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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Força, Chape!

Nada acontece por acaso. Grandes tragédias ocorrem para “sacudir” o entulho de egoísmo e insensibilidade que soterra a humanidade. A dor leva à reflexão e a mudanças no comportamento e no pensar.

O acidente com a avião que levava a delegação da Chapecoense gerou uma onda de solidariedade mundo afora que supera em muito o que alguém poderia imaginar, antes da tragédia. A imprensa mostrou as demonstrações de solidariedade de grande clube e atletas famosos na Europa, mas certamente isso se repetiu em cada rincão do planeta, não importando se clube grande ou pequeno, atleta profissional ou amador. Em quantos campinhos de terra pelo interior do Brasil, nesse final de semana, em torneios de várzea ou simplesmente amistosos, não foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia?

Quem viu as imagens de ontem à noite, na Arena Índio Condá e no Atanásio Girardot, certamente notou a grande onda de emoção e solidariedade. Principalmente em Medellín,onde o estádio lotou e ainda ficaram milhares de torcedores fora, para solidarizarem-se e homenagearem um clube de outro país. A tão sofrida Colômbia viu reunirem-se milhares de pessoas, das mais diferentes etnias, condições sociais, convicções políticas e crenças religiosas, em torno de um sentimento comum, todos reconhecendo-se como iguais, como seres humano solidários com a dor de irmãos desconhecidos, mas igualmente humanos.

E essa união se repetiu no Brasil, na Europa, na Ásia, na África, na Oceania e em cada ponto do planeta onde a notícia chegou. Mesmo que algumas das manifestações de solidariedade possam ter sido apenas protocolares, na sua imensa maioria foram sinceras. E mesmo que muitos desses corações solidários hoje voltem a endurecer-se nos conflitos e rivalidades do dia-a-dia (e eu me incluo entre eles), uma semente de solidariedade e respeito ao próximo ficou plantada e vai brotar, mais cedo ou mais tarde.

Um dia, talvez ainda longe (mas trabalhemos para que fique o mais perto possível), esse sentimento de solidariedade e fraternidade, em que nos reconheçamos como irmãos e como iguais, vai ser natural, sem necessitar de grandes tragédias para aflorar.


Força, Chape!

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