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domingo, 21 de junho de 2020

Jogadores do passado: Solis


Em 21 de junho de 1927, nascia em Quaraí o menino Solis Pacheco Ximenes, que ficaria conhecido no mundo esportivo como o ponteiro-direito Solis.

Solis começou a jogar futebol no Brasil de Quaraí, nas temporadas de 1946 e 1947. Ainda em 1947, transferiu-se para o Fluminense de Santana do Livramento, onde atuou até o início de 1949. Nesse mesmo ano, suas boas atuações o levaram para o Vasco da Gama do Rio de Janeiro, na época um dos melhores times do Brasil. Apesar de não ter atuado em nenhuma partida, fez parte do grupo campeão carioca em 1949.

Se Solis não conseguiu espaço na ponta direita do Vasco, Maneca, Ipojucan e Nestor, que se revezavam na função, não convenceram. E no final de 1949 o Vasco realizava a grande contratação do futebol brasileiro, retirando Tesourinha do Internacional. O clube carioca pagou por Tesourinha, além do valor em dinheiro, o passe de Solis, que voltou ao Rio Grande do Sul com a ingrata função de substituir aquele que era considerado o maior ponteiro-direito do Brasil.

Sua estreia no Internacional ocorreu em 12 de março de 1950, na derrota por 2x1 para o Renner, pelo Torneio Triangular de Porto Alegre. Ele começou a partida, sendo depois substituído por Jarico. No seu jogo seguinte, porém, a história foi diferente. Pela mesma competição, o Internacional venceu o Grêmio por 2x0. Aos 24' do 2º tempo, o Colorado já vencendo por 1x0, a bola foi lançada para a área gremista, sem perigo. O goleiro Fassina preparava-se para pegar a bola, sem perigo, quando Solis entrou na corrida e, de cabeça, roubou a bola quase nas mãos do goleiro e a mandou para as redes. Sua primeira vitória, seu primeiro clássico e seu primeiro gol.

Solis voltaria a marcar em clássicos no primeiro Gre-Nal decisivo do campeonato municipal de 1950. O Internacional venceu por 4x3, e Solis fez dois gols. Na temporada de 1950, foi campeão do Torneio Extra, do campeonato municipal e do campeonato gaúcho.

Em 1951, o Grêmio voltou a ser vítima de Solis. No clássico de 3 de janeiro, pela Taça Cidade de Porto Alegre, o Internacional goleou o Grêmio por 3x0, e Solis abriu o caminho da vitória. No Gre-Nal do returno do campeonato municipal, em 2 de dezembro, houve empate em 2x2, e Solis deixou a sua marca. Nessa temporada o Internacional foi campeão municipal e gaúcho.

Em 1952, Solis disputou apenas dois Gre-Nais e não marcou gol. Mas foi campeão do Torneio Extra, municipal e gaúcho.

A temporada de 1953 foi a que Solis mais atuou pelo Internacional, disputando 33 partidas. Foi campeão municipal, gaúcho e do Torneio Régis Pacheco, o primeiro troféu interestadual do clube. Nesse torneio, na estreia contra o Bahia, marcou dois gols na vitória por 7x1.

Em 1954, Solis foi para a reserva. Luizinho, que já disputava a posição desde 1952, tomou conta da ponta-direita. Mesmo assim, Solis disputou  nove partidas, marcando um gol contra o Renner. Foi campeão do Torneio Extra. Seu último jogo pelo clube foi um amistoso contra o Nacional de Porto Alegre, em 14 de novembro, no qual o Colorado venceu por 2x1.

Em 1955, Solis transferiu-se para o Flamengo de Caxias do Sul, onde ficou até 1956. Nesse ano, transferiu-se para o Veronese, de Canoas, onde aposentou-se em 1957.

Pelo Internacional, Solis disputou 110 partidas (70 vitórias, 21 empates e 19 derrotas), marcando 48 gols.

Suas vítimas foram:
Cruzeiro RS - 7 gols
Floriano - 6 gols
Grêmio - 5 gols
Renner - 4 gols
Rio Grande e Força e Luz (2 quando o clube chamava-se Corinthians) - 3 gols
Bahia BA, Nacional RS, São José, Pelotas, Aimoré, União Serrano e Seleção de Gramado - 2 gols
Uruguaiana, Farroupilha, Flamengo CXS, Vasco da Gama RJ, Paysandu PA e Estudiantes ARG - 1 gol

Em 24 de abril de 2012, Solis foi convocado para reforçar o Internacional celestial.

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