô, ôô, Nega Mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ôô, ôô Clementina
O pagode é o partido popular
sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa Constituição (bis)
Que magia
Reza, ajeum e orixás
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos
seus rituais
Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua (bis)
Nossa sede é nossa sede
e que o "apartheid" se destrua



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Exposição de taças em 1913

Há cem anos, em novembro de 1913, o Internacional colocou em exposição as sete taças que já havia conquistado (sem contar o primeiro troféu, obtido em um jogo interno):



  • Taça do Centenário de Pelotas, conquistada em 09.07.1912, ao vencer o União (Pelotas) por 2x0;
  • Taça conquistada no amistoso contra o Guarany de Bagé, em 07.09.1913, ao vencer por 2x0. O troféu foi oferecido pelo adversário;
  • Taça de prata, estilo renascença, oferecida por Azevedo, Hermínio & Cia, agentes no Rio Grande do Sul da Fernet Branca, ao vencedor do amistoso entre Internacional e Rio Branco (Pelotas), realizado em 21.09.1913 (o Internacional venceu por 3x2);
  • Estatueta “A Glória”, oferecida pelo intendente municipal José Montaury de Aguiar Leitão para o vencedor da mesma partida contra o Rio Branco;
  • Taça 12 de Abril, do campeonato municipal de 2º quadro. Com a conquista do 2º título (1912 e 1913), o Colorado ficou com a posse definitiva do troféu;
  • Taça de campeão municipal de 1913;
  • Taça oferecida por Manoel Luiz Ozório, influente membro do Internacional que mudou-se para os Estados Unidos, em homenagem aos sucessos do clube no ano.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Massacre de Porongos


14 de novembro de 1844

A "Revolução" Farroupilha agoniza, e seus principais líderes já negociam com o governo imperial o fim da revolta. Mas há um entrave, o destino dos lanceiros negros do exército farroupilha. Os líderes farroupilhas haviam prometido a liberdade aos escravos que se alistaram no exército, mas os imperiais exigiam o retorno dos mesmos à escravidão.

Os farroupilhas não eram abolicionistas. A constituição farroupilha, que regeria a vida do novo país, manteve a escravidão. A formação de unidades de lanceiros negros deveu-se exclusivamente à necessidades militares. Para livrar-se do "peso" dos soldados negros, Davi Canabarro, de forma covarde, traiu os lanceiros. Ao acampar próximo ao Arroio Porongos, na região do atual município de Pinheiro Machado, Canabarro mandou desarmar os lanceiros negros, com o argumento de que eles estavam agitados com os boatos de que seriam novamente escravizados. Os acampamentos eram distintos, para soldados brancos e negros. E apesar de ser avisado da presença de tropas inimigas próximas ao acampamento, Canabarro não tomou nenhuma providência para a defesa.

O ataque imperial tomou os lanceiros de surpresa, e desarmados. Mesmo assim tentaram resistir, enquanto Canabarro e seus oficiais fugiam. Os farroupilhas rapidamente foram massacrados. Dos 100 mortos farroupilhas, 80 eram de lanceiros negros. Canabarro havia livrado os líderes farroupilhas dos lanceiros negros, e poucos meses depois foi assinada a Paz de Ponche Verde. Verde manchado com o sangue vermelho dos lanceiros traídos.

"Sólo le pido a Dios
Que el engaño no me sea indiferente.
Si un traidor puede más que unos cuantos
Que esos cuantos no lo olviden fácilmente"

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Saudações, Oh Gigante


Há alguns anos, uma colorada paranaense pediu que eu fizesse um texto para ela homenagear seu pai, que saiu cedo do Rio Grande do Sul, nunca foi ao Beira-Rio, mas manteve firme seu coloradismo, convertendo toda a família que formou no Paraná à religião alvi-rubra. Em tempos de reforma do Beira-Rio, em que certamente todos os colorados se sentem meio órfãos, com a falta da sua casa, achei interessante postar o texto, que fala um pouco desse sentimento.

Saudações, Oh Gigante:

Durante muito tempo, eu esperei este momento!

Por vários anos, meu sentimento era muito mais fé que certeza. Eu acreditava na sua existência, sem poder vê-lo. Mas jamais duvidei de sua imponência.

Na infância mais tenra, um radinho de pilha cheio de estática, enfiado embaixo das cobertas, em uma noite fria de inverno, ou sentado no quintal, em uma quente tarde de verão, eu acompanhei as peripécias dos 11 guerreiros que defendiam tua casa, e invejei, salutarmente, a sorte dos milhares de assistentes destas aventuras.

Em momentos de maior felicidade, podia ver os heróis rubros baterem-se pela TV, fosse no Gigante, ou em expedições guerreiras por territórios inimigos. Me agradava muito quando invadíamos o território dos maldosos gremistas, nossos arqui-inimigos, e trazíamos seu escalpo para pregar na entrada da nossa casa. Digo nós, por que me sentia presente em alma e pensamento, apesar da distância física.

As vezes me sentia diminuído, quando ouvia exortações do tipo: “lugar de colorado é no Beira-Rio!” Gostaria muito de estar lá, vibrar com o time, festejar com a torcida, mas tudo parecia ocorrer em outro planeta. Mas eu sei que o coração de um gigante é imenso, e alcança os sentimentos de afeto pelo clube, por mais distantes que estejam.

Se há o lado negativo desta distância, não poder compartilhar o dia a dia do clube, há o lado positivo, fantasioso, da paixão pelo futebol. Os jogadores deixam de ser seres humanos, para tornarem-se semi-deuses. Suas jogadas, mais do simples lances de uma partida, passam a simbolizar a eterna luta do bem contra o mal. Os estádios tornam-se templos sagrados de uma misteriosa religião, onde apenas os eleitos têm acesso. E o radinho tem a força mágica de transformar qualquer jogador em um craque, os lances favoráveis ao adversário em falhas do juiz, e todo gol colorado em uma pintura.

As vezes pensava: quando ele vier jogar aqui, eu irei assistir a partida. Mas para meu azar, minha cidade fica fora da rota dos grandes acontecimentos esportivos. Posso apenas torcer para que venha jogar alguns quilômetros mais perto do que no Templo Sagrado.

Mas hoje estou aqui: olhando a imponência do Gigante da Beira-Rio! Não importa que não tenha jogo. Respirar o ar que alimentou o fôlego de Falcão, Figueroa, Valdomiro e Fernandão, já me basta. Posso imaginar a torcida descendo pelas rampas, gritando “É Campeão”. Nunca fiz isso presencialmente, mas foram muitas as conquistas em que estive aqui em espírito. Agora posso me orgulhar. O que sinto, os assíduos freqüentadores do estádio não sentem. Não se emocionam com cada detalhe, um escudo do clube aqui, uma foto de um ídolo ali, um pedaço de ingresso lá adiante. Aquilo que é cotidiano para alguns, é mágico para mim. Não precisava estar aqui, para acreditar em sua existência, mas estar aqui renovou minhas energias, para continuar torcendo à distância.

Mas o que mais me alegra, é saber que não precisaria estar aqui, não preciso conhecer Porto Alegre, sequer ser gaúcho, ou mesmo brasileiro, para poder venerar este clube, e ser reconhecido como um verdadeiro colorado, pois este clube é INTERNACIONAL!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O primeiro título colorado

Em 1910 foi fundada a Liga de Foot-Ball Porto-Alegrense, que passou a organizar o campeonato municipal, na categoria de 1ºs quadros (time principal) e 2ºs quadros (reservas).

O torneio de 2ºs quadros recebeu o nome de Taça 12 de Abril, em homenagem à data de fundação da liga.

O Militar venceu a 1ª edição do torneio, em 1910. No ano seguinte, o Grêmio sagrou-se campeão. O regulamento previa que o clube que vencesse duas vezes consecutivas o campeonato, ficaria com a posse definitiva da taça. O Grêmio poderia alcançar esse feito em 1912. Poderia.

Os jogos do campeonato de 2ºs quadros eram disputados na preliminar dos times principais. O Internacional estreou em 05.05.1912, batendo o Nacional por 5x1. O adversário seguinte foi o Fussball, em 02.06.1912. Nova vitória colorada: 6x4. O terceiro jogo era o Gre-Nal, na Baixada. foi uma partida difícil, que terminou empatada em 3x3. Encerrando o turno, o Internacional bateu o 7 de Setembro por 1x0. A dupla Gre-Nal terminava o turno empatada na liderança.

Em 1912 pela primeira vez o campeonato seria disputado em dois turnos. Na abertura do returno, nova vitória colorada, 5x0 sobre o Nacional. A partida seguinte, contra o Fussball, não ocorreu pois o adversário entregou os pontos. No Gre-Nal, outro empate: 1x1. Em seguida, outra vitória por WO, sobre o 7 de Setembro.

Com a dupla Gre-Nal ainda empatada em pontos, foi necessário marcar um jogo-desempate, em 29.09.1912. Como os outros dois Gre-Nais, este clássico seria disputado na Baixada. Logo que a bola começou a rolar, Fabrício abriu o marcador para o Internacional, 1x0. Ainda na 1ª etapa, aos 32', Correia empatou para o Grêmio. Mas antes que finalizasse o 1º tempo, Silla colocou o Internacional em vantagem mais uma vez. No início do 2º tempo, Juan ampliou para 3x1. Aos 17', Silla fez 4x1. Juan marcou seu 2º fol, aos 10' (5x1), e Simão fechou o massacre aos 35': Internacional 6x1 Grêmio.

No ano seguinte o Internacional conquistaria novamente o campeonato de 2ºs quadros, ficando com a posse definitiva da Taça 12 de Abril.

sábado, 2 de novembro de 2013

Dia de Finados

Homenagem aos ex-atletas colorados que já faleceram

Como seria impossível lembrar todos, vou citar os falecidos nos últimos dez anos (e certamente vou esquecer alguns). Se alguém lembrar de mais algum, que ficou fora da lista, pode acrescentar nos comentários.

Didi (Orandir Portassi Lucas) 01.01.2005
Atacante, surgiu no Guarany de Bagé, em 1963. Jogou no Internacional de 1967 a 1971. Depois atuou no Atlético PR e no futebol mexicano e norte-americano. Também era conhecido como Didi Pedalada. Faleceu devido a uma parada cardíaca, causada por complicações no fígado e diabetes.

Laércio (Laércio Luís Souza da Silva) 26.02.2005
Lateral-esquerdo revelado pelas categorias de base do clube, jogou no Colorado de 1985 a 1988. Depois, rodou por várias equipes do interior. Faleceu em campo, jogando pela equipe de veteranos do Internacional, na cidade de Casca.

Odorico (Odorico Araújo Goulart) 22.08.2005
Centromédio do grande time dos anos 1950, começou a carreira na várzea, atuando no Juventude (mesmo time que revelou Tesourinha). Jogou no Internacional de 1950 a 1957, quando foi vendido para a Portuguesa de Desportos.

Ávila (Oswaldo Ávila) 22.08.2006
Centromédio titular do Rolo Compressor. Chegou ao Internacional em 1941, quase inutilizado para o futebol, pela sífilis. Após rigoroso tratamento, voltou a jogar muito. fazia passes precisos a 40 metros de distância, e marcava com força e lealdade. Pelo temor que inspirava nos adversários, recebeu o apelido de "King Kong". Assíduo frequentador dos cabarés porto-alegrenses, foi negociado com o Botafogo em 1947, radicando-se no Rio de Janeiro.

Paulinho de Almeida (Paulo de Almeida Ribeiro) 10.06.2007
Um dos maiores laterais-direito da história colorada, se não o maior. Chegou a ser aconselhado a largar o futebol, quando jogador da base, por problema de miopia. Mas seguiu jogando, e muito. No Internacional atuou de 1951 a 1954, sendo o capitão do time. Negociado com o Vasco, também tornou-se um dos melhores da posição, na história do clube da Cruz de Malta. Dono de excelente domínio de bola e técnica refinada, mesmo assim preferia atuar na marcação, arriscando-se pouco no apoio.

Sérgio (Sérgio Moacir Torres Nunes) 24.06.2007
Considerado um dos grandes goleiros do futebol gaúcho, era conhecido pelo apelido "A Majestade do Arco". Jogou no clube em 1957 e 1958, mas suas duas maiores passagens relacionadas ao Colorado foram vestindo a camisa rival: Sérgio foi o goleiro gremista na derrota do Tricolor por 7x0, na maior goleada em Gre-Nal profissional, e também na derrota de 6x2, no Festival de Inauguração do Olímpico.

Joaquinzinho (Joaquim Gilberto da Silva) 20.07.2007
Meia revelado pelo Brasil de Pelotas, em 1957 o Santos chegou a oferecer Pelé em troca, mas a direção Xavante não aceitou. Joaquinzinho acabou no Internacional, onde jogou de 1957 a 1959. Depois, atuou no Fluminense e Corinthians, antes de voltar a Pelotas.

Bodinho (Nilton Coelho da Costa) 22.09.2007
Atacante e meia, destacava-se pelas cabeçadas mortais e pelos chutes de virada. Formou, ao lado de Larry, uma dupla que infernizou as defesas adversárias com suas tabelinhas. É um dos maiores artilheiros da história do Internacional, onde jogou de 1952 a 1959.

Scala (Luís Carlos Scala Loureiro) 10.10.2007
Zagueiro revelado na cidade de Rio Grande, chegou ao Internacional em 1964. Possuía boa técnica, que o levou à Seleção de João Saldanha, em 1969. A troca de técnico e uma lesão o tiraram da Copa do Mundo do México. Ainda em 1970 foi negociado com o Botafogo, e encerrou a carreira no América de Natal, onde radicou-se.

Rubiano (Cícero Rubiano Grandicrack Oliveira Melo) 03.11.2007
Foi contratado em 2002, ano em que o Colorado trouxe do CSA três jogadores: Rubiano, Geninho e Cleiton Xavier. Jogou apenas 4 amistosos pelo Internacional. Faleceu em um acidente de moto, na volta de uma festa, quando jogava pelo Coruripe.

Pedro Basílio (Pedro Basílio Filho) 21.11.2007
Zagueiro e lateral-direito cearense, atuou no clube em 1972, jogando algumas partidas. Depois voltou ao futebol cearense, sendo considerado até hoje um dos maiores zagueiros da história do Fortaleza. No final da vida enfrentou problemas de alcoolismo, e espera um transplante de fígado, quando faleceu.

Abigail (Abigail Conceição de Souza) 27.12.2007
Lateral-esquerdo do Rolo Compressor, chegou ao Internacional em 1942, vindo do Força e Luz. Era chamado de "campeão da regularidade", por jogar sempre com disposição, correndo o tempo todo, sem cansar. Em 1950 foi negociado com o Nacional de Porto Alegre. Em 2006 foi "redescoberto", vivendo quase na miséria, em um casebre na Vila Farrapos, e sofrendo as sequelas de uma isquemia cerebral ocorrida em 2001, que afetava sua memória recente. Recebeu auxílio do clube e de um grupo de torcedores que se organizou através do orkut. Antes do fim da vida ainda voltou a ver seu amado clube jogar, no Beira-Rio.

Edmílson (Edmílson Silva Araújo) 09.07.2008
Meia potiguar, foi campeão carioca pelo Fluminense, em 1959. Jogou no Internacional de 1963 a 1965. Faleceu de câncer, no Rio de Janeiro.

Irajá (Irajá Machado Carvalho) 01.05.2009
Ponteiro-esquerdo revelado pelo Juventude, jogou no Internacional em 1957 e 1958, encerrando a carreira no Flamengo de Caxias do Sul. Apaixonado pelo Internacional, foi velado e enterrado com a bandeira colorada.

Carlos Castro (Antero Carlos Munhos de Castro) 31.12.2009
Ponteiro-direito revelado pelas categorias de base do clube, jogou no Internacional de 1965 a 1968, quando foi negociado com o Newell's Old Boys. Encerrou a carreira no Grêmio Maringá, em 1973. Faleceu devido a problemas pós-operatórios, após um transplante de medula.

Gasperin (Luís Carlos Gasperin) 26.01.2010
Goleiro que atuou no Esportivo, Grêmio e Juventude, antes de chegar ao Internacional. Jogou no Colorado de 1976 a 1981, sendo titular na campanha do vice-campeonato da Libertadores, em 1980.

Verardi (Heitor Verardi) 23.04.2010
Meia contratado ao Independente de Passo Fundo, jogou no Internacional de 1955 a 1960. Era irmão de Waldemar Verardi, que jogou no Grêmio também usando o sobrenome como identificação.

Nena (Olavo Rodrigues Barbosa) 16.11.2010
Compõe, ao lado de Figueroa, a dupla de zaga da seleção colorada de todos os tempos. Jogou no clube de 1941 a 1950, sendo convocado para a Copa do Mundo de 1950. Conhecido como "Cabeça de Aço", suas cabeçadas na defesa normalmente davam origem a perigosos contra-ataques. Também é ídolo na Portuguesa, onde jogou de 1951 a 1958, na melhor equipe da história da Lusa.

Chinesinho (Sydnei Colona Cunha) 16.04.2011
Revelado pelo Rio Grande, jogou no Internacional de 1955 a 1958. Jogador extremamente habilidoso, foi ídolo no Internacional, no Palmeiras e na Itália, onde atuou em vários clubes, incluindo a poderosa Juventus.

Escurinho (Luís Carlos Machado) 27.09.2011
O maior talismã que o clube já teve, costumava entrar durante partidas difíceis e marcar gols salvadores. Destacava-se como excelente cabeceador. Jogou no Internacional de 1970 a 1977.

Calvet (Carlos Donazar Calvet) 31.12.2011
Atacante habilidoso e dono de um chute poderoso, teve uma passagem discreta no Internacional, em 1948, pois atuava na mesma posição de Tesourinha. Era irmão do Calvet que jogou no Grêmio e no Santos.

Solis (Solis Pacheco Ximenes) 24.04.2012
Ponteiro-direito gaúcho, veio para o Internacional como parte do pagamento de Tesourinha, pelo Vasco da Gama. Jogou no Internacional de 1950 a 1954, saindo-se bem da difícil tarefa de substituir o craque colorado.

Louzada (Augusto Louzada da Cunha) 15.05.2012
Atacante que atuou no Cruzeiro e no Floriano, jogou no Internacional em 1950. Faleceu vítima de câncer.

Milton (Milton Ramos Vergara) 27.10.2012
Um dos maiores goleiros da história do clube, atuou no Colorado de 1952 a 1956. Faleceu vítima de câncer de pulmão.

Cuca (Gabriel Porto) 24.07.2013
Ponteiro-direito, atuou no Internacional em 1969. Faleceu em decorrência de um AVC.
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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Gre-Nal dos 11x0



01.11.1938

Há exatos 75 anos, o Internacional entrava no gramado da Timbaúva para enfrentar seu rival histórico, em uma partida válida pela Taça Martel.

Essa taça, instituída pelas Lojas Martel, foi disputada pela dupla Gre-Nal em 1936, 1937 e 1938. A Taça Martel foi instituída em 1930, para ser disputada pela dupla Gre-Nal em 6 amistosos, dois por ano. A primeira tentativa de realizar um Gre-Nal pela Taça Martel foi em 1932, mas somente em 1936 foi realizado o primeiro clássico por esse troféu.

Pois esse confronto de 1938 era o 4º Gre-Nal válido pela Taça Martel (e último disputado por essa taça), e 55º Gre-Nal da história. O Grêmio havia sido campeão municipal em 1937, e caminhava firme para o bi em 1938. Na Taça Martel, havia vencido um dos clássicos, e ou outros dois haviam terminado empatados. O último Gre-Nal, pelo campeonato municipal, havia sido vencido pelo Tricolor, por 4x3, um mês antes. Depois do Gre-Nal, o Colorado havia jogado apenas um amistoso, com o Esportivo, que terminou empatado em 4x4. O resultado foi considerado uma vitória pelo Esportivo, cuja torcida invadiu o campo para comemorar com os jogadores. Era nessa situação que o Colorado chegava para o clássico.

Mas com a bola rolando, tudo mudou. Logo aos 8', Acácio abriu o marcador. Aos 17', o craque Sylvio Pirillo fez 2x0. Pouco depois, Filhinho marcou o 3º, mas o juiz Álvaro Silveira anulou, alegando impedimento. Ainda no 1º tempo, Sylvio Pirillo marcou outro gol, novamente anulado, sob alegação de toque de mão. Não perca a conta: o 1º tempo terminou com 2x0 no placar e mais dois gols anulados.

Na 2ª etapa o Internacional volta arrasador. Aos 11', Acácio faz 3x0. Aos 29', Filhinho marca 4x0. Aos 35', Acácio, o nome do jogo, faz seu 3º gol: 5x0. Aí o juizão volta a aplicar... Miguel faz mais um gol, e o juiz anula, por impedimento. Acácio marca o que seria seu 4º gol, também anulado sob alegação de impedimento. Aos 43', Miguel faz mais um gol: 6x0. E ainda teve tempo para mais um gol colorado, anulado sob alegação de toque de mão. Final de jogo: Internacional 6x0, e tendo 5 gols anulados. Segundo a lenda do futebol, o juiz teria justificado as anulações, para um dirigente colorado, dizendo que era muito gol para um clássico.

O jornal Diário de Notícias criticou a atuação do árbitro, dizendo que pelo menos dois dos gols anulados por impedimento foram marcados em condição legal.

Escalações
IN: Júlio; Vianna e Risada; Brandão, Silenzi e Levi; Acácio, Castillo (Rui), Sylvio Pirillo, Miguel e Filhinho
GR: Edmundo; Ari Delgado e Luiz Luz; Jorge, Noronha e Russo; Mesquita, Vanário, Luiz Carvalho, Foguinho e Casaca