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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Os Grandes Esquadrões da Placar (1970/2005)


Nos 35 anos da revista Placar, em 2005, ocorreram várias edições especiais. Em uma delas, um colégio eleitoral de 35 pessoas ligadas ao futebol escolheu os melhores times da história da revista (1970/2005).

Cada eleitor escolheu 10 times, por ordem de importância, que receberam a seguinte pontuação:
1º 20 pontos
2º 15 pontos
3º 12 pontos
4º 9 pontos
5º 7 pontos
6º 5 pontos
7º 4 pontos
8º 3 pontos
9º 2 pontos
10º 1 ponto

O Internacional teve duas equipes citadas pelos eleitores: o time de 1975/1976 e o de 1979/1980. Nosso maior rival foi lembrado pelo time de 1983 e de 1995/1996. No total, 35 equipes foram lembradas. Os 15 times mais votados foram:

1º Flamengo 1980/1983 - 559
2º São Paulo 1991/1993 - 369
3º Internacional 1975/1976 - 344
4º Palmeiras 1993/1994 - 168
5º Corinthians 1998/2000 - 156
6º Palmeiras 1996 - 143
7º Cruzeiro 1975/1976 - 134
8º Santos 2002/2004 - 119
9º Palmeiras 1972/1974 - 102
10º Grêmio 1983 - 74
11º Santos 1970 - 69
12º Fluminense 1975/1976 - 68
13º Vasco da Gama 1997/1998 - 56
14º Internacional 1979/1980 - 43
15º São Paulo 1985/1987 - 42

Os votos de cada eleitor (seu 1º colocado e as posições em que votou no Internacional e no Grêmio):

Alberto Helena Júnior (colunista do Diário de São Paulo)
1º Internacional 1975/1976

Álvaro Almeida (editor contribuinte da Placar)
1º Flamengo 1980/1983
2º Internacional 1975/1976
8º Internacional 1979/1980
10º Grêmio 1995/1996

André Fontenelle (editor da Veja)
1º Palmeiras 1996
5º Internacional 1979/1980
9º Grêmio 1995/1996

Arnaldo Ribeiro (editor da Placar)
1º Flamengo 1980/1983
não votou em equipes gaúchas

Carlos Eugênio Simon (árbitro da FIFA)
1º Santos 1970
3º Internacional 1975/1976
5º Grêmio 1983

Celso Kinjô (diretor de redação do Jornal da Tarde)
1º Flamengo 1980/1983
2º Internacional 1975/1976
7º Grêmio 1983

Celso Unzelte (autor dos Almanaques do Corinthians e do Palmeiras)
1º Flamengo 1980/1983
3º Grêmio 1983
4º Internacional 1975/1976

Cláudio Arreguy (editor do Estado de Minas)
1º Flamengo 1980/1983
4º Internacional 1975/1976

Djalma (motorista da Placar)
1º Corinthians 1998/2000
6º Grêmio 1995/1996

Eduardo Zerbine (diretor de esportes da TV Record)
1º São Paulo 1991/1993
4º Grêmio 1983

Fábio Sormani (comentarista da Rádio Bandeirantes)
1º Flamengo 1980/1983
4º Grêmio 1995/1996
7º Grêmio 1983
8º Internacional 1975/1976

Falcão (comentarista da TV Globo)
1º Atlético MG 1980
4º Internacional 1975/1976
5º Internacional 1979/1980
10º Grêmio 1995/1996

Flávio Prado (comentarista da Rádio Jovem Pan)
1º São Paulo 1991/1993
4º Internacional 1975/1976

Jorge Luiz Rodrigues (colunista de O Globo)
1º Flamengo 1980/1983
4º Internacional 1975/1976
7º Grêmio 1983

José Geraldo Couto (colunista da Folha de São Paulo)
1º Flamengo 1980/1983
4º Internacional 1975/1976

Juca Kfouri (apresentador da Rádio CBN)
1º Palmeiras 1996
5º Internacional 1975/1976

Lemyr Martins (colunista da Quatro Rodas)
1º Flamengo 1980/1983
2º Internacional 1979/1980
4º Grêmio 1983

Luís Roberto (narrador da TV Globo)
1º Flamengo 1980/1983
4º Internacional 1975/1976

Marcelo Duarte (apresentador da ESPN Brasil)
1º Internacional 1975/1976
7º Grêmio 1983

Mário Andrada e Silva (diretor da Reuters)
1º Flamengo 1980/1983
2º Internacional 1975/1976
7º Grêmio 1983

Mauro Beting (comentarista da TV Bandeirantes)
1º Flamengo 1980/1983
4º Internacional 1975/1976
10º Grêmio 1995/1996

Max Gehringer (escritor e colunista)
1º Internacional 1975/1976
4º Internacional 1979/1980
8º Grêmio 1983

Michel Laurence (chefe de redação da TV Record)
1º Flamengo 1980/1983
2º Internacional 1975/1976

Mílton Neves (apresentador da TV Record)
1º Internacional 1975/1976
10º Grêmio 1995/1996

Paulo César Vasconcelos (chefe de redação do Sportv)
1º Santos 1970
6º Internacional 1975/1976

Paulo Nogueira (diretor da Editora Abril)
1º Santos 1970
3º Internacional 1975/1976

Paulo Vinícius Coelho (comentarista da ESPN Brasil)
1º Flamengo 1980/1983
2º Internacional 1975/1976
7º Grêmio 1995/1996

Renato Maurício Prado (comentarista da Sportv)
1º São Paulo 1991/1993
3º Internacional 1975/1976
7º Grêmio 1983

Roberto Assaf (comentarista da Sportv)
1º Fluminense 1975/1976
2º Internacional 1975/1976
8º Grêmio 1995/1996

Roberto Avallone (apresentador da TV Bandeirantes)
1º Flamengo 1980/1983
6º Grêmio 1983
10º Internacional 1975/1976

Sérgio Xavier Filho (diretor de redação da Placar)
1º Palmeiras 1996
3º Internacional 1975/1976
6º Internacional 1979/1980

Sidney Garambone (editor do Globo Esporte)
1º Flamengo 1980/1983
5º Internacional 1975/1976
7º Grêmio 1995/1996

Soninha Francine (apresentadora da ESPN Brasil)
1º Palmeiras 1996
4º Internacional 1975/1976

Walter Mattos Júnior (presidente do Lance!)
1º Flamengo 1980/1983
5º Internacional 1975/1976
8º Grêmio 1983

Wilson Baldini Júnior (repórter do Estado de São Paulo)
1º Flamengo 1980/1983
2º Internacional 1975/1976
9º Grêmio 1983

Considerando a visão "eixocêntrica" da maioria dos jornalistas, o desempenho do Internacional foi espetacular. O Internacional foi lembrado por 32 dos 35 eleitores (o Grêmio por apenas 23) e foi apontado como melhor time por 4 deles (a melhor colocação gremista foi um 3º lugar). O Intrnacional também foi o 1º clube fora do Eixo em 24 listas, o único clube fora do Eixo entre os cinco primeiros colocados em 17 listas e o único clube fora do Eixo em uma lista.

O voto do Falcão pode causar estranheza, mas é compreensível. Único ex-jogador entre os 35 eleitores, atuou em e das equipes citadas na eleição: Internacional 1975/1976, Internacional 1979/1980 e São Paulo 1985/1987. Isso talvez o tenha constrangido a não votar no Internacional 1975/1976 como o melhor time do período. Por outro lado, foi o único a apontar um clube fora do Eixo, além do Internacional, em 1º. Em sua lista, 4 esquadrões entre os 5 primeiros são de fora do Eixo, assim como metade dos 10.

Por fim, algumas considerações sobre alguns esquadrões votados (por ordem de classificação). O Santos 1970 (69 pontos) não conquistou nada, provavelmente foi uma concessão da revista à equipe de Pelé, que viveu seu auge antes da existência da revista. O Fluminense 1975/1976 (68 pontos), a Máquina Tricolor, aparece muito bem votada para uma equipe que venceu apenas estadual. E o Botafogo 1970/1972 (24 pontos) não ganhou nenhum título, sua melhor campanha foi um vice-campeonato brasileiro. O Internacional, entre 1987 e 1989, por exemplo, teve um desempenho muito melhor, com dois vices brasileiros e uma semifinal de Libertadores. Por fim, o Guarani 1978 (10 pontos) foi subestimado. Uma equipe do interior que chegou ao título brasileiro, e detém até hoje o recorde de vitórias consecutivas do Brasileirão (11 jogos) merecia um destaque maior.

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